Estudo Descritivo e Comparativo entre Pais e Adolescentes Portugueses: sintomas psicopatológicos e autocompaixão
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Data de Publicação: | 2021 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://repositorio.ismt.pt/jspui/handle/123456789/1370 |
Resumo: | Introdução. A literatura tem apontado a necessidade de mais estudos que clarifiquem a possível influência dos pais no desenvolvimento da psicopatologia dos filhos. O presente estudo teve como objetivo central caracterizar os níveis de psicopatologia e de autocompaixão dos pais, dos filhos e a relação entre ambos. Método. A amostra deste estudo foi composta por 61 díades pais-filho na qual foram avaliadas variáveis psicopatológicas (depressão, ansiedade, stress e sintomatologia borderline da personalidade), autocompaixão geral e respetivas componentes através de questionários de autorresposta. Resultados. Quando comparadas as díades, não houve diferenças significativas entre pais e filhos relativamente ao nível de stress. Contudo, pais e filhos diferiram nos valores médios de sintomas de ansiedade e de depressão, reportando os filhos valores mais elevados. Relativamente à autocompaixão, pais e filhos não se distinguiram significativamente no score global, nas dimensões negativas da autocompaixão (Isolamento, Sobreidentificação e Autocrítica) e na dimensão positiva da Auto-bondade. Verificaram-se diferenças significativas nas dimensões positivas da Humanidade Comum e de Mindfulness, exibindo os filhos valores mais baixos, comparativamente aos pais. As análises correlacionais mostraram que os sintomas psicopatológicos e a autocompaixão estavam associados entre si no sentido esperado. Contudo, não encontraram associações significativas entre pais-filhos, ou seja, a sintomatologia psicopatológica e a autocompaixão dos pais não se mostrou correlacionada com a dos filhos. Conclusões. Estes dados exploratórios apontam para a necessidade da realização de outros estudos, com desenhos e metodologias mais adequadas e afinadas, que permitam esclarecer eventuais mecanismos de influência entre pais e filhos, salientando a importância desta díade no desenvolvimento humano em geral. / Introduction. The literature has pointed out the need for more studies that clarify the possible influence of parents on the development of psychopathology in their children. The central aim of the present study was to characterize the levels of psychopathology and self-compassion of parents, children, and the relationship between the two. Method. The sample included 61 parent-child dyads in which psychopathological variables (depression, anxiety, stress and borderline personality symptomatology), global self-compassion and its components were assessed through self-report questionnaires. Results. When dyads were compared, there were no significant differences between parents and children regarding stress levels. However, parents and children differed in the mean values of anxiety and depression symptoms, with children reporting higher values. Regarding self-compassion, parents and children did not differ significantly in the overall score, in the negative dimensions of self-compassion (Isolation, Overidentification, and Self-criticism), and in the positive dimension of Self-kindness. There were significant differences in the positive dimensions of Common Humanity and Mindfulness, with children exhibiting lower values compared to their parents. Correlational analyses showed that psychopathological symptoms and self-compassion were associated with each other in the expected sense. However, they found no significant parent-child associations, i.e., the psychopathological symptomatology and self-compassion of parents was not shown to correlate with that of their children. Conclusions. These exploratory data point to the need for further studies, with more adequate and refined designs and methodologies, to clarify possible mechanisms of influence between parents and children, highlighting the importance of this dyad in human development in general. |
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Estudo Descritivo e Comparativo entre Pais e Adolescentes Portugueses: sintomas psicopatológicos e autocompaixãoDíades pais-filhos/as - Parent-child dyadsAdolescência - AdolescenceSintomas psicopatológicos - Psychopathological symptomsTraços borderline - Borderline traitsAutocompaixão - Self-compassionIntrodução. A literatura tem apontado a necessidade de mais estudos que clarifiquem a possível influência dos pais no desenvolvimento da psicopatologia dos filhos. O presente estudo teve como objetivo central caracterizar os níveis de psicopatologia e de autocompaixão dos pais, dos filhos e a relação entre ambos. Método. A amostra deste estudo foi composta por 61 díades pais-filho na qual foram avaliadas variáveis psicopatológicas (depressão, ansiedade, stress e sintomatologia borderline da personalidade), autocompaixão geral e respetivas componentes através de questionários de autorresposta. Resultados. Quando comparadas as díades, não houve diferenças significativas entre pais e filhos relativamente ao nível de stress. Contudo, pais e filhos diferiram nos valores médios de sintomas de ansiedade e de depressão, reportando os filhos valores mais elevados. Relativamente à autocompaixão, pais e filhos não se distinguiram significativamente no score global, nas dimensões negativas da autocompaixão (Isolamento, Sobreidentificação e Autocrítica) e na dimensão positiva da Auto-bondade. Verificaram-se diferenças significativas nas dimensões positivas da Humanidade Comum e de Mindfulness, exibindo os filhos valores mais baixos, comparativamente aos pais. As análises correlacionais mostraram que os sintomas psicopatológicos e a autocompaixão estavam associados entre si no sentido esperado. Contudo, não encontraram associações significativas entre pais-filhos, ou seja, a sintomatologia psicopatológica e a autocompaixão dos pais não se mostrou correlacionada com a dos filhos. Conclusões. Estes dados exploratórios apontam para a necessidade da realização de outros estudos, com desenhos e metodologias mais adequadas e afinadas, que permitam esclarecer eventuais mecanismos de influência entre pais e filhos, salientando a importância desta