Inteligência Emocional e Desempenho Académico nos estudantes de Medicina da Universidade da Beira Interior

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Ribeiro, Ana Raquel Rodrigues
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.6/10668
Resumo: Introdução: Inteligência emocional (IE) é a habilidade individual para entender, clarificar e regular emoções, refletindo o potencial do indivíduo no comportamento adaptativo inteligente. Segundo Goleman, as pessoas emocionalmente mais desenvolvidas têm vantagem em todos os domínios da vida, sendo mais eficazes, mais satisfeitas e mais capazes de produzir bons resultados no seu quotidiano. Para além disso, a IE tem evidenciado um efeito positivo no sucesso académico, devido a um processo onde se destaca o impacto das emoções na memória e, consequentemente, na aprendizagem. No entanto, a influência das emoções no desempenho cognitivo do indivíduo tem sido uma temática controversa, uma vez que as investigações que relacionam estas variáveis têm revelado resultados inconsistentes. Assim, o principal objetivo deste estudo é avaliar a influência da IE no desempenho académico (DA) dos estudantes de Medicina da Universidade da Beira Interior (UBI). Materiais e métodos: Este estudo, de tipo observacional transversal, foi realizado com uma amostra 260 estudantes do 2º ao 6º ano do Mestrado Integrado em Medicina da UBI por via da aplicação de um questionário. Este inclui uma parte com questões para caracterização sociodemográfica e avaliação do DA e outra parte com uma escala de avaliação da IE dos participantes, a versão portuguesa modificada e reduzida da Trait Meta-Mood Scale (TMMS-24). A análise estatística dos dados efetuou-se através do programa Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) – versão 25. Resultados: A maioria dos participantes é do sexo feminino (73,9%), sendo que 93,1% tem idade igual ou inferior a 25 anos (média de idade = 22,41 DP=2,04). A média atual das notas dos participantes situa-se entre os 11 e os 18 valores. Os resultados indicam que não há uma correlação estatisticamente significativa entre a IE e o DA, apesar do DA ter uma diferença tendencialmente significativa em função do fator Clareza de sentimentos da IE. A IE e o DA apresentam diferenças estatisticamente significativas em função da idade, com resultados mais elevados no grupo mais velho. O sexo tem uma influência tendencialmente significativa no DA e no fator Atenção às emoções da IE, observando-se melhores resultados no sexo feminino. O ano do curso apenas influencia significativamente o DA. Conclusão: Não se verificou correlação entre a IE o DA dos estudantes. No entanto, concluiuse que a idade tem influência positiva tanto na IE como no DA do aluno. Para além disso, verificou-se também que o sexo feminino tem resultados superiores na IE e no DA e que o ano do curso que o aluno frequenta apenas tem efeito no DA. Apesar dos resultados confirmarem a controvérsia da influência da IE no DA dos estudantes de Medicina, é de salientar a importância da mesma nas suas capacidades adaptativas enquanto alunos e futuros profissionais de saúde.
