[pt] DOS PROFESSORES ESTRANHOS AOS CATEDRÁTICOS: ASPECTOS DA CONSTRUÇÃO DA IDENTIDADE PROFISSIONAL DOCENTE NO COLÉGIO PEDRO II (1925 - 1945)
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2015 |
Tipo de documento: | Outros |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da PUC-RIO (Projeto Maxwell) |
Texto Completo: | https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=24087@1 https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=24087@2 http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.24087 |
Resumo: | [pt] A presente pesquisa tem como objetivo geral analisar aspectos relacionados à construção da identidade profissional dos professores do Colégio Pedro II, primeira instituição de ensino secundário brasileira, fundada em 1837, que conservou até meados do século XX, o caráter de instituição modelar para esta modalidade de ensino no Brasil e que permanece mantido pelo governo federal nos dias atuais. O recorte temporal adotado é o período que se estende de 1925 a 1945, delimitado por três reformas (Rocha Vaz, em 1925, Francisco Campos, em 1932, e Gustavo Capanema, em 1942) que consolidaram o processo de institucionalização do ensino secundário brasileiro. Os principais referenciais teóricos com os quais optamos dialogar foram os sociólogos franceses Claude Dubar e François Dubet. Trabalhamos com a noção de Identidade Profissional apresentada por Dubar e Nóvoa (1995), vinculada ao que Dubet chama de Programa Institucional. A metodologia utilizada foi a análise documental das diferentes fontes do período estudado, com destaque para aquelas encontradas no acervo do Núcleo de Documentação e Memória do Colégio Pedro II, no Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil da Fundação Getúlio Vargas (CPDOC/FGV) e na legislação sobre o sistema educacional do período invesstigado. Através das fontes consultadas foi possível identificar praticamente todos os professores que atuaram na instituição naquela época; as diversas categorias em que se enquadravam e, nesse caso, verificamos que, dentre os que se inseriram no Colégio nas categorias mais baixas hierarquicamente, alguns se tornaram catedráticos e diretores nos anos ou décadas que se seguiram; as atribuições dos professores; o comportamento em sala de aula; as penalidades; a atuação coletiva; os concursos; algumas disputas políticas internas; vencimentos; algumas características pessoais e outros aspectos marcantes na construção de suas trajetórias. Obtivemos dados sobre a formação da grande maioria dos professores, quais disciplinas lecionavam, em que outras instituições trabalhavam, se eram considerados bons, inexperientes ou novos para a prática do magistério, bem como quais possuíam o Registro, instituído pela Reforma Campos em 1932. Foi possível ainda, verificar como o Colégio Pedro II se adequou às reformas impostas pelo Estado e como os professores reagiram a algumas delas. Encontramos também, documentos que fornecem uma visão distinta, um quadro considerado caótico o Colégio Pedro II, que vai de encontro às noções de ordem, excelência e de padrão construídas historicamente por professores, alunos e funcionários. |
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[pt] DOS PROFESSORES ESTRANHOS AOS CATEDRÁTICOS: ASPECTOS DA CONSTRUÇÃO DA IDENTIDADE PROFISSIONAL DOCENTE NO COLÉGIO PEDRO II (1925 - 1945)[en] FROM ADJUNCT TO TENURED PROFESSORS: THE CONSTRUCTION OF PROFESSIONAL IDENTITY BY TEACHERS AT COLÉGIO PEDRO II (1925-1945)[pt] COLEGIO PEDRO II[pt] ENSINO SECUNDARIO[pt] IDENTIDADE DOCENTE[en] PEDRO II SCHOOL[en] SECONDARY EDUCATION[en] TEACHING IDENTITY[pt] A presente pesquisa tem como objetivo geral analisar aspectos relacionados à construção da identidade profissional dos professores do Colégio Pedro II, primeira instituição de ensino secundário brasileira, fundada em 1837, que conservou até meados do século XX, o caráter de instituição modelar para esta modalidade de ensino no Brasil e que permanece mantido pelo governo federal nos dias atuais. O recorte temporal adotado é o período que se estende de 1925 a 1945, delimitado por três reformas (Rocha Vaz, em 1925, Francisco Campos, em 1932, e Gustavo Capanema, em 1942) que consolidaram o processo de institucionalização do ensino secundário brasileiro. Os principais referenciais teóricos com os quais optamos dialogar foram os sociólogos franceses Claude Dubar e François Dubet. Trabalhamos com a noção de Identidade Profissional apresentada por Dubar e Nóvoa (1995), vinculada ao que Dubet chama de Programa Institucional. A metodologia utilizada foi a análise documental das diferentes fontes do período estudado, com destaque para aquelas encontradas no acervo do Núcleo de Documentação e Memória do Colégio Pedro II, no Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil da Fundação Getúlio Vargas (CPDOC/FGV) e na legislação sobre o sistema