Crimes e agressões sexuais

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Cabral, Cátia Daniela Aguiar
Data de Publicação: 2011
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.6/917
Resumo: A violência sexual, seja qual for o tipo, é considerada uma grave violação dos direitos humanos. Estima-se que os crimes de natureza sexual atinjam anualmente cerca de 12 milhões de pessoas em todo o mundo. Em Portugal desconhece-se ainda substancialmente a realidade neste domínio em muitas zonas do país. O presente estudo pretende, através da análise das situações relativas de crimes de natureza sexual observados no GML da Covilhã entre 2002 e 2010, na sequência de denúncia de alegadas vítimas, possibilitar algum conhecimento da realidade neste domínio na região da Cova da Beira. Dos casos estudados, cerca de 83% envolveram vítimas do sexo feminino e cerca de 17% vítimas do sexo masculino. Apenas nove vítimas do sexo feminino tinham mais de 18 anos, situando-se cerca de 50% em idades inferiores a 14 anos. Nestes, cinco eram relativos a vítimas com idades iguais ou inferiores a 8 anos. Nos casos envolvendo vítimas do sexo masculino, duas tinham idades acima dos 18 anos, tendo o mais velho 34 anos, e quatro idades inferiores a 14 anos, sendo a vítima mais nova de 4 anos. Também no sexo masculino a maioria das vítimas foram menores. Nos casos em que a relação com o agressor era referenciada (e tal sucedeu em 37 situações), o agressor era conhecido da vítima na maioria, ou seja, em cerca de 57% das do sexo feminino e em cerca de 86% das do sexo masculino. O agressor foi predominantemente do sexo masculino (em cerca de 95% dos casos), sendo do sexo feminino em apenas cerca de 5%. O tipo mais frequente de agressão nas mulheres foi a penetração vaginal. No sexo masculino não foi possível constatar predominância de nenhum tipo de agressão em particular. Cerca de 43% das vítimas do sexo feminino e 72% das do sexo masculino foram sujeitas a múltiplas agressões sexuais. Verificou-se que a maioria das vítimas do sexo feminino (cerca de 65%) esperou mais de 15 dias para recorrer ao GML, o mesmo se verificando em cerca de 30% das vitimas do sexo masculino. Apenas uma pequena percentagem de vítimas de sexo feminino (cerca de 9%) recorreu ao GML nas primeiras 24 horas, verificando-se tal em cerca de 43% das vítimas do sexo masculino. Nos relatórios periciais analisados, as discussões são sucintas e limitam-se a afirmar se as lesões e os resultados dos exames são compatíveis ou não com a queixa de agressão sexual apresentada. Observaram-se 18 casos onde as conclusões afirmavam a (possível) compatibilidade da agressão sexual com a história descrita. Em três destes casos a vítima tinha recorrido em menos de 24 horas ao GML. A penetração vaginal foi o crime sexual predominante. A grave ameaça e a violência presumida foram os meios de constrangimento mais frequentemente utilizados. A maioria dos casos de abuso sexual deu-se de forma repetida e por tempo prolongado. O agressor foi identificado num expressivo número de casos, prevalecendo aqueles do núcleo familiar ou parental. O abuso sexual ocorreu principalmente em espaço privado e doméstico. A ocorrência de gravidez resultante de abuso sexual não foi significativa. Os menores são as principais vítimas de abuso e paradoxalmente as mais indefesas. Protegê-las é o dever de cada sociedade, de todos nós. Se não encontrarmos caminhos que garantam a sua protecção e justiça para todos, o flagelo dos crimes sexuais continuara a crescer em todo o mundo. O estudo evidenciou que, apesar das substanciais melhorias verificadas no apoio e observação médico-legal às vítimas de agressão sexual da região da Cova da Beira desde a instalação do GML da Covilhã, persistem todavia profundas insuficiências e deficiências nas perícias médico-legais concretizadas, as quais estão ainda longe de corresponderem aos padrões de qualidade estipulados pelo INML, I.P. e que vigoram noutros dos seus serviços. Evidenciou também a necessidade urgente da utilização de um formulário completo de orientação destes exames periciais.
