Autodeterminação e trabalho emocional em profissionais de cuidados paliativos: Um estudo qualitativo
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2018 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/11328/2145 |
Resumo: | O trabalho desenvolvido nos serviços de cuidados paliativos tem associada uma elevada carga emocional, com consequências nos profissionais. Assim, é relevante explorar o constructo de trabalho emocional neste contexto, considerando que é um processo através do qual os profissionais gerem as suas emoções, com o objetivo de expressar a emoção desejada ou adequada perante determinada situação de trabalho. Adicionalmente, a aplicação da teoria da autodeterminação ao estudo dos contextos e profissionais de saúde tem mostrado que a não satisfação das necessidades psicológicas básicas tem consequências a vários níveis. O objetivo do presente estudo é explorar e compreender o sentido da autodeterminação e as vivências do trabalho emocional em profissionais de cuidados paliativos, investigando que estratégias de regulação emocional são utilizadas na sua rotina de trabalho. Trata-se de um estudo qualitativo que recorreu a entrevistas semiestruturadas realizadas a oito profissionais de uma unidade de cuidados paliativos. Foram abordadas as rotinas de trabalho, as estratégias de trabalho emocional e a perceção de autodeterminação no contexto profissional. Após a análise de conteúdo das entrevistas, foi possível compreender o elevado grau de satisfação de necessidades psicológicas básicas destes profissionais, o que contribui para o seu bem-estar. Verificou-se ainda a utilização diferenciada de estratégias de trabalho emocional, focadas na resposta ou no antecedente, dependendo da situação/contexto em que o profissional se encontra. Foi ainda notório que esta diferenciação contribui para a manutenção de bem-estar. Os resultados deste estudo apoiam o desenvolvimento de práticas organizacionais que otimizam consequências positivas e diminuem as negativas associadas ao trabalho emocional, apoiando a autodeterminação dos profissionais. |
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Autodeterminação e trabalho emocional em profissionais de cuidados paliativos: Um estudo qualitativoAutodeterminaçãoTrabalho emocionalProfissionais de saúdeCuidados paliativosSelf-determinationEmotional laborHealth professionalsPalliative careO trabalho desenvolvido nos serviços de cuidados paliativos tem associada uma elevada carga emocional, com consequências nos profissionais. Assim, é relevante explorar o constructo de trabalho emocional neste contexto, considerando que é um processo através do qual os profissionais gerem as suas emoções, com o objetivo de expressar a emoção desejada ou adequada perante determinada situação de trabalho. Adicionalmente, a aplicação da teoria da autodeterminação ao estudo dos contextos e profissionais de saúde tem mostrado que a não satisfação das necessidades psicológicas básicas tem consequências a vários níveis. O objetivo do presente estudo é explorar e compreender o sentido da autodeterminação e as vivências do trabalho emocional em profissionais de cuidados paliativos, investigando que estratégias de regulação emocional são utilizadas na sua rotina de trabalho. Trata-se de um estudo qualitativo que recorreu a entrevistas semiestruturadas realizadas a oito profissionais de uma unidade de cuidados paliativos. Foram abordadas as rotinas de trabalho, as estratégias de trabalho emocional e a perceção de autodeterminação no contexto profissional. Após a análise de conteúdo das entrevistas, foi possível compreender o elevado grau de satisfação de necessidades psicológicas básicas destes profissionais, o que contribui para o seu bem-estar. Verificou-se ainda a utilização diferenciada de estratégias de trabalho emocional, focadas na resposta ou no antecedente, dependendo da situação/contexto em que o profissional se encontra. Foi ainda notório que esta diferenciação contribui para a manutenção de bem-estar. Os resultados deste estudo apoiam o desenvolvimento de práticas organizacionais que otimizam consequências positivas e diminuem as negativas associadas ao trabalho emocional, apoiando a autodeterminação dos profissionais.The work developed in palliative care services has a high emotional load, with consequences for the professionals. Therefore, it is relevant to explore the construct of emotional labor in this context, considering that it is a process through which professionals manage their emotions, with the purpose of expressing a desired or adequate emotion!in a certain situation or context of their work. The application of the self-determination theory to the study of health contexts and professionals has shown that the non-satisfaction of the basic psychological needs has consequences at several levels.!The aim of the present study is to explore and understand the meaning of selfdetermination and the experiences of emotional labor in palliative care professionals, investigating what emotional regulation strategies they use in their work. This is a qualitative study that used semi-structured interviews conducted to eight professionals of a palliative care unit. The interviews explored work routines, emotional labor strategies, and the perception of self-determination in the professional context. Through the content analysis of the interviews, we found a high level of satisfaction of psychological needs, which contributes to the well-being of these professionals. There was also a differentiated use of emotional labor strategies, focused on the response or on the antecedents, depending on the situation/context in which the professional is in. This differentiation contributes to the maintenance of the professionals’ well-being. The results of this study support the development of organizational practices that optimize positive consequences and decrease negatives ones associated with emotional labor, while supporting professionals’ self-determination.2018-04-19T15:08:05Z2018-03-20T00:00:00Z2018-03-202018-01info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/11328/2145TID:201887339porArtilheiro, Daniela Filipa Lopesinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-06-15T02:10:27ZPortal AgregadorONG |
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O trabalho desenvolvido nos serviços de cuidados paliativos tem associada uma elevada carga emocional, com consequências nos profissionais. Assim, é relevante explorar o constructo de trabalho emocional neste contexto, considerando que é um processo através do qual os profissionais gerem as suas emoções, com o objetivo de expressar a emoção desejada ou adequada perante determinada situação de trabalho. Adicionalmente, a aplicação da teoria da autodeterminação ao estudo dos contextos e profissionais de saúde tem mostrado que a não satisfação das necessidades psicológicas básicas tem consequências a vários níveis. O objetivo do presente estudo é explorar e compreender o sentido da autodeterminação e as vivências do trabalho emocional em profissionais de cuidados paliativos, investigando que estratégias de regulação emocional são utilizadas na sua rotina de trabalho. Trata-se de um estudo qualitativo que recorreu a entrevistas semiestruturadas realizadas a oito profissionais de uma unidade de cuidados paliativos. Foram abordadas as rotinas de trabalho, as estratégias de trabalho emocional e a perceção de autodeterminação no contexto profissional. Após a análise de conteúdo das entrevistas, foi possível compreender o elevado grau de satisfação de necessidades psicológicas básicas destes profissionais, o que contribui para o seu bem-estar. Verificou-se ainda a utilização diferenciada de estratégias de trabalho emocional, focadas na resposta ou no antecedente, dependendo da situação/contexto em que o profissional se encontra. Foi ainda notório que esta diferenciação contribui para a manutenção de bem-estar. Os resultados deste estudo apoiam o desenvolvimento de práticas organizacionais que otimizam consequências positivas e diminuem as negativas associadas ao trabalho emocional, apoiando a autodeterminação dos profissionais. |
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