Os usos do direito na América ultramarina portuguesa: entre o pragmatismo dos rústicos e a argumentação refinada dos letrados

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Alveal, Carmen
Data de Publicação: 2022
Outros Autores: Fonseca, Marcos Arthur Viana da
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista do Instituto de Estudos Brasileiros
Texto Completo: https://www.revistas.usp.br/rieb/article/view/205871
Resumo: Este texto se propõe a dialogar com a obra do jurista António M. Hespanha, mais especificamente com o artigo “Porque é que existe e em que é que consiste um direito colonial brasileiro” e o livro Como os juristas viam o mundo. A partir de suas contribuições em torno do direito, pretende-se debater a existência de um direito local e o seu uso por instâncias locais em contraposição à concepção de um direito erudito, letrado, utilizado pelos oficiais régios. No período moderno, convivia-se com uma miríade de direitos: direito romano, canônico, comum (ius commune), régio, local e costumeiro. A primeira parte deste texto analisa processos judiciais referentes a questões fundiárias oriundas da Comarca de Paranaguá. A segunda foca alguns casos nos quais os oficiais também utilizaram as diferentes ordens normativas coexistentes em proveito próprio tendo como foco as Capitanias do Norte do Estado do Brasil. O objetivo é perceber o uso local do direito, aproximando-se do que o professor Hespanha afirmava, da existência de um direito “brasileiro” no período colonial.
id IEB-1_6a1dec01c77896fe2d3b55edab9d7709
oai_identifier_str oai:revistas.usp.br:article/205871
network_acronym_str IEB-1
network_name_str Revista do Instituto de Estudos Brasileiros
repository_id_str
spelling Os usos do direito na América ultramarina portuguesa: entre o pragmatismo dos rústicos e a argumentação refinada dos letradosThe uses of law in Portuguese overseas America: between the pragmatism of the rustics and the refined arguments of the scholarsMultinormatividadeius communedireitolawMultinormativityius communeEste texto se propõe a dialogar com a obra do jurista António M. Hespanha, mais especificamente com o artigo “Porque é que existe e em que é que consiste um direito colonial brasileiro” e o livro Como os juristas viam o mundo. A partir de suas contribuições em torno do direito, pretende-se debater a existência de um direito local e o seu uso por instâncias locais em contraposição à concepção de um direito erudito, letrado, utilizado pelos oficiais régios. No período moderno, convivia-se com uma miríade de direitos: direito romano, canônico, comum (ius commune), régio, local e costumeiro. A primeira parte deste texto analisa processos judiciais referentes a questões fundiárias oriundas da Comarca de Paranaguá. A segunda foca alguns casos nos quais os oficiais também utilizaram as diferentes ordens normativas coexistentes em proveito próprio tendo como foco as Capitanias do Norte do Estado do Brasil. O objetivo é perceber o uso local do direito, aproximando-se do que o professor Hespanha afirmava, da existência de um direito “brasileiro” no período colonial.This text intends to dialogue with the work of the jurist António M. Hespanha, more specifically with the article “Porque é que existe e em que é que consiste um direito colonial brasileiro” and the book Como os juristas viam o mundo. Based on his contributions around the law, it aims to discuss the existence of local law and its use by local bodies as opposed to the conception of an erudite, literate law, used by royal officials. In the modern period, one lived with a myriad of rights: Roman law, canon, common (ius commune), royal, local and customary. The first part of this text analyzes lawsuits regarding land issues arising from the District of Paranaguá. The second part focuses on some cases in which officials also used the different coexisting normative orders for their own benefit, focusing on the Captaincies of the North of the State of Brazil. The objective is to understand the local use of law, approaching what professor Hespanha claimed, the existence of a “Brazilian” law in the colonial period.Universidade de São Paulo. Instituto de Estudos Brasileiros2022-12-19info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://www.revistas.usp.br/rieb/article/view/20587110.11606/issn.2316-901X.v1i83p72-87Revista do Instituto de Estudos Brasileiros; n. 83 (2022); 72-87Revista do Instituto de Estudos Brasileiros; n. 83 (2022); 72-87Revista do Instituto de Estudos Brasileiros; n. 83 (2022); 72-87Revista do Instituto de Estudos Brasileiros; n. 83 (2022); 72-872316-901X0020-3874reponame:Revista do Instituto de Estudos Brasileirosinstname:Instituto de Estudos Brasileiros (IEB)instacron:IEBporhttps://www.revistas.usp.br/rieb/article/view/205871/189360Copyright (c) 2022 Revista do Instituto de Estudos Brasileiroshttp://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0info:eu-repo/semantics/openAccessAlveal, CarmenFonseca, Marcos Arthur Viana da2022-12-20T16:24:42Zoai:revistas.usp.br:article/205871Revistahttps://www.revistas.usp.br/rieb/indexPUBhttps://www.revistas.usp.br/rieb/oai||revistaieb@usp.br2316-901X0020-3874opendoar:2022-12-20T16:24:42Revista do Instituto de Estudos Brasileiros - Instituto de Estudos Brasileiros (IEB)false