id RCAP_29c8fe32fc898d9995ad177b4501238d
oai_identifier_str oai:ubibliorum.ubi.pt:10400.6/917
network_acronym_str RCAP
network_name_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository_id_str 7160
spelling Crimes e agressões sexuaisContribuição para o estudo da realidade portuguesa na região da Cova da BeiraViolência sexualCrime sexualViolência sexual - Peritagem médico-legalAbuso sexual - Peritagem médico-legalA violência sexual, seja qual for o tipo, é considerada uma grave violação dos direitos humanos. Estima-se que os crimes de natureza sexual atinjam anualmente cerca de 12 milhões de pessoas em todo o mundo. Em Portugal desconhece-se ainda substancialmente a realidade neste domínio em muitas zonas do país. O presente estudo pretende, através da análise das situações relativas de crimes de natureza sexual observados no GML da Covilhã entre 2002 e 2010, na sequência de denúncia de alegadas vítimas, possibilitar algum conhecimento da realidade neste domínio na região da Cova da Beira. Dos casos estudados, cerca de 83% envolveram vítimas do sexo feminino e cerca de 17% vítimas do sexo masculino. Apenas nove vítimas do sexo feminino tinham mais de 18 anos, situando-se cerca de 50% em idades inferiores a 14 anos. Nestes, cinco eram relativos a vítimas com idades iguais ou inferiores a 8 anos. Nos casos envolvendo vítimas do sexo masculino, duas tinham idades acima dos 18 anos, tendo o mais velho 34 anos, e quatro idades inferiores a 14 anos, sendo a vítima mais nova de 4 anos. Também no sexo masculino a maioria das vítimas foram menores. Nos casos em que a relação com o agressor era referenciada (e tal sucedeu em 37 situações), o agressor era conhecido da vítima na maioria, ou seja, em cerca de 57% das do sexo feminino e em cerca de 86% das do sexo masculino. O agressor foi predominantemente do sexo masculino (em cerca de 95% dos casos), sendo do sexo feminino em apenas cerca de 5%. O tipo mais frequente de agressão nas mulheres foi a penetração vaginal. No sexo masculino não foi possível constatar predominância de nenhum tipo de agressão em particular. Cerca de 43% das vítimas do sexo feminino e 72% das do sexo masculino foram sujeitas a múltiplas agressões sexuais. Verificou-se que a maioria das vítimas do sexo feminino (cerca de 65%) esperou mais de 15 dias para recorrer ao GML, o mesmo se verificando em cerca de 30% das vitimas do sexo masculino. Apenas uma pequena percentagem de vítimas de sexo feminino (cerca de 9%) recorreu ao GML nas primeiras 24 horas, verificando-se tal em cerca de 43% das vítimas do sexo masculino. Nos relatórios periciais analisados, as discussões são sucintas e limitam-se a afirmar se as lesões e os resultados dos exames são compatíveis ou não com a queixa de agressão sexual apresentada. Observaram-se 18 casos onde as conclusões afirmavam a (possível) compatibilidade da agressão sexual com a história descrita. Em três destes casos a vítima tinha recorrido em menos de 24 horas ao GML. A penetração vaginal foi o crime sexual predominante. A grave ameaça e a violência presumida foram os meios de constrangimento mais frequentemente utilizados. A maioria dos casos de abuso sexual deu-se de forma repetida e por tempo prolongado. O agressor foi identificado num expressivo número de casos, prevalecendo aqueles do núcleo familiar ou parental. O abuso sexual ocorreu principalmente em espaço privado e doméstico. A ocorrência de gravidez resultante de abuso sexual não foi significativa. Os menores são as principais vítimas de abuso e paradoxalmente as mais indefesas. Protegê-las é o dever de cada sociedade, de todos nós. Se não encontrarmos caminhos que garantam a sua protecção e justiça para todos, o flagelo dos crimes sexuais continuara a crescer em todo o mundo. O estudo evidenciou que, apesar das substanciais melhorias verificadas no apoio e observação médico-legal às vítimas de agressão sexual da região da Cova da Beira desde a instalação do GML da Covilhã, persistem todavia profundas insuficiências e deficiências nas perícias médico-legais concretizadas, as quais estão ainda longe de corresponderem aos padrões de qualidade estipulados pelo INML, I.P. e que vigoram noutros dos seus serviços. Evidenciou também a necessidade urgente da utilização de um formulário completo de orientação destes exames periciais.Sexual violence, whatever the type, is considered a serious violation of human rights. It is estimated that sexual crimes affect about 12 million people around the world annually. In Portugal, the reality about this subject is still substantially unknown in many parts of the country. Through the analysis of situations