díade no desenvolvimento humano em geral. / Introduction. The literature has pointed out the need for more studies that clarify the possible influence of parents on the development of psychopathology in their children. The central aim of the present study was to characterize the levels of psychopathology and self-compassion of parents, children, and the relationship between the two. Method. The sample included 61 parent-child dyads in which psychopathological variables (depression, anxiety, stress and borderline personality symptomatology), global self-compassion and its components were assessed through self-report questionnaires. Results. When dyads were compared, there were no significant differences between parents and children regarding stress levels. However, parents and children differed in the mean values of anxiety and depression symptoms, with children reporting higher values. Regarding self-compassion, parents and children did not differ significantly in the overall score, in the negative dimensions of self-compassion (Isolation, Overidentification, and Self-criticism), and in the positive dimension of Self-kindness. There were significant differences in the positive dimensions of Common Humanity and Mindfulness, with children exhibiting lower values compared to their parents. Correlational analyses showed that psychopathological symptoms and self-compassion were associated with each other in the expected sense. However, they found no significant parent-child associations, i.e., the psychopathological symptomatology and self-compassion of parents was not shown to correlate with that of their children. Conclusions. These exploratory data point to the need for further studies, with more adequate and refined designs and methodologies, to clarify possible mechanisms of influence between parents and children, highlighting the importance of this dyad in human development in general.ISMTRepositório ISMTDias, Inês Gonçalves Amaro FerreiraCunha, Marina (Orientadora)2022-01-21T14:39:23Z20212021-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://repositorio.ismt.pt/jspui/handle/123456789/1370porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-11-14T13:48:17Zoai:repositorio.ismt.pt:123456789/1370Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openairemluisa.alvim@gmail.comopendoar:71602024-11-14T13:48:17Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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Introdução. A literatura tem apontado a necessidade de mais estudos que clarifiquem a possível influência dos pais no desenvolvimento da psicopatologia dos filhos. O presente estudo teve como objetivo central caracterizar os níveis de psicopatologia e de autocompaixão dos pais, dos filhos e a relação entre ambos. Método. A amostra deste estudo foi composta por 61 díades pais-filho na qual foram avaliadas variáveis psicopatológicas (depressão, ansiedade, stress e sintomatologia borderline da personalidade), autocompaixão geral e respetivas componentes através de questionários de autorresposta. Resultados. Quando comparadas as díades, não houve diferenças significativas entre pais e filhos relativamente ao nível de stress. Contudo, pais e filhos diferiram nos valores médios de sintomas de ansiedade e de depressão, reportando os filhos valores mais elevados. Relativamente à autocompaixão, pais e filhos não se distinguiram significativamente no score global, nas dimensões negativas da autocompaixão (Isolamento, Sobreidentificação e Autocrítica) e na dimensão positiva da Auto-bondade. Verificaram-se diferenças significativas nas dimensões positivas da Humanidade Comum e de Mindfulness, exibindo os filhos valores mais baixos, comparativamente aos pais. As análises correlacionais mostraram que os sintomas psicopatológicos e a autocompaixão estavam associados entre si no sentido esperado. Contudo, não encontraram associações significativas entre pais-filhos, ou seja, a sintomatologia psicopatológica e a autocompaixão dos pais não se mostrou correlacionada com a dos filhos. Conclusões. Estes dados exploratórios apontam para a necessidade da realização de outros estudos, com desenhos e metodologias mais adequadas e afinadas, que permitam esclarecer eventuais mecanismos de influência entre pais e filhos, salientando a importância desta díade no desenvolvimento humano em geral. / Introduction. The literature has pointed out the need for more studies that clarify the possible influence of parents on the development of psychopathology in their children. The central aim of the present study was to characterize the levels of psychopathology and self-compassion of parents, children, and the relationship between the two. Method. The sample included 61 parent-child dyads in which psychopathological variables (depression, anxiety, stress and borderline personality symptomatology), global self-compassion and its components were assessed through self-report questionnaires. Results. When dyads were compared, there were no significant differences between parents and children regarding stress levels. However, parents and children differed in the mean values of anxiety and depression symptoms, with children reporting higher values. Regarding self-compassion, parents and children did not differ significantly in the overall score, in the negative dimensions of self-compassion (Isolation, Overidentification, and Self-criticism), and in the positive dimension of Self-kindness. There were significant differences in the positive dimensions of Common Humanity and Mindfulness, with children exhibiting lower values compared to their parents. Correlational analyses showed that psychopathological symptoms and self-compassion were associated with each other in the expected sense. However, they found no significant parent-child associations, i.e., the psychopathological symptomatology and self-compassion of parents was not shown to correlate with that of their children. Conclusions. These exploratory data point to the need for further studies, with more adequate and refined designs and methodologies, to clarify possible mechanisms of influence between parents and children, highlighting the importance of this dyad in human development in general. |
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