Ditadura da beleza sul coreana: a indústria do K-Pop e a sua presença na constituição da identidade dos indivíduos sul-coreanos

• Autor(a) principal: Silveira, Camila Mattos da
• Data de Publicação: 2019
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_SP
• Texto Completo: https://repositorio.pucsp.br/jspui/handle/handle/28685
• topic: CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::PSICOLOGIA; K-Pop; Padrões de beleza; Cirurgia plástica; Identidade; Metamorfose; Estigma; Hallyu; Onda coreana

A busca pelo corpo e rosto “ideal” é uma questão global. Para tentar alcançar o padrão estético imposto, é comum que as pessoas façam diversos procedimentos, como cirurgias plásticas, dietas, uso de medicações para perda de peso, dentre outros. Na Coreia do Sul, a indústria do K-Pop, neste sentido, é de grande relevância. Seus ídolos servem como modelos a serem seguidos em termos de aparência e comportamento. Este trabalho tem como objetivo, portanto, investigar a presença da indústria do Kpop na constituição da identidade dos sujeitos sul-coreanos, a partir da perspectiva da Psicologia Social, utilizando como base os conceitos de Estigma de acordo com Erving Goffman (1975) e da identidade como processo de metamorfose de Antonio da Costa Ciampa (1990). Para tal foi realizada uma revisão bibliográfica, partindo do contexto histórico em que surgiu o fenômeno da “Onda Coreana” (Hallyu) e suas diferentes fases, o nascimento do K-pop e sua indústria os padrões de beleza sulcoreanos. Esta pesquisa tem como resultados que o personagem “ídolo” fabricado no processo de treinamento nas agências de entretenimento sul-coreanas, sobrepõe-se aos outros personagens. As exigências para que o ídolo se mantenha num estado “perfeito” na sua aparência e comportamento, coisifica-o e contribui para uma constante reposição do papel de ídolo, impedindo-o de experienciar o processo de metamorfose. Em geral, sul-coreanos submetem-se a procedimentos estéticos para mudar o seu corpo, passando pela não-metamorfose, a favor de uma busca pela aceitação social e, consequentemente, da não estigmatização