Nós também: Gênero, esfera pública e representações culturais da violência sexual a partir de #MeToo e #primeiroassédio

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Anna Vitória Ferreira Rocha
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: https://doi.org/10.11606/D.27.2022.tde-08112022-160707
Resumo: A dissertação analisa as representações culturais da violência sexual que surgem no meio audiovisual a partir de mobilizações sociais associadas aos movimentos feministas frente a casos de violência sexual: #primeiroassédio e #MeToo. De maneira mais ampla, entendemos as novas representações culturais da violência sexual como efeito de uma transformação da esfera pública e dos espaços públicos a partir da inserção das mídias sociais, que introduz novas vozes nas arenas públicas. A pesquisa realiza um histórico do movimento feminista e inscreve as campanhas como repertório da quarta onda do feminismo, caracterizada pela adoção das mídias sociais como ferramenta de ativismo, permitindo que discussões antes restritas a coletivos e ambientes universitários tenham seu alcance amplificado, impactando no imaginário gerado pelo movimento na opinião pública, refletindo no tratamento de suas pautas, como é o caso da luta contra o assédio sexual. A partir da teoria da esfera pública de Habermas, teorias do reconhecimento e críticas feministas feitas a essas estruturas, a proposta é refletir sobre o uso dessas plataformas e seus possíveis impactos nas esferas públicas, principalmente no que tange às discussões sobre gênero e violência sexual. O papel das mídias sociais na discussão sobre violência sexual na esfera pública abstrata/midiática será analisado com relação a características inspiradas pelos valores dos novos feminismos, ao mesmo tempo em que os diversos aspectos que compõem sua existência nesse âmbito do discurso serão explicados ou, pelo menos, questionados, tendo em vista o aporte teórico dos estudos de gênero. Tal investigação será feita a partir da análise das representações culturais da violência sexual presentes em duas minisséries de TV: I May Destroy You, exibida em 2020, e Assédio, lançada em streaming em 2018 e exibida na TV aberta em 2019.
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