“A nossa voz importa”: promovendo a capacidade de ação de adolescentes do ensino médio público
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2022 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional PUC-Campinas |
Texto Completo: | http://repositorio.sis.puc-campinas.edu.br/xmlui/handle/123456789/16506 |
Resumo: | A presente pesquisa teve como objetivo investigar, a partir de uma intervenção em escola pública, práticas psicológicas que podem promover mudanças de posicionamento dos estudantes do Ensino Médio no enfrentamento das opressões vivenciadas em seu cotidiano. Sustentada nos pressupostos teórico-metodológicos da Psicologia Histórico-Cultural, esta pesquisa-intervenção realizou encontros, entre 2016 e 2018, com adolescentes do 1º, 2º e 3º anos do Ensino Médio público de uma escola estadual localizada em um município do interior do estado de São Paulo, além de quatro entrevistas semiestruturadas com os ex-alunos egressos da escola em que foram desenvolvidas as atividades. Os encontros tiveram frequência semanal e duração de 1h 30min, onde foram utilizadas estratégias de roda de conversa, apreciação e produção de diferentes materialidades artísticas, como filmes, fotografias, pinturas, desenhos, músicas, poemas, etc; e oficinas com profissionais convidados. Já as entrevistas foram realizadas remotamente, via plataforma online de vídeochamada, com duração de 60 minutos. As fontes de dados utilizados para construção da análise foram: registros em diários de campo produzidos pelo psicólogo-pesquisador, produções em textos e desenhos elaborados pelos adolescentes durante os encontros e falas e expressões dos participantes nas entrevistas semiestruturadas. Os resultados foram organizados e analisados em dois eixos: (1) A estrutura e a dinâmica da opressão na escola, em que foi discutida a dinâmica das relações empreendidas no cotidiano escolar e o seu impacto na percepção dos adolescentes sobre si e o mundo; e, (2) práticas psicológicas para promoção de uma escola mais justa e igualitária, onde foram abordadas as ações do psicólogo escolar que favoreceram a mudança de posicionamento dos adolescentes em relação às suas condições de vida. Conclui-se que em um contexto marcado pelo autoritarismo, a falta de espaços dialógicos para expressão dos sujeitos intensificava a reprodução de ações sustentadas pelo medo e discriminação que resultavam no afastamento, desobediência, oposição e resistência entre os atores escolares. As ações do psicólogo escolar no trabalho com os adolescentes, quando mediadas pelo diálogo e pela reflexão, favoreceram um posicionamento ativista transformador dos estudantes na medida em que se direcionaram à formação do coletivo e à construção de novas perspectivas de futuro. |
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“A nossa voz importa”: promovendo a capacidade de ação de adolescentes do ensino médio público“Our voice matters”: promoting the capacity of action of public high school students“Nuestra voz importa”: promover la capacidad de acción de los adolescentes en las escuelas secundarias públicasAdolescênciaPsicologia Histórico-CulturalPsicologia EscolarPotência de açãoEnsino MédioAdolescenceCultural-Historical PsychologySchool PsychologyPower of ActionHigh SchoolAdolescenciaPsicología Histórico-CulturalPsicología EscolarPoder de AcciónBachilleratoA presente pesquisa teve como objetivo investigar, a partir de uma intervenção em escola pública, práticas psicológicas que podem promover mudanças de posicionamento dos estudantes do Ensino Médio no enfrentamento das opressões vivenciadas em seu cotidiano. Sustentada nos pressupostos teórico-metodológicos da Psicologia Histórico-Cultural, esta pesquisa-intervenção realizou encontros, entre 2016 e 2018, com adolescentes do 1º, 2º e 3º anos do Ensino Médio público de uma escola estadual localizada em um município do interior do estado de São Paulo, além de quatro entrevistas semiestruturadas com os ex-alunos egressos da escola em que foram desenvolvidas as atividades. Os encontros tiveram frequência semanal e duração de 1h 30min, onde foram utilizadas estratégias de roda de conversa, apreciação e produção de diferentes materialidades artísticas, como filmes, fotografias, pinturas, desenhos, músicas, poemas, etc; e oficinas com profissionais convidados. Já as entrevistas foram realizadas remotamente, via plataforma online de vídeochamada, com duração de 60 minutos. As fontes de dados utilizados para construção da análise foram: registros em diários de campo produzidos pelo psicólogo-pesquisador, produções em textos e desenhos elaborados pelos adolescentes durante os encontros e falas e expressões dos participantes nas entrevistas semiestruturadas. Os resultados foram organizados e analisados em dois eixos: (1) A estrutura e a dinâmica da opressão na escola, em que foi discutida a dinâmica das relações empreendidas no cotidiano escolar e o seu impacto na percepção dos adolescentes sobre si e o mundo; e, (2) práticas psicológicas para promoção de uma escola mais justa e igualitária, onde foram abordadas as ações do psicólogo escolar que favoreceram a mudança de posicionamento dos adolescentes em relação às suas condições de vida. Conclui-se que em um contexto marcado pelo autoritarismo, a falta de espaços dialógicos para expressão dos sujeitos intensificava a reprodução de ações sustentadas pelo medo e discriminação que resultavam no afastamento, desobediência, oposição e resistência entre os atores escolares. As ações do psicólogo escolar no trabalho com os adolescentes, quando mediadas pelo diálogo e pela reflexão, favoreceram um posicionamento ativista transformador dos estudantes na medida em que se direcionaram à formação do coletivo e à construção de novas perspectivas de futuro.The present research aimed to