Entre margens: o Tejo enquanto plataforma de conhecimento do território
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2016 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/11144/2800 |
Resumo: | Face ao desconhecimento geral de muito do nosso património cultural e paisagístico, encetamos uma viagem pela redescoberta do território português, tendo como ponto de partida o rio Tejo, enquanto objecto de estudo. É na leitura das margens do rio como palimpsesto, que desvendamos as camadas que o constituem, estas permitem-nos ler a história e as memórias, que dele fizeram um importante eixo do país. Fernando Pessoa diz que “afinal, a melhor maneira de viajar é sentir”. Considera-se igualmente a viagem, como uma forma essencial para conhecer e apreender com todos os sentidos, os valores culturais e paisagísticos que testemunham a forma como o Homem se relacionou com o território ao longo do tempo. No século XVI, das margens do Tejo partiram as primeiras naus à descoberta de novas culturas e territórios, levando a cultura portuguesa mais além. É a partir destas que agora se propõem uma viagem que adquire uma outra dimensão: a do conhecimento do próprio território português. Como estratégia para a aquisição desse conhecimento, propõem-se uma nova viagem pelo país estabelecendo um percurso entre Lisboa e Vila Velha de Rodão. Este constitui-se enquanto observatório da paisagem: dividido em duas partes, um percurso fluvial e outro pedestre, permite duas formas distintas de ver, percorrer e experienciar o território, reactivando as suas paisagens e lugares. É em Rodão, a partir de um novo elemento arquitectónico contemporâneo, que se revela e preserva a memória das estruturas murarias identitárias, das margens do Tejo e do antigo Porto do Tejo: os muros de sirga. É sob a forma de um Centro de Investigação do Território Português, que esta memória se recupera e se preserva na actualidade, e se regenera o espaço, do antigo porto fluvial. Este é o ponto de chegada e o ponto de partida para novas viagens. Esta é a sugestão para uma nova leitura do espaço português, onde através da cartografia e da fotografia se permite conhecer e estudar um país e onde através do caminhar, nos relacionamos com ele. É por esta dicotomia - de paisagens e arquitecturas - que este território é agora revisitado. |
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