Ambiente Familiar, processos reguladores e resiliência em Jovens Adolescentes

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Bem, Patrícia Gil do
Data de Publicação: 2012
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10437/3058
Resumo: A adolescência constitui um período do desenvolvimento humano e de formação da identidade pessoal, marcado por significativas transformações, que decorrem das relações que se estabelecem com os contextos circundantes dos jovens. A noção de resiliência advém da capacidade humana de confronto, resistência e superação das adversidades da vida, a partir do binómio existente entre fatores de risco e fatores de proteção. Nesta fase, a resiliência manifesta-se em função do contexto em que o jovem se insere, sendo que as relações familiares e as redes sociais são primordiais, contribuindo para a autoestima, autorregulação emocional e desempenho académico. Esta investigação pretendeu conhecer o processo de resiliência em jovens adolescentes, a forma como é determinado por fatores sociodemográficos ou académicos, e também por fatores psicológicos como a autoestima, a autorregulação emocional e o ambiente psicossocial da família. A amostra estudada era constituída por 115 jovens da Escola EB2,3 Dr. João Rocha Pai – Vagos (7º e 9º ano) e por 81 encarregados de educação. Para além da recolha de dados sociodemográficos, os jovens foram avaliados sobre a resiliência (Escala de Resiliência e Escala HKRAM), a autoestima (Escala de Autoestima de Rosenberg) e a autorregulação emocional (Escala de Dificuldades na Regulação Emocional); e os Encarregados de Educação sobre o ambiente e o contexto familiar (Escala do Ambiente Familiar). Partindo dos resultados obtidos relacionámos o número de reprovações do aluno com a autoestima, resiliência e a independência, além da influência de fatores sociodemográficos parentais. Denotámos que a participação do aluno em atividades extracurriculares potencia a existência de melhores competências de resiliência e autoestima, contribuindo para um melhor ambiente familiar, além de reduzir o número de reprovações e conflitos. A relação existente entre autoestima, ambiente familiar e resiliência com o nível socioeconómico dos jovens, evidenciou que aqueles que se inserem num nível médio possuem melhores competências nos âmbitos mencionados. Concluiu-se que a autoestima influência o desempenho académico dos jovens e que o ambiente familiar potencia a autoestima, além de dotar o indivíduo de estratégias de regulação emocional.
id RCAP_10712fa0453c45e442530541feaa0698
oai_identifier_str oai:recil.ensinolusofona.pt:10437/3058
network_acronym_str RCAP
network_name_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository_id_str 7160
spelling Ambiente Familiar, processos reguladores e resiliência em Jovens AdolescentesPSICOLOGIAAUTOESTIMAMESTRADO EM PSICOLOGIA CLÍNICA E DA SAÚDERESILIÊNCIAADOLESCÊNCIAPSYCHOLOGYSELF-ESTEEMADOLESCENCERESILIENCEA adolescência constitui um período do desenvolvimento humano e de formação da identidade pessoal, marcado por significativas transformações, que decorrem das relações que se estabelecem com os contextos circundantes dos jovens. A noção de resiliência advém da capacidade humana de confronto, resistência e superação das adversidades da vida, a partir do binómio existente entre fatores de risco e fatores de proteção. Nesta fase, a resiliência manifesta-se em função do contexto em que o jovem se insere, sendo que as relações familiares e as redes sociais são primordiais, contribuindo para a autoestima, autorregulação emocional e desempenho académico. Esta investigação pretendeu conhecer o processo de resiliência em jovens adolescentes, a forma como é determinado por fatores sociodemográficos ou académicos, e também por fatores psicológicos como a autoestima, a autorregulação emocional e o ambiente psicossocial da família. A amostra estudada era constituída por 115 jovens da Escola EB2,3 Dr. João Rocha Pai – Vagos (7º e 9º ano) e por 81 encarregados de educação. Para além da recolha de dados sociodemográficos, os jovens foram avaliados sobre a resiliência (Escala de Resiliência e Escala HKRAM), a autoestima (Escala de Autoestima de Rosenberg) e a autorregulação emocional (Escala de Dificuldades na Regulação Emocional); e os Encarregados de Educação sobre o ambiente e o contexto familiar (Escala do Ambiente Familiar). Partindo dos resultados obtidos relacionámos o número de reprovações do aluno com a autoestima, resiliência e a independência, além da influência de fatores sociodemográficos parentais. Denotámos que a participação do aluno em atividades extracurriculares potencia a existência de melhores competências de resiliência e autoestima, contribuindo para um melhor ambiente familiar, além de reduzir o número de reprovações e conflitos. A relação existente entre autoestima, ambiente familiar e resiliência com o nível socioeconómico dos jovens, evidenciou que aqueles que se inserem num nível médio possuem melhores competências nos âmbitos mencionados. Concluiu-se que a autoestima influência o desempenho académico dos jovens e que o ambiente familiar potencia a autoestima, além de dotar o indivíduo de estratégias de regulação emocional.Adolescence is a significant period of the human development and is where you begin to construct your personal identity. This period is characterized by significant changes, which result from the established relationships with the youth’s surrounding environment. The idea of resilience stems from the human capacity to confront, resist and overcome the adversities of life, thought the binomial factor between risk factors and protective factors. At this stage, the resilience manifests itself depending on the context in which the young is implanted. Family relationships and social networks are essential, and contribute to self-esteem, emotional self-regulation and a successful academic performance. This research intended to understand the process of resilience in young adolescents and how is determined by socio-demographic