FEMINISMO 2.0: A MOBILIZAÇÃO DAS MULHERES NO BRASIL CONTRA O ASSÉDIO SEXUAL ATRAVÉS DAS MÍDIAS SOCIAIS (#PRIMEIROASSEDIO)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Marie Santini, Rose
Data de Publicação: 2016
Outros Autores: Terra, Camyla, Rosana Duarte de Almeida, Alda
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: P2P e Inovação
Texto Completo: http://revista.ibict.br/p2p/article/view/2341
Resumo: Muito vem se discutindo sobre igualdade de gênero e garantia de direitos para as mulheres em todo o mundo, mas o ano de 2015 foi decisivo para a construção de uma nova narrativa sobre os movimentos feministas na mídia, especialmente no Brasil. Esse ano é marcado por dois fatos sociais importantes. Por um lado, destaca-se a divulgação do “Mapa da Violência” de 2012 a 2015, que revelou dados atuais e inéditos sobre a realidade do feminicídio no nosso país. Por outro, iniciativas online questionaram tabus femininos que há décadas são pouco debatidos publicamente no Brasil pelos cidadãos e cidadãs comuns. Diante desse cenário, o objetivo desta pesquisa foi investigar a nova dinâmica dos movimentos sociais na chamada sociedade em rede a partir da mobilização das mulheres brasileiras nas redes sociais, onde o alcance das mensagens extrapola os domínios da vida social e cotidiana dos indivíduos diretamente envolvidos para infinitas redes de informação online. Para tal, foi realizado o estudo de caso da hashtag #primeiroassedio através dos dados extraídos da rede social Twitter relacionados à campanha online ocorrida no Brasil em 2015, que foram interpretados e discutidos à luz da literatura sobre Análise de Redes Sociais (ARS ou SNA - Social Network Analysis). Os resultados encontrados indicam que a nova dinâmica dos movimentos sociais em redes online permite que um perfil com pouca ou nenhuma visibilidade midiática aparente, como o @thinkolga, pode criar uma campanha de ação política e obter grande repercussão entre os usuários destas redes. Este novo fenômeno social pode apontar para uma possível atualização da tradicional teoria da espiral do silêncio na medida em que considera o efeito mútuo dos meios de comunicação de massa e das mídias sociais na formação da opinião pública. 
id IBICT-4_15baaec6273ccf48e1840f3cd1fbdbb2
oai_identifier_str oai:ojs.revista.ibict.br:article/2341
network_acronym_str IBICT-4
network_name_str P2P e Inovação
spelling FEMINISMO 2.0: A MOBILIZAÇÃO DAS MULHERES NO BRASIL CONTRA O ASSÉDIO SEXUAL ATRAVÉS DAS MÍDIAS SOCIAIS (#PRIMEIROASSEDIO)Muito vem se discutindo sobre igualdade de gênero e garantia de direitos para as mulheres em todo o mundo, mas o ano de 2015 foi decisivo para a construção de uma nova narrativa sobre os movimentos feministas na mídia, especialmente no Brasil. Esse ano é marcado por dois fatos sociais importantes. Por um lado, destaca-se a divulgação do “Mapa da Violência” de 2012 a 2015, que revelou dados atuais e inéditos sobre a realidade do feminicídio no nosso país. Por outro, iniciativas online questionaram tabus femininos que há décadas são pouco debatidos publicamente no Brasil pelos cidadãos e cidadãs comuns. Diante desse cenário, o objetivo desta pesquisa foi investigar a nova dinâmica dos movimentos sociais na chamada sociedade em rede a partir da mobilização das mulheres brasileiras nas redes sociais, onde o alcance das mensagens extrapola os domínios da vida social e cotidiana dos indivíduos diretamente envolvidos para infinitas redes de informação online. Para tal, foi realizado o estudo de caso da hashtag #primeiroassedio através dos dados extraídos da rede social Twitter relacionados à campanha online ocorrida no Brasil em 2015, que foram interpretados e discutidos à luz da literatura sobre Análise de Redes Sociais (ARS ou SNA - Social Network Analysis). Os resultados encontrados indicam que a nova dinâmica dos movimentos sociais em redes online permite que um perfil com pouca ou nenhuma visibilidade midiática aparente, como o @thinkolga, pode criar uma campanha de ação política e obter grande repercussão entre os usuários destas redes. Este novo fenômeno social pode apontar para