dc.title.none.fl_str_mv Os usos do direito na América ultramarina portuguesa: entre o pragmatismo dos rústicos e a argumentação refinada dos letrados
The uses of law in Portuguese overseas America: between the pragmatism of the rustics and the refined arguments of the scholars
title Os usos do direito na América ultramarina portuguesa: entre o pragmatismo dos rústicos e a argumentação refinada dos letrados
spellingShingle Os usos do direito na América ultramarina portuguesa: entre o pragmatismo dos rústicos e a argumentação refinada dos letrados
Alveal, Carmen
Multinormatividade
ius commune
direito
law
Multinormativity
ius commune
title_short Os usos do direito na América ultramarina portuguesa: entre o pragmatismo dos rústicos e a argumentação refinada dos letrados
title_full Os usos do direito na América ultramarina portuguesa: entre o pragmatismo dos rústicos e a argumentação refinada dos letrados
title_fullStr Os usos do direito na América ultramarina portuguesa: entre o pragmatismo dos rústicos e a argumentação refinada dos letrados
title_full_unstemmed Os usos do direito na América ultramarina portuguesa: entre o pragmatismo dos rústicos e a argumentação refinada dos letrados
title_sort Os usos do direito na América ultramarina portuguesa: entre o pragmatismo dos rústicos e a argumentação refinada dos letrados
author Alveal, Carmen
author_facet Alveal, Carmen
Fonseca, Marcos Arthur Viana da
author_role author
author2 Fonseca, Marcos Arthur Viana da
author2_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv Alveal, Carmen
Fonseca, Marcos Arthur Viana da
dc.subject.por.fl_str_mv Multinormatividade
ius commune
direito
law
Multinormativity
ius commune
topic Multinormatividade
ius commune
direito
law
Multinormativity
ius commune
description Este texto se propõe a dialogar com a obra do jurista António M. Hespanha, mais especificamente com o artigo “Porque é que existe e em que é que consiste um direito colonial brasileiro” e o livro Como os juristas viam o mundo. A partir de suas contribuições em torno do direito, pretende-se debater a existência de um direito local e o seu uso por instâncias locais em contraposição à concepção de um direito erudito, letrado, utilizado pelos oficiais régios. No período moderno, convivia-se com uma miríade de direitos: direito romano, canônico, comum (ius commune), régio, local e costumeiro. A primeira parte deste texto analisa processos judiciais referentes a questões fundiárias oriundas da Comarca de Paranaguá. A segunda foca alguns casos nos quais os oficiais também utilizaram as diferentes ordens normativas coexistentes em proveito próprio tendo como foco as Capitanias do Norte do Estado do Brasil. O objetivo é perceber o uso local do direito, aproximando-se do que o professor Hespanha afirmava, da existência de um direito “brasileiro” no período colonial.
publishDate 2022
dc.date.none.fl_str_mv 2022-12-19
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://www.revistas.usp.br/rieb/article/view/205871
10.11606/issn.2316-901X.v1i83p72-87
url https://www.revistas.usp.br/rieb/article/view/205871
identifier_str_mv 10.11606/issn.2316-901X.v1i83p72-87
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv https://www.revistas.usp.br/rieb/article/view/205871/189360
dc.rights.driver.fl_str_mv Copyright (c) 2022 Revista do Instituto de Estudos Brasileiros
http://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv Copyright (c) 2022 Revista do Instituto de Estudos Brasileiros
http://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade de São Paulo. Instituto de Estudos Brasileiros
publisher.none.fl_str_mv Universidade de São Paulo. Instituto de Estudos Brasileiros
dc.source.none.fl_str_mv Revista do Instituto de Estudos Brasileiros; n. 83 (2022); 72-87
Revista do Instituto de Estudos Brasileiros; n. 83 (2022); 72-87
Revista do Instituto de Estudos Brasileiros; n. 83 (2022); 72-87
Revista do Instituto de Estudos Brasileiros; n. 83 (2022); 72-87
2316-901X
0020-3874
reponame:Revista do Instituto de Estudos Brasileiros
instname:Instituto de Estudos Brasileiros (IEB)
instacron:IEB
instname_str Instituto de Estudos Brasileiros (IEB)
instacron_str IEB
institution IEB
reponame_str Revista do Instituto de Estudos Brasileiros
collection Revista do Instituto de Estudos Brasileiros
repository.name.fl_str_mv Revista do Instituto de Estudos Brasileiros - Instituto de Estudos Brasileiros (IEB)
repository.mail.fl_str_mv ||revistaieb@usp.br
_version_ 1798949712531816448