relating to sexual crimes registered in the GML Covilhã between 2002 and 2010, following the complaint by alleged victims, this study aims to allow some knowledge of the reality about this subject in the region of Cova da Beira. Of the all the studied cases, about 83% involved female victims and about 17% male victims. Only nine female victims were over 18 years old and about 50% of them were under the age of 14. In these, five were related to victims aged less than or equal to 8 years old. In cases involving male victims, two were over 18 years old and the oldest was 34 years old; and four were under 14 and the youngest victim was a 4 year old. Again, concerning males, most victims were minors. In cases where the relationship with the attacker was referenced (and this happened in 37 cases), the attacker was known to the victim most times, or about 57% in females and approximately 86% of males. The attacker was predominantly male (approximately 95% of the cases) and female in about 5% of the cases. The most common type of aggression in females was vaginal penetration. In the male, it was not possible to determine any kind of predominance of a particular type of aggression. About 43% of female victims and 72% of males were subjected to multiple sexual assaults. It was found that most female victims (about 65%) waited over 15 days to appeal to the GML; and the same happened in approximately 30% of male victims. Only a small percentage of female victims (9%) resorted to the GML in the first 24 hours; that happened with about 43% of male victims. In the analyzed expert reports, discussions are succinct and just state whether the injuries and test results are or not compatible with the presented complaint of sexual assault. We observed 18 cases where the findings affirmed the (possible) compatibility of sexual assault with the history given. In three of these cases, the victim had resorted in less than 24 hours to GML. The vaginal penetration was the predominant sex crime. The serious threat and alleged violence were the most frequently used means of constraint. Most cases of sexual abuse took place repeatedly and for long periods. The attacker was identified in a significant number of cases, prevailing those from the same family, or even parents. The sexual abuse occurred primarily in a private and domestic space. The occurrence of pregnancy resulting from sexual abuse was not significant. Minors are the main victims of abuse and paradoxically the most helpless. Protecting them is the duty of every society, of each and every one of us. If we do not find ways to ensure their protection and justice for all, the sexual crimes will continue to increase throughout the world. The study showed that, despite the substantial improvements made in the support and medical and legal observation of the victims of sexual assault in Cova da Beira region since the GML Covilhã opened, there are still serious weaknesses and deficiencies in the medical-legal forensics that took place. These are still far from meeting the quality standards stipulated by INML, I.P. and that are used in other of their services. The urgent need to use a complete form for the investigations’ guidance should be noted.Universidade da Beira InteriorVieira, Duarte Nuno PessoauBibliorumCabral, Cátia Daniela Aguiar2013-01-16T13:54:13Z2011-052011-05-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.6/917porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-12-15T09:36:19Zoai:ubibliorum.ubi.pt:10400.6/917Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T00:42:53.319984Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
dc.title.none.fl_str_mv Crimes e agressões sexuais
Contribuição para o estudo da realidade portuguesa na região da Cova da Beira
title Crimes e agressões sexuais
spellingShingle Crimes e agressões sexuais
Cabral, Cátia Daniela Aguiar
Violência sexual
Crime sexual
Violência sexual - Peritagem médico-legal
Abuso sexual - Peritagem médico-legal
title_short Crimes e agressões sexuais
title_full Crimes e agressões sexuais
title_fullStr Crimes e agressões sexuais
title_full_unstemmed Crimes e agressões sexuais
title_sort Crimes e agressões sexuais
author Cabral, Cátia Daniela Aguiar
author_facet Cabral, Cátia Daniela Aguiar
author_role author
dc.contributor.none.fl_str_mv Vieira, Duarte Nuno Pessoa
uBibliorum
dc.contributor.author.fl_str_mv Cabral, Cátia Daniela Aguiar
dc.subject.por.fl_str_mv Violência sexual
Crime sexual
Violência sexual - Peritagem médico-legal
Abuso sexual - Peritagem médico-legal
topic Violência sexual
Crime sexual
Violência sexual - Peritagem médico-legal
