Desenvolvimento lexical de falantes bilingues na Guiné-Bissau
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2022 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | https://hdl.handle.net/1822/81406 |
Resumo: | Dissertação de mestrado em Português Língua Não Materna (PLNM): Português Língua Estrangeira (PLE) e Português Língua Segunda (PL2) |
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Desenvolvimento lexical de falantes bilingues na Guiné-BissauLexical development of bilingual speakers in Guinea-BissauConhecimento lexicalFalantes bilinguesLíngua oficialLínguas nativasMultilinguismoBilingual speakersLexical knowledgeMultilingualismNative languagesOfficial languageHumanidades::Línguas e LiteraturasDissertação de mestrado em Português Língua Não Materna (PLNM): Português Língua Estrangeira (PLE) e Português Língua Segunda (PL2)O presente estudo analisa o conhecimento lexical de 32 estudantes guineenses do 1.º/2.º e 3.º ciclos do ensino básico nas duas línguas que coocorrem de forma direta ou indiretamente na sala de aulas (português e crioulo) e em duas zonas geográficas do país (divididos em zona rural e cidade); constituiu-se ainda um grupo de controlo composto por 17 estudantes universitários. Os participantes de grupo da zona rural são residentes do Setor de Bubaque, Região de Bolama e frequentam à escola onde o ensino é bilingue (português e crioulo) e por sua vez, os de cidade são residentes de Bissau, capital do país e frequentam à escola onde o ensino é monolingue (português). Na Guiné-Bissau, qualquer criança na idade escolar e que frequenta à escola é, no mínimo, um falante bilingue, uma vez que a língua materna dessa criança não é a que é a língua do ensino. Os falantes bilingues são os que usam duas línguas de forma alternada (Weinrich, 1968). Interessou-nos investigar como é que as crianças e/ou falantes bilingues guineenses desenvolvem o conhecimento lexical nessas duas línguas e a relação entre elas, com o objetivo de apontar as vantagens do crioulo para a aprendizagem das crianças e sobretudo na aprendizagem do português. Neste sentido, o uso frequente de uma língua (quantidade de exposição linguística) foi apontado como um dos fatores preditivos do desenvolvimento lexical dos falantes bilingues (Unsworth, 2016). Sendo assim, o presente estudo tem como objetivo principal compreender como se processa o desenvolvimento lexical dos falantes multilingues na Guiné-Bissau. O estudo propõe, entre outras questões, verificar se durante a aquisição linguística há um desenvolvimento equilibrado na aquisição lexical (do vocabulário produtivo e recetivo) nas duas línguas nos alunos que frequentam o ensino guineense. Ainda, o estudo procura verificar se o contacto frequente (quantidade da exposição linguística) com uma das línguas faz com que há um conhecimento lexical superior nessa no que na outra. Através de uma tarefa de produção e compreensão oral semi-espontânea (i.e. da nomeação e identificação da imagem), constituiu-se um corpus que serviu para a comparação inter e intragrupais. O perfil sociolinguístico e os dados relativos à quantidade da exposição linguística dos participantes foram retirados do questionário sociolinguístico. Os resultados das comparações intergrupais revelaram que: (i) enquanto grupos completos (i.e. sem subdivisões por zona de residência), apenas existem diferenças significativas entre os participantes do 1.º/2 ciclos e os do grupo de controlo nas tarefas de vocabulário em português; (ii) enquanto grupos subdivididos por zona de residência, os participantes da zona rural obtiveram um desempenho lexical inferior ao dos participantes da zona da cidade em ambas as tarefas do português e em ambos os ciclos; já relativamente às tarefas em crioulo, apenas se verificaram diferenças significativas em função da zona de residência no vocabulário produtivo do grupo do 1.º/2.º ciclos (cidade > rural). Por sua vez, comparações a nível intragrupal mostraram que, no geral, os três grupos de participantes apresentam, por um lado, vocabulários recetivos superiores aos produtivos em cada uma das suas línguas e, por outro lado, um conhecimento lexical (produtivo e recetivo) em crioulo superior ao conhecimento lexical (produtivo e recetivo) em português.The present study analyses the lexical knowledge of 32 Guinean students of the 1st/2nd and 3rd cycles of basic education in the two languages that co-occur directly or indirectly in the classroom (Portuguese and Creole) and in two geographical areas of the country (divided into rural and city areas); a control group of 17 university students was also constituted. The participants from the rural area group are residents of the Bubaque Sector, Bolama Region and attend school where teaching is bilingual (Portuguese and Creole) and in turn, those from the city group are residents of Bissau, the country's capital and attend monolingual teaching (Portuguese). In Guinea-Bissau, any child of school age who attends school is, at the very least, a bilingual speaker, since the mother tongue of that child is not the language of instruction. Bilingual speakers are those who use two languages alternately (Weinrich, 1968). We were interested in investigating how Guinean children and/or bilingual speakers develop lexical knowledge in these two languages and the relationship between them, with the aim of pointing out the advantages of Creole for children's learning and especially for learning Portuguese. In this sense, the frequent use of a language (amount of linguistic exposure) was pointed out as one of the predictive factors of the lexical development of bilingual speakers (Unsworth, 2016). Therefore, the present study has as one of the main objectives to verify if during the linguistic acquisition there is a balanced development in the lexical acquisition (of the productive and receptive vocabulary) in the two languages in the students who attend Guinean education. Furthermore, the study seeks to verify whether frequent contact (quantity of linguistic exposure) with one of the languages makes there is a superior lexical knowledge in that language than in the other. Through a task of semi-spontaneous production and oral comprehension (i.e. naming and identifying the image), a corpus was constituted that served for inter- and intra-group comparison. The sociolinguistic profile and data regarding the amount of linguistic exposure of the participants were taken from the sociolinguistic questionnaire. The results of the intergroup comparisons revealed that: (i) as complete groups (i.e. without subdivisions by area of residence), there are only significant differences between the participants of the 1st/2 cycles and those of the control group in the vocabulary tasks in Portuguese ; (ii) as groups subdivided by area of residence, participants from rural areas had a lower lexical performance than participants from the city area in both Portuguese tasks and in both cycles; in terms of tasks in Creole, there were only significant differences according to the area of residence in the productive vocabulary of the 1st/2nd cycle group (city > rural). On the other hand, intragroup comparisons showed that, in general, the three groups of participants present, on the one hand, receptive vocabularies superior to the productive ones in each of their languages and, on the other hand, lexical knowledge (productive and receptive) in Creole superior to lexical knowledge (productive and receptive) in Portuguese.Flores, CristinaUniversidade do MinhoDjata, Vladimir Augusto2022-12-142022-12-14T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttps://hdl.handle.net/1822/81406por203122984info:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-07-21T12:38:56Zoai:repositorium.sdum.uminho.pt:1822/81406Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T19:35:28.312252Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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