Autodeterminação e trabalho emocional em profissionais de cuidados paliativos: Um estudo qualitativo

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Artilheiro, Daniela Filipa Lopes
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/11328/2145
Resumo: O trabalho desenvolvido nos serviços de cuidados paliativos tem associada uma elevada carga emocional, com consequências nos profissionais. Assim, é relevante explorar o constructo de trabalho emocional neste contexto, considerando que é um processo através do qual os profissionais gerem as suas emoções, com o objetivo de expressar a emoção desejada ou adequada perante determinada situação de trabalho. Adicionalmente, a aplicação da teoria da autodeterminação ao estudo dos contextos e profissionais de saúde tem mostrado que a não satisfação das necessidades psicológicas básicas tem consequências a vários níveis. O objetivo do presente estudo é explorar e compreender o sentido da autodeterminação e as vivências do trabalho emocional em profissionais de cuidados paliativos, investigando que estratégias de regulação emocional são utilizadas na sua rotina de trabalho. Trata-se de um estudo qualitativo que recorreu a entrevistas semiestruturadas realizadas a oito profissionais de uma unidade de cuidados paliativos. Foram abordadas as rotinas de trabalho, as estratégias de trabalho emocional e a perceção de autodeterminação no contexto profissional. Após a análise de conteúdo das entrevistas, foi possível compreender o elevado grau de satisfação de necessidades psicológicas básicas destes profissionais, o que contribui para o seu bem-estar. Verificou-se ainda a utilização diferenciada de estratégias de trabalho emocional, focadas na resposta ou no antecedente, dependendo da situação/contexto em que o profissional se encontra. Foi ainda notório que esta diferenciação contribui para a manutenção de bem-estar. Os resultados deste estudo apoiam o desenvolvimento de práticas organizacionais que otimizam consequências positivas e diminuem as negativas associadas ao trabalho emocional, apoiando a autodeterminação dos profissionais.
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