Formação de docentes para a transição de alunos com necessidades educativas especiais entre o 1.º e 2.º ciclos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Teixeira, Sílvia Maria Moreiras Goncalves
Data de Publicação: 2014
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10437/5503
Resumo: Face à mudança de paradigma exigido por um mundo cada vez mais globalizado, onde o conceito de distância se relativizou, mas, ao mesmo tempo, o risco de exclusão se acentuou, a educação enfrenta novos desafios no sentido de ser elemento catalisador das mudanças sociais, económicas e políticas, atuando como promotora do desenvolvimento humano, proporcionando oportunidades a todos aqueles que buscam uma melhoria de vida. Assim, as escolas veem-se confrontadas com novos papéis que voluntária ou involuntariamente têm de desempenhar, provocando tensões entre os diferentes atores do processo educativo. A inclusão vem, nesta perspetiva, abrir algumas janelas para acolher e integrar as mudanças que estão a ter lugar, de modo a que a educação cumpra o seu desígnio. Os momentos de transição entre ciclos, sobretudo entre o 1.º e o 2.º, são vistos como problemáticos e indutores de situações de tensão e de stress que podem redundar no insucesso escolar dos alunos. As organizações educativas, em particular as escolas agrupadas, devem, por isso, estar atentas, e desenvolver práticas de articulação curricular que atenuem os efeitos desfavoráveis que estas fases de mudança acarretam. Daí a pertinência de elaborar este projeto o qual tem por base responder à seguinte questão: Que formação para os docentes potenciadora de uma transição adequada entre o 1.º e 2.º ciclos dos alunos com Necessidades Educativas Especiais? A conjugação de uma formação de tipo clínico, assente numa oficina de formação, para a qual existem grandes expectativas, baseada na articulação entre a prática e a reflexão sobre a prática (Perrenoud, 1991), e uma formação de tipo investigativo, que confronte os professores com a produção de saberes pertinentes (Elliott, 1990), revela-se de grande utilidade. A investigação, que agora se apresenta, teve como propósito conhecer a representação que os docentes do Agrupamento possuem sobre esta problemática, identificar práticas efetivas que suavizem a integração dos alunos nos ciclos de ensino subsequentes, mas também provocar uma reflexão participada que envolvesse os intervenientes nos processos de articulação passíveis de se implementar nas escolas do 1.º e 2.º ciclos que tomámos como objeto de estudo. Os resultados obtidos apontam para um défice de práticas que atenuem os efeitos dessa passagem e a necessidade de os colmatar.
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Assim, as escolas veem-se confrontadas com novos papéis que voluntária ou involuntariamente têm de desempenhar, provocando tensões entre os diferentes atores do processo educativo. A inclusão vem, nesta perspetiva, abrir algumas janelas para acolher e integrar as mudanças que estão a ter lugar, de modo a que a educação cumpra o seu desígnio. Os momentos de transição entre ciclos, sobretudo entre o 1.º e o 2.º, são vistos como problemáticos e indutores de situações de tensão e de stress que podem redundar no insucesso escolar dos alunos. As organizações educativas, em particular as escolas agrupadas, devem, por isso, estar atentas, e desenvolver práticas de articulação curricular que atenuem os efeitos desfavoráveis que estas fases de mudança acarretam. Daí a pertinência de elaborar este projeto o qual tem por base responder à seguinte questão: Que formação para os docentes potenciadora de uma transição adequada entre o 1.º e 2.º ciclos dos alunos com Necessidades Educativas Especiais? A conjugação de uma formação de tipo clínico, assente numa oficina de formação, para a qual existem grandes expectativas, baseada na articulação entre a prática e a reflexão sobre a prática (Perrenoud, 1991), e uma formação de tipo investigativo, que confronte os professores com a produção de saberes pertinentes (Elliott, 1990), revela-se de grande utilidade. A investigação, que agora se apresenta, teve como propósito conhecer a representação que os docentes do Agrupamento possuem sobre esta problemática, identificar práticas efetivas que suavizem a integração dos alunos nos ciclos de ensino subsequentes, mas também provocar uma reflexão participada que envolvesse os intervenientes nos processos de articulação passíveis de se implementar nas escolas do 1.º e 2.