Resistência à colistina e sua disseminação: implicações em saúde pública
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Data de Publicação: | 2018 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | https://doi.org/10.25756/rpf.v10i1.162 |
Resumo: | A colistina é um antibiótico polipeptídico que foi extensivamente utilizado, a nível mundial, em medicina humana e veterinária, na década de 1960. Na medicina humana, a elevada incidência de nefrotoxicidade e de neurotoxicidade, desencadeou o declínio da utilização sistémica da colistina. Consequentemente, a colistina foi substituída por outros antibióticos menos tóxicos. No entanto, nas últimas décadas, o elevado número de surtos hospitalares provocados por bactérias Gram-negativo resistentes a múltiplos fármacos, levou os clínicos a re-introduzir a colistina sistémica, como fármaco de último recurso.Até 2015, a resistência à colistina relacionava-se com a ocorrência de mutações cromossómicas, não havendo descrição da ocorrência de transferência horizontal de genes. Em novembro de 2015, na China, foi publicado, pela primeira vez, um caso de resistência à colistina codificado pelo gene mcr-1, localizado num plasmídeo. Em junho de 2016, na Bélgica, foi detetado outro gene de resistência à colistina mediada por plasmídeo, designado mcr-2. Após a sua divulgação, os genes foram detetados em amostras de animais produtores de alimentos, amostras clínicas humanas e fontes ambientais, em muitos países, o que indica uma disseminação global e ameaça ao tratamento de infeções multirresistentes. |
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Resistência à colistina e sua disseminação: implicações em saúde públicaA colistina é um antibiótico polipeptídico que foi extensivamente utilizado, a nível mundial, em medicina humana e veterinária, na década de 1960. Na medicina humana, a elevada incidência de nefrotoxicidade e de neurotoxicidade, desencadeou o declínio da utilização sistémica da colistina. Consequentemente, a colistina foi substituída por outros antibióticos menos tóxicos. No entanto, nas últimas décadas, o elevado número de surtos hospitalares provocados por bactérias Gram-negativo resistentes a múltiplos fármacos, levou os clínicos a re-introduzir a colistina sistémica, como fármaco de último recurso.Até 2015, a resistência à colistina relacionava-se com a ocorrência de mutações cromossómicas, não havendo descrição da ocorrência de transferência horizontal de genes. Em novembro de 2015, na China, foi publicado, pela primeira vez, um caso de resistência à colistina codificado pelo gene mcr-1, localizado num plasmídeo. Em junho de 2016, na Bélgica, foi detetado outro gene de resistência à colistina mediada por plasmídeo, designado mcr-2. Após a sua divulgação, os genes foram detetados em amostras de animais produtores de alimentos, amostras clínicas humanas e fontes ambientais, em muitos países, o que indica uma disseminação global e ameaça ao tratamento de infeções multirresistentes.Formifarma2018-08-29info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/pdfapplication/vnd.openxmlformats-officedocument.presentationml.presentationapplication/pdfapplication/pdfapplication/pdfapplication/pdfhttps://doi.org/10.25756/rpf.v10i1.162https://doi.org/10.25756/rpf.v10i1.162Revista Portuguesa de Farmacoterapia / Portuguese Journal of Pharmacotherapy; Vol 10 No 1 (2018): Janeiro; 47-52Revista Portuguesa de Farmacoterapia; v. 10 n. 1 (2018): Janeiro; 47-522183-73411647-354Xreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAPporhttp://revista.farmacoterapia.pt/index.php/rpf/article/view/162http://revista.farmacoterapia.pt/index.php/rpf/article/view/162/146http://revista.farmacoterapia.pt/index.php/rpf/article/view/162/147http://revista.farmacoterapia.pt/index.php/rpf/article/view/162/163http://revista.farmacoterapia.pt/index.php/rpf/article/view/162/164http://revista.farmacoterapia.pt/index.php/rpf/article/view/162/165http://revista.farmacoterapia.pt/index.php/rpf/article/view/162/166http://revista.farmacoterapia.pt/index.php/rpf/article/view/162/167Direitos de Autor (c) 2018 Revista Portuguesa de Farmacoterapiahttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0info:eu-repo/semantics/openAccessDa Silva, Gabriela Jorge2023-09-01T04:33:49Zoai:ojs.farmacoterapia.pt:article/162Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T15:11:36.734479Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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