Consumo e gosto cultural: um estudo sobre padrões de consumo cultural brasileiro

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Lima, Philippe Ricciardi Carrer
Data de Publicação: 2015
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações do INSPER
Texto Completo: https://www.repositorio.insper.edu.br/handle/11224/1368
Resumo: A formação de grupos sociais é tema amplamente estudado na literatura sociológica. Sob diversas óticas o tema é constantemente revisitado e para este trabalho será feita uma análise empírica baseada nas teorias de Richard Peterson e, essencialmente, Pierre Bourdieu. A obra “A Distinção” de Bourdieu, que serve como base teórica para grande parte dos estudos relacionados a consumo cultural, procura mostrar como os agentes sociais determinam seu padrão de cultura e seus hábitos culturais no contexto francês de 1950. Nesta, o autor chega a conclusão que indivíduos da elite francesa eram esnobes culturalmente e se distinguiam dos demais grupos. Obras posteriores feitas em outros países e mesmo na França mostram que esse padrão foi deixado para trás e as novas elites procuram ampliar seus gostos culturais a uma variedade que vai além do erudito, transitando entre outras formas de cultura. Aqui será feita uma análise comparativa entre, não somente os resultados de Bourdieu, mas também de diversos outros artigos publicados posteriormente, para entender melhor as formações de cultura no Brasil. A teoria do onívoro cultural, cunhada por Peterson (1992), serve de embasamento para todo o trabalho que tem como objetivo final definir qual é o padrão de consumo cultural de diferentes classes culturais e como algumas variáveis sociais afetam este padrão. Os resultados trazem três evidências: 1) agentes da elite cultural brasileira mostram-se mais onívoros do que agentes não-elites, contrariando o proposto por Bourdieu no cenário francês e alinhando-se com o mostrado por Peterson; 2) renda mais elevada tende a limitar o alcance do gosto cultural diversificado; e 3) níveis de escolaridade maiores são responsáveis por intensificar o comportamento onívoro.
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