Análise de minerais pesados de depósitos da formação itapecuru (cretáceo superior), bacia de São Luís: perfil cu-1, cu-2, cu-3, cu-4 e cu-5

• Autor(a) principal: Lima, Fabrízio Dias
• Data de Publicação: 1997
• Outros Autores: Rossetti, Dilce de Fátima
• Tipo de documento: Artigo de conferência
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional do MPEG
• Texto Completo: https://repositorio.museu-goeldi.br/handle/mgoeldi/1745
• topic: CNPQ::CIENCIAS BIOLOGICAS::ECOLOGIA; Minerais; Cretáceo

Pesquisas recentes enfocando análises faciológica e estratigráfica de depósitos cretácicos na Bacia de São Luís, estado do MA, levaram ao reconhecimento de duas unidades estuarinas distintas, formalmente designadas de Formação AIcântara e Formação Cujupe. Cinco subunidades limitadas por superfícies erosivas ocorrem nesta última. O objetivo desta pesquisa foi a determinação da assembleia de minerais pesados da Formação Cujupe, comparando-se os resultados obtidos para cada uma de suas cinco subunidades. Em uma primeira fase do trabalho, amostras foram coletadas e analisadas quanto à sua distribuição granulométrica. Em seguida, procedeu-se à separação de minerais pesados e análises qualitativas e quantitativas. As amostras analisadas são moderadamente a bem selecionadas, muito platicúrtica a muito leptocúrtica, assimetria de muito positiva a muito negativa, mediana de 2.90 e conteúdo médio de argila de 28%. A análise de minerais pesados levou à determinação de uma assembleia ultraestável composta por opacos, zircão, turmalina, estaurolita e rutilo. A estaurolita encontra-se caracteristicamente corroída em suas bordas por dissolução. Não se observaram diferenças significativas da assembleia mineralógica em cada subunidade da formação estudada. A associação de minerais pesados sugere área fonte predominantemente composta por granitos e rochas metamórficas. Porém, devido a sua sensibilidade aos processos de intemperismo, transporte, deposição e diagênese, os minerais pesados não necessariamente refletem com acuracidade a mineralogia da área-fonte.