Resistência à colistina e sua disseminação: implicações em saúde pública

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Da Silva, Gabriela Jorge
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: https://doi.org/10.25756/rpf.v10i1.162
Resumo: A colistina é um antibiótico polipeptídico que foi extensivamente utilizado, a nível mundial, em medicina humana e veterinária, na década de 1960. Na medicina humana, a elevada incidência de nefrotoxicidade e de neurotoxicidade, desencadeou o declínio da utilização sistémica da colistina. Consequentemente, a colistina foi substituída por outros antibióticos menos tóxicos. No entanto, nas últimas décadas, o elevado número de surtos hospitalares provocados por bactérias Gram-negativo resistentes a múltiplos fármacos, levou os clínicos a re-introduzir a colistina sistémica, como fármaco de último recurso.Até 2015, a resistência à colistina relacionava-se com a ocorrência de mutações cromossómicas, não havendo descrição da ocorrência de transferência horizontal de genes. Em novembro de 2015, na China, foi publicado, pela primeira vez, um caso de resistência à colistina codificado pelo gene mcr-1, localizado num plasmídeo. Em junho de 2016, na Bélgica, foi detetado outro gene de resistência à colistina mediada por plasmídeo, designado mcr-2. Após a sua divulgação, os genes foram detetados em amostras de animais produtores de alimentos, amostras clínicas humanas e fontes ambientais, em muitos países, o que indica uma disseminação global e ameaça ao tratamento de infeções multirresistentes.
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