Letramento acadêmico e oralidade: repensando termos à luz da presença indígena nas universidades brasileiras
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2017 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista Scripta |
Texto Completo: | http://periodicos.pucminas.br/index.php/scripta/article/view/P.2358-3428.2017v21n43p127 |
Resumo: | Este trabalho comporta reflexões baseadas em pesquisa a respeito do letramento acadêmico tendo em vista a realidade contemporânea brasileira da presença indígena nas universidades. Baseamo-nos, em parte, em pressupostos presentes nos Estudos do Letramento e, em parte e de forma complementar, em concepções presentes nos Estudos de Tradução. A pesquisa a que aludimos deu-se nos anos de 2012 a 2015, através de procedimentos e estratégias semelhantes àquelas presentes no que Lea&Street (2006) denominam “Academic Literacies Model”. Com base em pesquisa de viés participativo e empoderador (CAMERON, 1992), tivemos como objetivos: a) compreender como se dá a transição/tradução do gênero do discurso do relato (“récit”) para os gêneros do discurso acadêmico; b) propiciar para que graduandos indígenas tivessem o acesso às práticas da escrita acadêmica, em conjunto com a reflexão necessária a esse respeito. Os resultados apontam, não apenas para o modelo dos Letramentos Acadêmicos como adequado para o sucesso de sujeitos oriundos de grupos minoritários no acesso ao letramento hegemônico, mas, também, para a necessidade da prática desse modelo sempre que visualizarmos nesses sujeitos e em suas demandas o potencial de transformação da universidade em outros setores. Sugere-se a importância do incentivo ao trabalho criativo com a linguagem (FRANCHI, 1988, 1992, 2006a; ILARI, 2003). Aponta-se, ainda, para a pertinência do texto poético na transição entre práticas letradas diversas e para a necessidade de sua prática sempre que se tratar, de fato, da busca pelo letramento de caráter crítico. |
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