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spelling Inteligência Emocional e Desempenho Académico nos estudantes de Medicina da Universidade da Beira InteriorDesempenho AcadémicoInteligência EmocionalMedicinaDomínio/Área Científica::Ciências Médicas::Ciências da Saúde::MedicinaIntrodução: Inteligência emocional (IE) é a habilidade individual para entender, clarificar e regular emoções, refletindo o potencial do indivíduo no comportamento adaptativo inteligente. Segundo Goleman, as pessoas emocionalmente mais desenvolvidas têm vantagem em todos os domínios da vida, sendo mais eficazes, mais satisfeitas e mais capazes de produzir bons resultados no seu quotidiano. Para além disso, a IE tem evidenciado um efeito positivo no sucesso académico, devido a um processo onde se destaca o impacto das emoções na memória e, consequentemente, na aprendizagem. No entanto, a influência das emoções no desempenho cognitivo do indivíduo tem sido uma temática controversa, uma vez que as investigações que relacionam estas variáveis têm revelado resultados inconsistentes. Assim, o principal objetivo deste estudo é avaliar a influência da IE no desempenho académico (DA) dos estudantes de Medicina da Universidade da Beira Interior (UBI). Materiais e métodos: Este estudo, de tipo observacional transversal, foi realizado com uma amostra 260 estudantes do 2º ao 6º ano do Mestrado Integrado em Medicina da UBI por via da aplicação de um questionário. Este inclui uma parte com questões para caracterização sociodemográfica e avaliação do DA e outra parte com uma escala de avaliação da IE dos participantes, a versão portuguesa modificada e reduzida da Trait Meta-Mood Scale (TMMS-24). A análise estatística dos dados efetuou-se através do programa Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) – versão 25. Resultados: A maioria dos participantes é do sexo feminino (73,9%), sendo que 93,1% tem idade igual ou inferior a 25 anos (média de idade = 22,41 DP=2,04). A média atual das notas dos participantes situa-se entre os 11 e os 18 valores. Os resultados indicam que não há uma correlação estatisticamente significativa entre a IE e o DA, apesar do DA ter uma diferença tendencialmente significativa em função do fator Clareza de sentimentos da IE. A IE e o DA apresentam diferenças estatisticamente significativas em função da idade, com resultados mais elevados no grupo mais velho. O sexo tem uma influência tendencialmente significativa no DA e no fator Atenção às emoções da IE, observando-se melhores resultados no sexo feminino. O ano do curso apenas influencia significativamente o DA. Conclusão: Não se verificou correlação entre a IE o DA dos estudantes. No entanto, concluiuse que a idade tem influência positiva tanto na IE como no DA do aluno. Para além disso, verificou-se também que o sexo feminino tem resultados superiores na IE e no DA e que o ano do curso que o aluno frequenta apenas tem efeito no DA. Apesar dos resultados confirmarem a controvérsia da influência da IE no DA dos estudantes de Medicina, é de salientar a importância da mesma nas suas capacidades adaptativas enquanto alunos e futuros profissionais de saúde.Introduction: Emotional intelligence (EI) is the individual ability to understand, clarify and regulate emotions which reflects on the entity’s potential for intelligent adaptive behavior. According to Goleman, the most emotionally developed people have advantages in all areas of life by being more effective, more satisfied and more able to produce good results in their daily life. Furthermore, EI has shown a positive impact on academic success highlighting the impact of emotions on memory and, consequently, on learning. However, the influence of emotions on the individual's cognitive performance has been a controversial topic, due to the inconsistent results delivered by previous researches. Thus, the main objective of this study is to evaluate the influence of EI on the academic performance (AP) of medical students at the University of Beira Interior (UBI). Materials and methods: This cross-sectional observational study was conducted through a questionnaire to 260 students. This includes a part with questions for sociodemographic characterization, AP assessment and another part with an EI rating scale of the participants, based on the modified and reduced portuguese version of the Trait Meta-Mood Scale (TMMS24). The statistical analysis of data was performed using the Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) - version 25. Results: Most participants were female (73.9%) being 93,1% 25 years old or less (mean age=22,41, DP=2,04). The current’ average grades of the participants is between 11 and 18 values. The results indicate that, statistically, there is no significant correlation between students' EI and AP, although AP tends to be significantly different due to the Clarity of feelings (EI factor). In addition, both EI and AP show significant differences based on the age of participants, with higher results in the older group. Sex has shown to have a significant tendency to influence the AP and the Attention to emotions (EI factor), observing better results in females. The year of the course only significantly influences AP. Conclusion: There was no correlation between students’ EI and AP. However, it was shown that age has a positive influence on both students’ EI and AP. It was also found that the female sex has superior results in EI and AP. In addition, the year of the course that the student attends has only effects on AP. Although the results confirm the controversy over the influence of EI on AP of medical students, it is important to emphasize its importance in their adaptive capacities as future health professionals.Vitória, Paulo dos Santos DuarteuBibliorumRibeiro, Ana Raquel Rodrigues2020-12-14T14:23:13Z2020-05-252020-03-042020-05-25T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.6/10668TID:202547981porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-12-15T09:52:37Zoai:ubibliorum.ubi.pt:10400.6/10668Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T00:50:34.441524Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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