Insuficiência Suprarrenal Associada a Corticoterapia

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Carvalho, Diogo André Lameirão
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.6/8701
Resumo: Introdução: Insuficiência suprarrenal é uma doença potencialmente fatal caraterizada por produção inadequada de glucocorticoides. Os glucocorticoides são uma classe medicamentosa muito prescrita, mas apesar dos seus efeitos benéficos têm uma série de efeitos adversos como a insuficiência suprarrenal. A descontinuação da terapia com glucocorticoides e eventos stressantes podem levar a crises suprarrenais, potencialmente fatais Objetivos: O objetivo deste trabalho é fazer uma revisão da literatura sobre os mais recentes desenvolvimentos relativamente aos efeitos da corticoterapia no desenvolvimento de insuficiência suprarrenal abordando a sua fisiopatologia, possíveis fatores preditivos da evolução da doença, complicações que desta possam advir e estratégias de prevenção. Métodos: Através da base de dados eletrónica Pubmed-Medline, foram selecionados artigos publicados entre 2000 e 2019, em inglês ou português, com base nos respetivos títulos e resumo. Os termos de pesquisa utilizados foram: insuficiência suprarrenal; corticoterapia; . Desenvolvimento: A terapia com glucocorticoides é apontada como a principal causa de desenvolvimento de insuficiência suprarrenal, isto deve-se ao uso cada vez maior de glucocorticoides na prática clínica para o tratamento de doenças inflamatórias, auto-imunes, entre outras. Contudo a real prevalência desta patologia é ainda desconhecida, mas pode chegar a valores superiores a 30% nos doentes submetidos a qualquer tipo de corticoterapia. O seguimento dos pacientes e um bom julgamento clínico são importantes para a prevenção de crises suprarrenais, potencialmente fatais, que podem ser o primeiro sinal da doença, uma vez que esta tende a manifestar-se de forma inespecífica e insidiosa. O diagnóstico de ISC continua a ser desafiante e são necessários testes bioquímicos para confirmar a suspeita clínica, contudo estes testes não devem adiar o início da terapêutica que deve ser feita o quanto antes em pacientes com suspeita de risco elevado de desenvolvimento de insuficiência suprarrenal. Uma vez que, os sintomas desta doença são precipitados pela interrupção da terapêutica, ou por situações de aumento de stress (cirurgias, trauma, doenças concomitantes) é importante um regime de desmame cuidado e ter em atenção o aparecimento de sinais e sintomas caraterísticos desta patologia e identificar corretamente os pacientes em risco. Conclusão: A verdadeira prevalência desta doença é ainda desconhecida, mas pode ser muito subestimada. Há uma grande variabilidade interindividual na resposta da função do eixo Hipotálamo-Hipófise-Suprarrenal à administração de corticoterapia, pelo que é difícil de assegurar que num futuro próximo se consiga encontrar um regime de desmame que assegure função suprarrenal suficiente em todos os pacientes e a educação do doente para reconhecer e lidar com o aparecimento de sintomas representa também um papel importante na prevenção destas crises.
