E agora? apaixonei-me!: do apadrinhamento afetivo à adoção - uma abordagem sistêmica

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Roberto, Cristiane Gouveia
Data de Publicação: 2014
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_SP
Texto Completo: https://repositorio.pucsp.br/jspui/handle/handle/29507
Resumo: Conforme dados obtidos em novembro de 2014 no site do Conselho Nacional de Justiça, em todo o Brasil são 45.502 crianças e adolescentes que vivem em situação de acolhimento institucional, por deixarem de conviver com suas famílias e existem 3.676 entidades de acolhimento em todo o país. O ideal seria que toda criança se desenvolvesse no “seio familiar”, na sua família de origem ou extensa, porém devido à negligência, abandono, maus-tratos, drogadição, problemas psiquiátricos, relações familiares difusas, entre outros fatores, eventualmente esta situação torna-se improvável. Consequentemente, o acolhimento institucional entra como medida protetiva e, a princípio, provisória. Entre as crianças e adolescentes acolhidos, há um número considerável com remotas ou inexistentes chances de reintegração familiar ou adoção, devido à idade, deficiências, o diagnóstico de soropositivos(as), por fazerem parte de grupo de irmãos, afrodescendentes, ou doenças crônicas. O Apadrinhamento Afetivo pode entrar como uma alternativa concreta e humanizada para efetivar a convivência familiar, social e comunitária dessas crianças e adolescentes. Através de um estudo qualitativo, numa abordagem sistêmica, este trabalho visa compreender a transição de relações de apadrinhamento de crianças e adolescentes para relações de parentalidade, à luz das narrativas que contam as histórias envolvidas nesse processo, onde a adoção surge como uma escolha. Participaram desse estudo famílias que adotaram a partir de um apadrinhamento afetivo. As informações foram obtidas através de entrevista semiestruturada, onde os pais foram entrevistados separadamente das crianças. Além disso, usamos como forma de ampliar nosso entendimento, um filme que retrata o tema da adoção nesse contexto pós-apadrinhamento. As famílias são de classe média a média alta e todos com formação universitária, inclusive alguns pós-graduados. Os significados associados ao apadrinhamento afetivo pelas crianças e adolescentes e pelos familiares giram em torno de sentimentos de felicidade, amor, carinho, afinidade e vínculo. A adoção mostrou-se associada a uma persistência de propósitos para fazer frente a um período de morosidade e luta, mas que se torna imperativa, devido à afinidade e vínculo afetivo que se apresentou na convivência do apadrinhamento afetivo. Em todas as famílias, a convivência no apadrinhamento gerou laços de afeto entre os envolvidos, sendo que as crianças e adolescentes já se sentiam pertencentes a uma família e eram legitimados como tal
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