educacional do período invesstigado. Através das fontes consultadas foi possível identificar praticamente todos os professores que atuaram na instituição naquela época; as diversas categorias em que se enquadravam e, nesse caso, verificamos que, dentre os que se inseriram no Colégio nas categorias mais baixas hierarquicamente, alguns se tornaram catedráticos e diretores nos anos ou décadas que se seguiram; as atribuições dos professores; o comportamento em sala de aula; as penalidades; a atuação coletiva; os concursos; algumas disputas políticas internas; vencimentos; algumas características pessoais e outros aspectos marcantes na construção de suas trajetórias. Obtivemos dados sobre a formação da grande maioria dos professores, quais disciplinas lecionavam, em que outras instituições trabalhavam, se eram considerados bons, inexperientes ou novos para a prática do magistério, bem como quais possuíam o Registro, instituído pela Reforma Campos em 1932. Foi possível ainda, verificar como o Colégio Pedro II se adequou às reformas impostas pelo Estado e como os professores reagiram a algumas delas. Encontramos também, documentos que fornecem uma visão distinta, um quadro considerado caótico o Colégio Pedro II, que vai de encontro às noções de ordem, excelência e de padrão construídas historicamente por professores, alunos e funcionários.[en] The main objective of this study is to analyze the construction of professional identity by teachers at Colégio Pedro II, the leading public secondary school institution in Brazil. Founded in 1837, Colégio Pedro II preserved until the mid-20th century the status and character of model institution at this educational stage in Brazil, a position it still retains by virtue of the federal government. The time frame chosen is the period that extends from 1925 to 1945, delimitated by three reforms (Rocha Vaz in 1925, Francisco Campos in 1932, and Gustavo Capanema in 1942) which consolidated the institutionalization process of Brazilian secondary schooling. This study s main theoretical references derive from the French sociologists Claude Dubar and François Dubet, drawing particularly from the idea of Professional Identity presented by Dubar and Nóvoa (1995), linked to what Dubet has called Institutional Program. The methodology used was the documental analysis of different sources from the period in question, especially the ones found in the collection of the Nucleus of Documentation and Memory of The Colégio Pedro II, in the Center for Research and Documentation of Contemporary Brazilian History at the Getúlio Vargas Foundation (CPDOC/FGV), as well as in the legislation concerning the educational system in the period. Following these sources, it was possible to identify virtually all teachers who worked in the institution at that time, and the several categories in which they fell; to observe that among those who were placed in the lowest hierarchical categories in the school, some were able to become professors and principals in the years or decades that followed; to discern the teachers attributions; the behavior inside classrooms; the collective action; the contests; some political infighting; salaries; several personal characteristics and other remarkable aspects in the construction of their career paths. The data collected also includes the training of the great majority of teachers, which disciplines they have taught, other institutions in which they worked, whether they were considered good, inexperienced or young for teaching, as well as who owned the Registration, established by Campos reform in 1932. It was even possible to verify how the Colégio Pedro II adapted itself to the reforms imposed by the government and how the teachers reacted to a few of them. Still, we found documents that allow for a distinctive perspective of Colégio Pedro II, revealing a chaotic character that goes against the notions of order, excellence, and standardization, historically built by its teachers, students and employees.MAXWELLANA WALESKA POLLO CAMPOS MENDONCAJEFFERSON DA COSTA SOARES2015-02-19info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/otherhttps://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=24087@1https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=24087@2http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.24087porreponame:Repositório Institucional da PUC-RIO (Projeto Maxwell)instname:Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RIO)instacron:PUC_RIOinfo:eu-repo/semantics/openAccess2019-08-02T00:00:00Zoai:MAXWELL.puc-rio.br:24087Repositório InstitucionalPRIhttps://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/ibict.phpopendoar:5342019-08-02T00:00Repositório Institucional da PUC-RIO (Projeto Maxwell) - Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RIO)false |
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