uma possível atualização da tradicional teoria da espiral do silêncio na medida em que considera o efeito mútuo dos meios de comunicação de massa e das mídias sociais na formação da opinião pública. IBICTMarie Santini, RoseTerra, CamylaRosana Duarte de Almeida, Alda2016-09-19info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/pdfhttp://revista.ibict.br/p2p/article/view/234110.21721/p2p.2016v3n1.p148-164P2P & INOVAÇÃO; v. 3, n. 1 (2016): P2P & INOVAÇÃO; 148-164P2P E INOVAÇÃO; v. 3, n. 1 (2016): P2P & INOVAÇÃO; 148-1642358-7814reponame:P2P e Inovaçãoinstname:Instituto Brasileiro de Informação Ciência e Tecnologiainstacron:IBICTporhttp://revista.ibict.br/p2p/article/view/2341/2390Direitos autorais 2016 P2P E INOVAÇÃOhttps://creativecommons.org/licenses/by/3.0/info:eu-repo/semantics/openAccess2019-05-11T18:21:55Zmail@mail.com -
dc.title.none.fl_str_mv FEMINISMO 2.0: A MOBILIZAÇÃO DAS MULHERES NO BRASIL CONTRA O ASSÉDIO SEXUAL ATRAVÉS DAS MÍDIAS SOCIAIS (#PRIMEIROASSEDIO)
title FEMINISMO 2.0: A MOBILIZAÇÃO DAS MULHERES NO BRASIL CONTRA O ASSÉDIO SEXUAL ATRAVÉS DAS MÍDIAS SOCIAIS (#PRIMEIROASSEDIO)
spellingShingle FEMINISMO 2.0: A MOBILIZAÇÃO DAS MULHERES NO BRASIL CONTRA O ASSÉDIO SEXUAL ATRAVÉS DAS MÍDIAS SOCIAIS (#PRIMEIROASSEDIO)
Marie Santini, Rose
title_short FEMINISMO 2.0: A MOBILIZAÇÃO DAS MULHERES NO BRASIL CONTRA O ASSÉDIO SEXUAL ATRAVÉS DAS MÍDIAS SOCIAIS (#PRIMEIROASSEDIO)
title_full FEMINISMO 2.0: A MOBILIZAÇÃO DAS MULHERES NO BRASIL CONTRA O ASSÉDIO SEXUAL ATRAVÉS DAS MÍDIAS SOCIAIS (#PRIMEIROASSEDIO)
title_fullStr FEMINISMO 2.0: A MOBILIZAÇÃO DAS MULHERES NO BRASIL CONTRA O ASSÉDIO SEXUAL ATRAVÉS DAS MÍDIAS SOCIAIS (#PRIMEIROASSEDIO)
title_full_unstemmed FEMINISMO 2.0: A MOBILIZAÇÃO DAS MULHERES NO BRASIL CONTRA O ASSÉDIO SEXUAL ATRAVÉS DAS MÍDIAS SOCIAIS (#PRIMEIROASSEDIO)
title_sort FEMINISMO 2.0: A MOBILIZAÇÃO DAS MULHERES NO BRASIL CONTRA O ASSÉDIO SEXUAL ATRAVÉS DAS MÍDIAS SOCIAIS (#PRIMEIROASSEDIO)
author Marie Santini, Rose
author_facet Marie Santini, Rose
Terra, Camyla
Rosana Duarte de Almeida, Alda
author_role author
author2 Terra, Camyla
Rosana Duarte de Almeida, Alda
author2_role author
author
dc.contributor.none.fl_str_mv
dc.contributor.author.fl_str_mv Marie Santini, Rose
Terra, Camyla
Rosana Duarte de Almeida, Alda
dc.description.none.fl_txt_mv Muito vem se discutindo sobre igualdade de gênero e garantia de direitos para as mulheres em todo o mundo, mas o ano de 2015 foi decisivo para a construção de uma nova narrativa sobre os movimentos feministas na mídia, especialmente no Brasil. Esse ano é marcado por dois fatos sociais importantes. Por um lado, destaca-se a divulgação do “Mapa da Violência” de 2012 a 2015, que revelou dados atuais e inéditos sobre a realidade do feminicídio no nosso país. Por outro, iniciativas online questionaram tabus femininos que há décadas são pouco debatidos publicamente no Brasil pelos cidadãos e cidadãs comuns. Diante desse cenário, o objetivo desta pesquisa foi investigar a nova dinâmica dos movimentos sociais na chamada sociedade em rede a partir da mobilização das mulheres brasileiras nas redes sociais, onde o alcance das mensagens extrapola os domínios da vida social e cotidiana dos indivíduos diretamente envolvidos para infinitas redes de informação online. Para tal, foi realizado o estudo de caso da hashtag #primeiroassedio através dos dados extraídos da rede social Twitter relacionados à campanha online ocorrida no Brasil em 2015, que foram interpretados e discutidos à luz da literatura sobre Análise de Redes Sociais (ARS ou SNA - Social Network Analysis). Os resultados encontrados indicam que a nova dinâmica dos movimentos sociais em redes online permite que um perfil com pouca ou nenhuma visibilidade midiática aparente, como o @thinkolga, pode criar uma campanha de ação política e obter grande repercussão entre os usuários destas redes. Este novo fenômeno social pode apontar para uma possível atualização da tradicional teoria da espiral do silêncio na medida em que considera o efeito mútuo dos meios de comunicação de massa e das mídias sociais na formação da opinião pública. 
