Estupro de vulnerável: a vítima antes, durante e depois do estupro.

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: LANDIN, Vitor Correa
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Scientia – Repositório Institucional
Texto Completo: https://repositorio.pgsskroton.com//handle/123456789/52088
Resumo: A vulnerabilidade é um conceito vexatório e vital para a teorização feminista sobre violência sexual e vitimização. O conceito é amplamente percebido como problemático devido à forma como está associado tanto à feminilidade e feminilidade quanto à dependência, fraqueza, suscetibilidade a danos e violabilidade. Ou seja, pensa-se que a vulnerabilidade conota uma fraqueza inerente e uma abertura inevitável à vitimização sexual para as mulheres. No entanto, as pensadoras feministas também acham o conceito de vulnerabilidade produtivo à luz de como ele descentra o suposto sujeito autônomo, chama a atenção para a constituição relacional de si mesmo e para a realidade da interdependência mútua e inevitável, e mantém a promessa de novos tipos de orientações éticas. Este ensaio argumenta que uma concepção de vulnerabilidade é crucial para a teoria feminista e, especificamente, para o pensamento feminista e o ativismo em relação à violência sexual, mas essa concepção deve ser repensada criticamente, assim como muitas teóricas feministas analisaram criticamente as ideias de vitimização e de vítima. Assim, avalia criticamente possíveis problemas com o conceito e sugere uma conceituação alternativa. Uma característica central da vulnerabilidade que deve ser reconhecida é a ambiguidade. Reformular a vulnerabilidade com foco em sua ambiguidade oferece uma estrutura mais precisa e permite uma melhor compreensão dos erros associados ao estupro e a outros tipos de vitimização sexual. Ou seja, o erro inerente em explorar e apropriar-se da vulnerabilidade ambígua do outro.
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