O desenvolvimento do pensamento crítico em contextos formais e não formais, no âmbito da ciência para a cidadania

• Autor(a) principal: Henriques, Maria Clara Almendra
• Data de Publicação: 2022
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10773/36384
• topic: Pensamento crítico; Ciência e cidadania; Educação formal e não formal; 2.º ciclo do ensino básico

A atualidade é marcada pelo combate às crises sociais, políticas, económicas e sanitárias despoletadas pela COVID-19 e pelos conflitos armados vigentes a uma escala global, a par da proliferação dos efeitos da crise ambiental. Este cenário tem catalisado revoluções nas áreas da Ciência e da Tecnologia, redefinindo a economia e as próprias dinâmicas dos mercados de trabalho. Com efeito, torna-se imperativo educar crianças e jovens capazes de pensar criticamente acerca do mundo que os rodeia, aprimorando as suas conceções sobre Ciência e Cidadania, sendo os contextos formais e não formais dotados de um grande potencial para tal. Posto isto, a finalidade do presente estudo consistiu em conceber, produzir, implementar e avaliar atividades de Ciência para a Cidadania, promotoras do Pensamento Crítico (PC) de alunos do 6.º ano de escolaridade, em articulação com a Educação Não Formal. Neste quadro, o paradigma da presente investigação surge como interpretativo, de natureza qualitativa, uma vez que é descrito um estudo de caso, sendo o grupo de participantes do estudo constituído por cerca de dez alunos pertencentes a duas turmas do 6.º ano de escolaridade. Assim, fez-se a análise de conteúdo dos dados correspondentes aos seus registos, efetuados durante as dez sessões de contacto consideradas para a presente investigação. Os principais resultados obtidos foram que a maior parte dos participantes mobilizou capacidades de PC, demonstrando interesse face a temas científicos e atribuindo um papel determinante à Ciência e à Tecnologia na resolução de problemáticas da Sociedade. No que toca à Cidadania, as percentagens de respostas consideradas como certas a um questionário desenvolvido no estudo, foram de 67%, 89% e de 56%, e dão-nos a indicação de que ainda existem algumas conceções ingénuas sobre este tema. O contributo deste estudo, ainda que modesto, foi o de fazer o levantamento de conceções de alunos portugueses do 6.º ano de escolaridade sobre Ciência e Cidadania, numa perspetiva integrada e contribuir para uma melhoria do interesse e do PC dos alunos envolvidos.