investigate, from an intervention in a public school, the psychological practices that can promote changes in the positioning of high school students in facing the oppressions experienced in their daily lives. Based on the theoreticalmethodological assumptions of Cultural-Historical Psychology, this intervention-research held meetings, between 2016 and 2018, with adolescents from the 1st, 2nd and 3rd years of a public high school located in the state of São Paulo, in addition to four semi-structured interviews with former students from the school where the activities were developed. The meetings had a weekly frequency and duration of 1h 30min, where strategies of conversation circle, appreciation and production of different artistic materials were used, such as films, photographs, paintings, drawings, music, poems, etc; and workshops with guest professionals. The interviews were carried out remotely, via an online video-call platform, lasting 60 minutes. The data sources used to build the analysis were: records in field diaries produced by the psychologist-researcher, productions in texts and drawings prepared by the adolescents during the meetings, and the speeches and expressions of the participants in the semistructured interviews. The results were organized and analyzed along two lines: (1) The structure and dynamics of oppression at school, where we discussed the dynamics of relationships undertaken in everyday school life and its impact on the adolescents' perception of themselves and the world; and, (2) Psychological practices to promote a fairer and more egalitarian school, in which we analyze the actions of the school psychologist that favored a change in the adolescents' position in relation to their living conditions. It is concluded that in a context marked by authoritarianism, the lack of dialogic spaces for the subjects' expression intensified the reproduction of actions sustained by fear and discrimination that resulted in distance, disobedience, opposition and resistance among school actors. The actions of the school psychologist in working with teenagers, when mediated by dialogue and reflection, favored a transformative activist stance from the students as they were directed towards the formation of the collective and the construction of new perspectives for the future.La presente investigación tuvo como objetivo indagar, a partir de una intervención en una escuela pública, prácticas psicológicas que puedan promover cambios en el posicionamiento de estudiantes de secundaria frente a las opresiones vividas en su cotidiano. Basada en los presupuestos teórico-metodológicos de la Psicología Histórico-Cultural, esta investigación de intervención realizó encuentros, entre 2016 y 2018, con adolescentes de 1°, 2° y 3° año de bachillerato público de una escuela pública ubicada en un municipio del interior de estado de São Paulo, además de cuatro entrevistas semiestructuradas con ex alumnos de la escuela donde se desarrollaron las actividades. Los encuentros tuvieron una frecuencia semanal y una duración de 1h 30min, donde se utilizaron estrategias de rueda de conversación, apreciación y producción de diferentes materialidades artísticas, como películas, fotografías, pinturas, dibujos, canciones, poemas, etc.; y talleres con profesionales invitados. Las entrevistas se realizaron de forma remota, a través de una plataforma de videollamadas en línea, con una duración de 60 minutos. Las fuentes de datos utilizadas para la construcción del análisis fueron: registros en diarios de campo elaborados por la psicóloga-investigadora, producciones en textos y dibujos elaborados por los adolescentes durante los encuentros y discursos y expresiones de los participantes en las entrevistas semiestructuradas. Los resultados fueron organizados y analizados en dos ejes: (1) La estructura y dinámica de la opresión en la escuela, en el cual se discutieron las dinámicas de relación emprendidas en el cotidiano escolar y su impacto en la percepción de los adolescentes sobre sí mismos y el mundo; y, (2) prácticas psicológicas para promover una escuela más justa e igualitaria, donde se abordó el accionar del psicólogo escolar que favoreció un cambio en el posicionamiento de los adolescentes en relación a sus condiciones de vida. Se concluye que en un contexto marcado por el autoritarismo, la falta de espacios dialógicos de expresión de los sujetos intensificó la reproducción de acciones sostenidas por el miedo y la discriminación que resultaron en retraimiento, desobediencia, oposición y resistencia entre los actores escolares. La actuación del psicólogo escolar en el trabajo con adolescentes, cuando mediada por el diálogo y la reflexión, favoreció un posicionamiento activista transformador de los estudiantes en la medida en que se orientó hacia la formación del colectivo y la construcción de nuevas perspectivas de futuro.Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas)Souza, Vera Lucia Trevisan dePontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas)Arinelli, Guilherme Siqueira2022-04-05T14:38:50Z2022-04-05T14:38:50Z2022-01-27info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttp://repositorio.sis.puc-campinas.edu.br/xmlui/handle/123456789/165069719711764122153porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional PUC-Campinasinstname:Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-CAMPINAS)instacron:PUC_CAMP2022-10-17T18:54:39Zoai:repositorio.sis.puc-campinas.edu.br:123456789/16506Repositório InstitucionalPRIhttps://repositorio.sis.puc-campinas.edu.br/oai/requestsbi.bibliotecadigital@puc-campinas.edu.bropendoar:2022-10-17T18:54:39Repositório Institucional PUC-Campinas - Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-CAMPINAS)false |
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