A Função Social da Usucapião de Bem Imóvel e o Novo Procedimento de Desobstrução das Vias Judiciais

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: COSTA, João Victor Padilha
Data de Publicação: 2023
Outros Autores: PROGETE, Thais Aparecida
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Scientia – Repositório Institucional
Texto Completo: https://repositorio.pgsscogna.com.br//handle/123456789/64041
Resumo: O presente artigo científico de opinião visa transmitir cognitivamente informações aprimoradas e aprofundadas referentes ao espectro do processo de usucapião de bens imóveis, ou seja, busca-se transpor o verdadeiro motivo para a tramitação da usucapião ser extremamente burocrática e literalmente postergada, por parte dos usucapientes e por parte dos Cartório de Registros de imóveis, na grande maioria dos casos. A usucapião de bens imóveis é percebida em todo nosso ordenamento jurídico como uma forma originária de aquisição de propriedade que obedece ao prazo previsto em lei, a posse ininterrupta, o justo título e a boa-fé, onde não é preciso ter vínculo com o antigo proprietário, bastando apenas, dentre esses requisitos, se amparar crucialmente do “Animus Dominis” (intenção de agir como dono), o principal pressuposto para ajuizar uma ação de usucapião ou para outras ações possessórias. O termo usucapião teve surgimento no Direito Romano, com a Lei das XII Tábuas (445 a.C), onde o prazo para adquirir bens imóveis o prazo era de 2 anos. A ação de usucapião não representava na época, nem representa hoje em dia um ataque a propriedade de outrem, mas sim, o florescer da função social da propriedade, protegida pela nossa Constituição Federal de 1988, que se dá por meio do abandono do imóvel pelo antigo proprietário, deixando que outro indivíduo o possua, a fim de lhe conferir uma nova situação patrimonial, bem-estar físico e econômico. Dispus-me neste artigo a reafirmar enfaticamente a função social da usucapião e encontrar uma maneira que seja possível desobstruir as vias judiciais, para que as ações aquisitivas originárias sejam mais rápidas e não demorem tantos anos, consentindo assim com a sustentabilidade do processo e para que os Cartórios de Registro de imóveis adotem essa solução como uma ação procedente de aquisição originária de terras, sem precisarem das vias judiciais.
id Krot_70488e33fcf7d8c6a5491724ccb0c778
oai_identifier_str oai:repositorio.pgsscogna.com.br:123456789/64041
network_acronym_str Krot
network_name_str Scientia – Repositório Institucional
repository_id_str
spelling COSTA, João Victor PadilhaPROGETE, Thais Aparecida2023-09-26T16:51:47Z2023-09-26T16:51:47Z2023https://repositorio.pgsscogna.com.br//handle/123456789/64041O presente artigo científico de opinião visa transmitir cognitivamente informações aprimoradas e aprofundadas referentes ao espectro do processo de usucapião de bens imóveis, ou seja, busca-se transpor o verdadeiro motivo para a tramitação da usucapião ser extremamente burocrática e literalmente postergada, por parte dos usucapientes e por parte dos Cartório de Registros de imóveis, na grande maioria dos casos. A usucapião de bens imóveis é percebida em todo nosso ordenamento jurídico como uma forma originária de aquisição de propriedade que obedece ao prazo previsto em lei, a posse ininterrupta, o justo título e a boa-fé, onde não é preciso ter vínculo com o antigo proprietário, bastando apenas, dentre esses requisitos, se amparar crucialmente do “Animus Dominis” (intenção de agir como dono), o principal pressuposto para ajuizar uma ação de usucapião ou para outras ações possessórias. O termo usucapião teve surgimento no Direito Romano, com a Lei das XII Tábuas (445 a.C), onde o prazo para adquirir bens imóveis o prazo era de 2 anos. A ação de usucapião não representava na época, nem representa hoje em dia um ataque a propriedade de outrem, mas sim, o florescer da função social da propriedade, protegida pela nossa Constituição Federal de 1988, que se dá por meio do abandono do imóvel pelo antigo proprietário, deixando que outro indivíduo o possua, a fim de lhe conferir uma nova situação patrimonial, bem-estar físico e econômico. Dispus-me neste artigo a reafirmar enfaticamente a função social da usucapião e encontrar uma maneira que seja possível desobstruir as vias judiciais, para que as ações aquisitivas originárias sejam mais rápidas e não demorem tantos anos, consentindo assim com a sustentabilidade do processo e para que os Cartórios de Registro de imóveis adotem essa solução como uma ação procedente de aquisição originária de terras, sem precisarem das vias judiciais.AquisiçãoPropriedadeAnimusFunção socialA Função Social da Usucapião de Bem Imóvel e o Novo Procedimento de Desobstrução das Vias Judiciaisinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleDireitoporreponame:Scientia – Repositório Institucionalinstname:Kroton Educacional S.A.instacron:KROTONinfo:eu-repo/semantics/openAccessORIGINALA Função Social da Usucapião de Bem Imóvel e o Novo Procedimento de Desobstrução das Vias Judiciais.pdfA Função Social da Usucapião de Bem Imóvel e o Novo Procedimento de Desobstrução das Vias Judiciais.pdfapplication/pdf924923https://repositorio.pgsscogna.com.br//bitstream/123456789/64041/1/A%20Fun%c3%a7%c3%a3o%20Social%20da%20Usucapi%c3%a3o%20de%20Bem%20Im%c3%b3vel%20e%20o%20Novo%20Procedimento%20de%20Desobstru%c3%a7%c3%a3o%20das%20Vias%20Judiciais.pdf4635650cca600a2a0f4c3845b79452a1MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81748https://repositorio.pgsscogna.com.br//bitstream/123456789/64041/2/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD52123456789/640412023-09-26 