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Métodos: Através da base de dados eletrónica Pubmed-Medline, foram selecionados artigos publicados entre 2000 e 2019, em inglês ou português, com base nos respetivos títulos e resumo. Os termos de pesquisa utilizados foram: insuficiência suprarrenal; corticoterapia; . Desenvolvimento: A terapia com glucocorticoides é apontada como a principal causa de desenvolvimento de insuficiência suprarrenal, isto deve-se ao uso cada vez maior de glucocorticoides na prática clínica para o tratamento de doenças inflamatórias, auto-imunes, entre outras. Contudo a real prevalência desta patologia é ainda desconhecida, mas pode chegar a valores superiores a 30% nos doentes submetidos a qualquer tipo de corticoterapia. O seguimento dos pacientes e um bom julgamento clínico são importantes para a prevenção de crises suprarrenais, potencialmente fatais, que podem ser o primeiro sinal da doença, uma vez que esta tende a manifestar-se de forma inespecífica e insidiosa. O diagnóstico de ISC continua a ser desafiante e são necessários testes bioquímicos para confirmar a suspeita clínica, contudo estes testes não devem adiar o início da terapêutica que deve ser feita o quanto antes em pacientes com suspeita de risco elevado de desenvolvimento de insuficiência suprarrenal. Uma vez que, os sintomas desta doença são precipitados pela interrupção da terapêutica, ou por situações de aumento de stress (cirurgias, trauma, doenças concomitantes) é importante um regime de desmame cuidado e ter em atenção o aparecimento de sinais e sintomas caraterísticos desta patologia e identificar corretamente os pacientes em risco. Conclusão: A verdadeira prevalência desta doença é ainda desconhecida, mas pode ser muito subestimada. Há uma grande variabilidade interindividual na resposta da função do eixo Hipotálamo-Hipófise-Suprarrenal à administração de corticoterapia, pelo que é difícil de assegurar que num futuro próximo se consiga encontrar um regime de desmame que assegure função suprarrenal suficiente em todos os pacientes e a educação do doente para reconhecer e lidar com o aparecimento de sintomas representa também um papel importante na prevenção destas crises.Introduction: Adrenal insufficiency is a potentially fatal disease characterized by inadequate production of glucocorticoids. Glucocorticoids are one of the most prescribed class, nevertheless, despite their beneficial effects, they have several adverse effects such as adrenal insufficiency. Discontinuation of glucocorticoid therapy and stressful events can lead to potentially fatal adrenal crisis. Objectives: The objective of this work is to review the literature on the latest developments regarding the effects of corticotherapy on the development of Suprarenal insufficiency addressing its pathophysiology, possible predictive factors of Progression of the disease, complications that may arise and prevention strategies. Methods: Through Pubmed-Medline electronic database, articles published between 2000 and 2019 were selected in English or Portuguese, based on their respective titles and abstracts. The research terms used were: adrenal insufficiency; Corticosteroid therapy. Results: Glucocorticoid therapy is a main cause for the development of adrenal insufficiency, this is due to the increasing use of glucocorticoids in clinical practice for the treatment of inflammatory, autoimmune diseases, among others. However, the actual prevalence of this pathology is still unknown, but can reach values higher than 30% in patients undergoing any type of corticosteroid therapy. Patient follow-up and good clinical judgment are important for the prevention of potentially fatal adrenal crises, which may be the first sign of the disease, since it tends to manifest in an unspecific and insidious way. The diagnosis of SSI continues to be challenging and biochemical tests are needed to confirm clinical suspicion, however these tests should not postpone the initiation of therapy that should be done as early as possible in patients with suspected high risk of Development of suprarenal insufficiency. Since, the symptoms of this disease are precipitated by discontinuation of therapy, or by situations of increased stress (surgeries, trauma, concomitant diseases) it is important to have a careful tapering regimen and take into consideration the appearance of signs and symptoms that are characteristics of this pathology and correctly identify the patients at risk. Conclusion: The true prevalence of this disease is still unknown, but it can be very underestimated. There is a great interindividual variability in the response of the hypothalamic-pituitary-suprarenal axis function to the administration of corticotherapy, thus it is difficult to ensure that in the near future an “one fit all” tapering regimen can be found that ensures a function sufficient suprarenal in all patients and the education of the patient to recognize and cope with the onset of symptoms also represents an important role in the prevention of these crises.Sousa, Miguel Castelo Branco Craveiro deuBibliorumCarvalho, Diogo André Lameirão2020-01-23T17:11:53Z2019-07-192019-06-242019-07-19T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.6/8701TID:202373878porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-12-15T09:48:58Zoai:ubibliorum.ubi.pt:10400.6/8701Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T00:48:59.015026Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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