º ciclos que tomámos como objeto de estudo. Os resultados obtidos apontam para um défice de práticas que atenuem os efeitos dessa passagem e a necessidade de os colmatar.The world is more and more globalised and it demands a change of paradigm, where the concept of distance is relative, but, at the same time, there is a real risk of being excluded, as education faces new challenges as it is an element connected to social, economical and political changes as well as promoting human development and providing opportunities to all those who look for a better life. Therefore, schools are confronted with new roles which directly or indirectly have to perform, whilst causing tension between the different agents in the educational process. Inclusion, is indeed opening some windows in order to welcome and integrate changes which are taking place, so that education can accomplish its purpose. The transaction phases between schools, specially from primary school to Junior's school are seen as problematic and lead to situations of tension and stress that can result in the school pupils' lack of success. Educational organisations, in particular, grouped schools must therefore be attentive and develop practical curriculum articulation that can reduce negative effects within these change phases. Thus, there is a need to elaborate this project, which aims at answering the following question: what training must lecturers have for an adequate transition between primary school and junior school when working with students with special needs? The combination of a clinical training, within an educational workshop, for which there are many expectations, and it is based on the articulation between practice and practical reflection (Perrenoud, 1991) and education based on research, that demands teachers to acquire relevant knowledge (Elliot, 1990), is considered to be very useful. This research project aimed at knowing the grouped school teachers' perception on this issue, identify efficient practices that shall ease the pupils' integration into the following teaching phases, and also lead to an active reflection that involves all the participants in the articulation process which are to be implemented in primary and junior schools which took part in this study. The obtained results suggest a lack of practice responsible for easing the effects of that transition and the need to work on them.2014-09-16T12:31:32Z2014-01-01T00:00:00Z2014info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10437/5503TID:201324733porTeixeira, Sílvia Maria Moreiras Goncalvesinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-03-09T14:06:03Zoai:recil.ensinolusofona.pt:10437/5503Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T17:13:40.776482Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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description Face à mudança de paradigma exigido por um mundo cada vez mais globalizado, onde o conceito de distância se relativizou, mas, ao mesmo tempo, o risco de exclusão se acentuou, a educação enfrenta novos desafios no sentido de ser elemento catalisador das mudanças sociais, económicas e políticas, atuando como promotora do desenvolvimento humano, proporcionando oportunidades a todos aqueles que buscam uma melhoria de vida. Assim, as escolas veem-se confrontadas com novos papéis que voluntária ou involuntariamente têm de desempenhar, provocando tensões entre os diferentes atores do processo educativo. A inclusão vem, nesta perspetiva, abrir algumas janelas para acolher e integrar as mudanças que estão a ter lugar, de modo a que a educação cumpra o seu desígnio. Os momentos de transição entre ciclos, sobretudo entre o 1.º e o 2.º, são vistos como problemáticos e indutores de situações de tensão e de stress que podem redundar no insucesso escolar dos alunos. As organizações educativas, em particular as escolas agrupadas, devem, por isso, estar atentas, e desenvolver práticas de articulação curricular que atenuem os efeitos desfavoráveis que estas fases de mudança acarretam. Daí a pertinência de elaborar este projeto o qual tem por base responder à seguinte questão: Que formação para os docentes potenciadora de uma transição adequada entre o 1.º e 2.º ciclos dos alunos com Necessidades Educativas Especiais? A conjugação de uma formação de tipo clínico, assente numa oficina de formação, para a qual existem grandes expectativas, baseada na articulação entre a prática e a reflexão sobre a prática (Perrenoud, 1991), e uma formação de tipo investigativo, que confronte os professores com a produção de saberes pertinentes (Elliott, 1990), revela-se de grande utilidade. A investigação, que agora se apresenta, teve como propósito conhecer a representação que os docentes do Agrupamento possuem sobre esta problemática, identificar práticas efetivas que suavizem a integração dos alunos nos ciclos de ensino subsequentes, mas também provocar uma reflexão participada que envolvesse os intervenientes nos processos de articulação passíveis de se implementar nas escolas do 1.º e 2.º ciclos que tomámos como objeto de estudo. Os resultados obtidos apontam para um défice de práticas que atenuem os efeitos dessa passagem e a necessidade de os colmatar.
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