13:51:47.768oai:repositorio.pgsscogna.com.br:123456789/64041Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPRIhttps://repositorio.pgsscogna.com.br/oai/request.opendoar:2023-09-26T16:51:47falseRepositório InstitucionalPRIhttps://repositorio.pgsscogna.com.br/oai/request.repositorio@kroton.com.br || selma.elwein@cogna.com.bropendoar:2023-09-26T16:51:47Scientia – Repositório Institucional - Kroton Educacional S.A.false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv A Função Social da Usucapião de Bem Imóvel e o Novo Procedimento de Desobstrução das Vias Judiciais
title A Função Social da Usucapião de Bem Imóvel e o Novo Procedimento de Desobstrução das Vias Judiciais
spellingShingle A Função Social da Usucapião de Bem Imóvel e o Novo Procedimento de Desobstrução das Vias Judiciais
COSTA, João Victor Padilha
Aquisição
Propriedade
Animus
Função social
title_short A Função Social da Usucapião de Bem Imóvel e o Novo Procedimento de Desobstrução das Vias Judiciais
title_full A Função Social da Usucapião de Bem Imóvel e o Novo Procedimento de Desobstrução das Vias Judiciais
title_fullStr A Função Social da Usucapião de Bem Imóvel e o Novo Procedimento de Desobstrução das Vias Judiciais
title_full_unstemmed A Função Social da Usucapião de Bem Imóvel e o Novo Procedimento de Desobstrução das Vias Judiciais
title_sort A Função Social da Usucapião de Bem Imóvel e o Novo Procedimento de Desobstrução das Vias Judiciais
author COSTA, João Victor Padilha
author_facet COSTA, João Victor Padilha
PROGETE, Thais Aparecida
author_role author
author2 PROGETE, Thais Aparecida
author2_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv COSTA, João Victor Padilha
PROGETE, Thais Aparecida
dc.subject.por.fl_str_mv Aquisição
Propriedade
Animus
Função social
topic Aquisição
Propriedade
Animus
Função social
description O presente artigo científico de opinião visa transmitir cognitivamente informações aprimoradas e aprofundadas referentes ao espectro do processo de usucapião de bens imóveis, ou seja, busca-se transpor o verdadeiro motivo para a tramitação da usucapião ser extremamente burocrática e literalmente postergada, por parte dos usucapientes e por parte dos Cartório de Registros de imóveis, na grande maioria dos casos. A usucapião de bens imóveis é percebida em todo nosso ordenamento jurídico como uma forma originária de aquisição de propriedade que obedece ao prazo previsto em lei, a posse ininterrupta, o justo título e a boa-fé, onde não é preciso ter vínculo com o antigo proprietário, bastando apenas, dentre esses requisitos, se amparar crucialmente do “Animus Dominis” (intenção de agir como dono), o principal pressuposto para ajuizar uma ação de usucapião ou para outras ações possessórias. O termo usucapião teve surgimento no Direito Romano, com a Lei das XII Tábuas (445 a.C), onde o prazo para adquirir bens imóveis o prazo era de 2 anos. A ação de usucapião não representava na época, nem representa hoje em dia um ataque a propriedade de outrem, mas sim, o florescer da função social da propriedade, protegida pela nossa Constituição Federal de 1988, que se dá por meio do abandono do imóvel pelo antigo proprietário, deixando que outro indivíduo o possua, a fim de lhe conferir uma nova situação patrimonial, bem-estar físico e econômico. Dispus-me neste artigo a reafirmar enfaticamente a função social da usucapião e encontrar uma maneira que seja possível desobstruir as vias judiciais, para que as ações aquisitivas originárias sejam mais rápidas e não demorem tantos anos, consentindo assim com a sustentabilidade do processo e para que os Cartórios de Registro de imóveis adotem essa solução como uma ação procedente de aquisição originária de terras, sem precisarem das vias judiciais.
publishDate 2023
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2023-09-26T16:51:47Z
dc.date.available.fl_str_mv 2023-09-26T16:51:47Z
dc.date.issued.fl_str_mv 2023
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
info:eu-repo/semantics/article
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://repositorio.pgsscogna.com.br//handle/123456789/64041
url https://repositorio.pgsscogna.com.br//handle/123456789/64041
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Scientia – Repositório Institucional
instname:Kroton Educacional S.A.
instacron:KROTON
instname_str Kroton Educacional S.A.
instacron_str KROTON
institution KROTON
reponame_str Scientia – Repositório Institucional
collection Scientia – Repositório Institucional
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.pgsscogna.com.br//bitstream/123456789/64041/1/A%20Fun%c3%a7%c3%a3o%20Social%20da%20Usucapi%c3%a3o%20de%20Bem%20Im%c3%b3vel%20e%20o%20Novo%20Procedimento%20de%20Desobstru%c3%a7%c3%a3o%20das%20Vias%20Judiciais.pdf
https://repositorio.pgsscogna.com.br//bitstream/123456789/64041/2/license.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv 4635650cca600a2a0f4c3845b79452a1
8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Scientia – Repositório Institucional - Kroton Educacional S.A.
repository.mail.fl_str_mv repositorio@kroton.com.br || selma.elwein@cogna.com.br
_version_ 1809460291049619456