ANANAS: descascando o cinema das chanchadas

• Autor(a) principal: Moreira, Julia Braghetto
• Data de Publicação: 2022
• Outros Autores: Zavarize, Pedro Stocco
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional PUC-Campinas
• Texto Completo: http://repositorio.sis.puc-campinas.edu.br/xmlui/handle/123456789/17107
• topic: Design digital; Chanchadas; Audiovisual; Documentário; Legado; Digital Design; Chanchadas; Audiovisual; Documentary; Legacy

O presente projeto visa usar da linguagem comunicativa do design, por meio do audiovisual, para trabalhar a memória e preservação do período das chanchadas no cinema brasileiro. A problemática do trabalho foi delimitada a partir da observação da equipe sobre a valorização das produções culturais do próprio país, a defasagem de conteúdos contemporâneos que apresentem informações sobre os filmes musicais produzidos entre os anos 30 e 50, e o estado crítico de conservação dos mesmos. Utilizando o Design Thinking como método projetual principal, para estruturar a pesquisa e buscar soluções inovadoras, foi possível definir, com base no público-alvo, que o produto principal seria um documentário. Para isso, foi utilizado como método complementar o meio de produção audiovisual clássico: Pré-Produção, Produção e Pós-Produção. A união do design com a linguagem cinematográfica, permite a reflexão sobre o passado da indústria criativa do cinema nacional e a importância de relembrar e conhecer o que foi feito para permitir o desenvolvimento futuro. O período das chanchadas foi essencial na contribuição da instauração da indústria cinematográfica no Brasil. Os filmes de comédia musical da época marcaram as gerações e formaram o modelo clássico de história que seria repetido pelos anos que se seguiram. As produções dos anos 30, 40 e 50 também apresentaram personalidades que ficaram reconhecidas no contexto cultural brasileiro, como Carmen Miranda, Grande Otelo e Oscarito, além de diretores como José Carlos Burle, Adhemar Gonzaga e Carlos Manga. Enfrentando diversas crises financeiras, e principalmente na falta de cuidado e consciência quanto a preservação das películas, a maior parte das obras foram perdidas no decorrer dos anos, em incêndios e enchentes. Ainda hoje o estado é precário e precisa ser revisto. O ANANAS também questiona sobre os avanços tecnológicos que impactaram diretamente nas produções da Chanchada. Além de apresentar como o design pode contribuir para a restauração da identidade cinematográfica brasileira, debatendo diretamente sobre as consequências da digitalização e ascensão dos streamings em oposição à experiência física do cinema. As ações projetuais secundárias do projeto visam usar a força comunicativa do design para apoiar a divulgação do documentário, reforçando a consciência do tópico da história do cinema nacional, por meio das redes sociais e eventos acadêmicos.