or academic factors, and also by psychological factors such as self-esteem, emotional self-regulation and the psychosocial environment of the family. The sample consisted of 115 young people from the Escola EB2, 3 Dr. João Rocha Pai - Vagos (7th and 9th grade) and by 81 guardians. In addition to collecting demographic data, young people were also evaluated on resilience (Resilience Scale and Scale HKRAM), self-esteem (Rosenberg Self-Esteem Scale) and emotional self-regulation (Difficulties in Emotion Regulation Scale). The Guardians were also evaluated on the family background and environment (Family Environment Scale). Based on the obtained results we can relate the number of failures with the student's self-esteem, resilience and independence, excluding the influence of parental sociodemographic factors. We can denote that the student's participation in extracurricular activities enhances the presence of better skills of resilience and self-esteem, contributing to a better family environment and reducing the number of failures and conflicts. The link between self-esteem, family environment and resilience with the socio-economic situation of young people showed that those who are inserted in the average level have better skills in the mentioned areas. It can be concluded that self-esteem influences the academic performance of young people and that the family atmosphere can enhance self-esteem, and also provide the individual with some emotion guideline strategies.2013-02-04T17:30:16Z2012-01-01T00:00:00Z2012info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10437/3058porBem, Patrícia Gil doinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-03-09T14:06:40Zoai:recil.ensinolusofona.pt:10437/3058Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T17:14:10.555506Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
dc.title.none.fl_str_mv Ambiente Familiar, processos reguladores e resiliência em Jovens Adolescentes
title Ambiente Familiar, processos reguladores e resiliência em Jovens Adolescentes
spellingShingle Ambiente Familiar, processos reguladores e resiliência em Jovens Adolescentes
Bem, Patrícia Gil do
PSICOLOGIA
AUTOESTIMA
MESTRADO EM PSICOLOGIA CLÍNICA E DA SAÚDE
RESILIÊNCIA
ADOLESCÊNCIA
PSYCHOLOGY
SELF-ESTEEM
ADOLESCENCE
RESILIENCE
title_short Ambiente Familiar, processos reguladores e resiliência em Jovens Adolescentes
title_full Ambiente Familiar, processos reguladores e resiliência em Jovens Adolescentes
title_fullStr Ambiente Familiar, processos reguladores e resiliência em Jovens Adolescentes
title_full_unstemmed Ambiente Familiar, processos reguladores e resiliência em Jovens Adolescentes
title_sort Ambiente Familiar, processos reguladores e resiliência em Jovens Adolescentes
author Bem, Patrícia Gil do
author_facet Bem, Patrícia Gil do
author_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv Bem, Patrícia Gil do
dc.subject.por.fl_str_mv PSICOLOGIA
AUTOESTIMA
MESTRADO EM PSICOLOGIA CLÍNICA E DA SAÚDE
RESILIÊNCIA
ADOLESCÊNCIA
PSYCHOLOGY
SELF-ESTEEM
ADOLESCENCE
RESILIENCE
topic PSICOLOGIA
AUTOESTIMA
MESTRADO EM PSICOLOGIA CLÍNICA E DA SAÚDE
RESILIÊNCIA
ADOLESCÊNCIA
PSYCHOLOGY
SELF-ESTEEM
ADOLESCENCE
RESILIENCE
description A adolescência constitui um período do desenvolvimento humano e de formação da identidade pessoal, marcado por significativas transformações, que decorrem das relações que se estabelecem com os contextos circundantes dos jovens. A noção de resiliência advém da capacidade humana de confronto, resistência e superação das adversidades da vida, a partir do binómio existente entre fatores de risco e fatores de proteção. Nesta fase, a resiliência manifesta-se em função do contexto em que o jovem se insere, sendo que as relações familiares e as redes sociais são primordiais, contribuindo para a autoestima, autorregulação emocional e desempenho académico. Esta investigação pretendeu conhecer o processo de resiliência em jovens adolescentes, a forma como é determinado por fatores sociodemográficos ou académicos, e também por fatores psicológicos como a autoestima, a autorregulação emocional e o ambiente psicossocial da família. A amostra estudada era constituída por 115 jovens da Escola EB2,3 Dr. João Rocha Pai – Vagos (7º e 9º ano) e por 81 encarregados de educação. Para além da recolha de dados sociodemográficos, os jovens foram avaliados sobre a resiliência (Escala de Resiliência e Escala HKRAM), a autoestima (Escala de Autoestima de Rosenberg) e a autorregulação emocional (Escala de Dificuldades na Regulação Emocional); e os Encarregados de Educação sobre o ambiente e o contexto familiar (Escala do Ambiente Familiar). Partindo dos resultados obtidos relacionámos o número de reprovações do aluno com a autoestima, resiliência e a independência, além da influência de fatores sociodemográficos parentais. Denotámos que a participação do aluno em atividades extracurriculares potencia a existência de melhores competências de resiliência e autoestima, contribuindo para um melhor ambiente familiar, além de reduzir o número de reprovações e conflitos. A relação existente entre autoestima, ambiente familiar e resiliência com o nível socioeconómico dos jovens, evidenciou que aqueles que se inserem num nível médio possuem melhores competências nos âmbitos mencionados. Concluiu-se que a autoestima influência o desempenho académico dos jovens e que o ambiente familiar potencia a autoestima, além de dotar o indivíduo de estratégias de regulação emocional.
publishDate 2012
dc.date.none.fl_str_mv 2012-01-01T00:00:00Z
2012
2013-02-04T17:30:16Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/10437/3058
url http://hdl.handle.net/10437/3058
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron:RCAAP
instname_str Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron_str RCAAP
institution RCAAP
reponame_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
collection Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository.name.fl_str_mv Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1799131238523469824