Abuso sexual - Peritagem médico-legal
description A violência sexual, seja qual for o tipo, é considerada uma grave violação dos direitos humanos. Estima-se que os crimes de natureza sexual atinjam anualmente cerca de 12 milhões de pessoas em todo o mundo. Em Portugal desconhece-se ainda substancialmente a realidade neste domínio em muitas zonas do país. O presente estudo pretende, através da análise das situações relativas de crimes de natureza sexual observados no GML da Covilhã entre 2002 e 2010, na sequência de denúncia de alegadas vítimas, possibilitar algum conhecimento da realidade neste domínio na região da Cova da Beira. Dos casos estudados, cerca de 83% envolveram vítimas do sexo feminino e cerca de 17% vítimas do sexo masculino. Apenas nove vítimas do sexo feminino tinham mais de 18 anos, situando-se cerca de 50% em idades inferiores a 14 anos. Nestes, cinco eram relativos a vítimas com idades iguais ou inferiores a 8 anos. Nos casos envolvendo vítimas do sexo masculino, duas tinham idades acima dos 18 anos, tendo o mais velho 34 anos, e quatro idades inferiores a 14 anos, sendo a vítima mais nova de 4 anos. Também no sexo masculino a maioria das vítimas foram menores. Nos casos em que a relação com o agressor era referenciada (e tal sucedeu em 37 situações), o agressor era conhecido da vítima na maioria, ou seja, em cerca de 57% das do sexo feminino e em cerca de 86% das do sexo masculino. O agressor foi predominantemente do sexo masculino (em cerca de 95% dos casos), sendo do sexo feminino em apenas cerca de 5%. O tipo mais frequente de agressão nas mulheres foi a penetração vaginal. No sexo masculino não foi possível constatar predominância de nenhum tipo de agressão em particular. Cerca de 43% das vítimas do sexo feminino e 72% das do sexo masculino foram sujeitas a múltiplas agressões sexuais. Verificou-se que a maioria das vítimas do sexo feminino (cerca de 65%) esperou mais de 15 dias para recorrer ao GML, o mesmo se verificando em cerca de 30% das vitimas do sexo masculino. Apenas uma pequena percentagem de vítimas de sexo feminino (cerca de 9%) recorreu ao GML nas primeiras 24 horas, verificando-se tal em cerca de 43% das vítimas do sexo masculino. Nos relatórios periciais analisados, as discussões são sucintas e limitam-se a afirmar se as lesões e os resultados dos exames são compatíveis ou não com a queixa de agressão sexual apresentada. Observaram-se 18 casos onde as conclusões afirmavam a (possível) compatibilidade da agressão sexual com a história descrita. Em três destes casos a vítima tinha recorrido em menos de 24 horas ao GML. A penetração vaginal foi o crime sexual predominante. A grave ameaça e a violência presumida foram os meios de constrangimento mais frequentemente utilizados. A maioria dos casos de abuso sexual deu-se de forma repetida e por tempo prolongado. O agressor foi identificado num expressivo número de casos, prevalecendo aqueles do núcleo familiar ou parental. O abuso sexual ocorreu principalmente em espaço privado e doméstico. A ocorrência de gravidez resultante de abuso sexual não foi significativa. Os menores são as principais vítimas de abuso e paradoxalmente as mais indefesas. Protegê-las é o dever de cada sociedade, de todos nós. Se não encontrarmos caminhos que garantam a sua protecção e justiça para todos, o flagelo dos crimes sexuais continuara a crescer em todo o mundo. O estudo evidenciou que, apesar das substanciais melhorias verificadas no apoio e observação médico-legal às vítimas de agressão sexual da região da Cova da Beira desde a instalação do GML da Covilhã, persistem todavia profundas insuficiências e deficiências nas perícias médico-legais concretizadas, as quais estão ainda longe de corresponderem aos padrões de qualidade estipulados pelo INML, I.P. e que vigoram noutros dos seus serviços. Evidenciou também a necessidade urgente da utilização de um formulário completo de orientação destes exames periciais.
publishDate 2011
dc.date.none.fl_str_mv 2011-05
2011-05-01T00:00:00Z
2013-01-16T13:54:13Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/10400.6/917
url http://hdl.handle.net/10400.6/917
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade da Beira Interior
publisher.none.fl_str_mv Universidade da Beira Interior
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron:RCAAP
instname_str Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron_str RCAAP
institution RCAAP
reponame_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
collection Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository.name.fl_str_mv Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1799136328912207872