description Muito vem se discutindo sobre igualdade de gênero e garantia de direitos para as mulheres em todo o mundo, mas o ano de 2015 foi decisivo para a construção de uma nova narrativa sobre os movimentos feministas na mídia, especialmente no Brasil. Esse ano é marcado por dois fatos sociais importantes. Por um lado, destaca-se a divulgação do “Mapa da Violência” de 2012 a 2015, que revelou dados atuais e inéditos sobre a realidade do feminicídio no nosso país. Por outro, iniciativas online questionaram tabus femininos que há décadas são pouco debatidos publicamente no Brasil pelos cidadãos e cidadãs comuns. Diante desse cenário, o objetivo desta pesquisa foi investigar a nova dinâmica dos movimentos sociais na chamada sociedade em rede a partir da mobilização das mulheres brasileiras nas redes sociais, onde o alcance das mensagens extrapola os domínios da vida social e cotidiana dos indivíduos diretamente envolvidos para infinitas redes de informação online. Para tal, foi realizado o estudo de caso da hashtag #primeiroassedio através dos dados extraídos da rede social Twitter relacionados à campanha online ocorrida no Brasil em 2015, que foram interpretados e discutidos à luz da literatura sobre Análise de Redes Sociais (ARS ou SNA - Social Network Analysis). Os resultados encontrados indicam que a nova dinâmica dos movimentos sociais em redes online permite que um perfil com pouca ou nenhuma visibilidade midiática aparente, como o @thinkolga, pode criar uma campanha de ação política e obter grande repercussão entre os usuários destas redes. Este novo fenômeno social pode apontar para uma possível atualização da tradicional teoria da espiral do silêncio na medida em que considera o efeito mútuo dos meios de comunicação de massa e das mídias sociais na formação da opinião pública. 
publishDate 2016
dc.date.none.fl_str_mv 2016-09-19
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
info:eu-repo/semantics/publishedVersion
info:eu-repo/semantics/article
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://revista.ibict.br/p2p/article/view/2341
10.21721/p2p.2016v3n1.p148-164
url http://revista.ibict.br/p2p/article/view/2341
identifier_str_mv 10.21721/p2p.2016v3n1.p148-164
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv http://revista.ibict.br/p2p/article/view/2341/2390
dc.rights.driver.fl_str_mv Direitos autorais 2016 P2P E INOVAÇÃO
https://creativecommons.org/licenses/by/3.0/
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv Direitos autorais 2016 P2P E INOVAÇÃO
https://creativecommons.org/licenses/by/3.0/
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv IBICT
publisher.none.fl_str_mv IBICT
dc.source.none.fl_str_mv P2P & INOVAÇÃO; v. 3, n. 1 (2016): P2P & INOVAÇÃO; 148-164
P2P E INOVAÇÃO; v. 3, n. 1 (2016): P2P & INOVAÇÃO; 148-164
2358-7814
reponame:P2P e Inovação
instname:Instituto Brasileiro de Informação Ciência e Tecnologia
instacron:IBICT
reponame_str P2P e Inovação
collection P2P e Inovação
instname_str Instituto Brasileiro de Informação Ciência e Tecnologia
instacron_str IBICT
institution IBICT
repository.name.fl_str_mv -
repository.mail.fl_str_mv mail@mail.com
_version_ 1633520620212846592