Probióticos: aplicações, riscos e perspetivas futuras

• Autor(a) principal: Rocha, Rosa
• Data de Publicação: 2022
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.1/18612
• topic: Microbiota intestinal; Disbiose; Probióticos; Lactobacillus; Bifidobacterium; Domínio/Área Científica::Ciências Médicas::Outras Ciências Médicas

A microbiota intestinal é constituída pelos microrganismos que colonizam o intestino humano, sendo o microbioma o conjunto dos genes que os compõem. A microbiota desenvolve-se desde o nascimento, atingindo a maturidade aos três anos de idade, desempenhando uma influência significativa sobre a saúde do hospedeiro ao longo de toda a sua vida. A sua ação benéfica no organismo humano gera uma condição de homeostase, que sofre influência de vários fatores como as condições ambientais, características genéticas e imunológicas do hospedeiro e administração de antibióticos. As consequentes disfunções causadas na microbiota, designadas por disbiose, provocam efeitos prejudiciais para a saúde do hospedeiro. Os probióticos, microrganismos viáveis que, quando administrados nas quantidades adequadas, provocam um efeito benéfico na saúde do hospedeiro, evidenciam ter capacidade para prevenir e até mesmo reverter a situação de disbiose. As bactérias que têm sido mais estudadas e utilizadas como probióticos pertencem aos géneros Lactobacillus e Bifidobacterium, também sendo utilizada a levedura do género Saccharomyces. A eficácia dos probióticos foi estabelecida para a prevenção e tratamento de algumas patologias, contudo, a maioria dos resultados de investigação são ainda limitados ou inconsistentes para a recomendação do seu uso terapêutico na medicina. O estudo da microbiota intestinal está em constante desenvolvimento, surgindo novos potenciais organismos benéficos para a saúde do hospedeiro.