Práticas colaborativo-dialógicas em terapia de casal : o olhar dos terapeutas portugueses
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2021 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.14/37795 |
Resumo: | Mudanças no contexto histórico e sociopolítico atual têm levado à adoção de novas práticas clínicas, nomeadamente a abordagem colaborativa e dialógica. Porém, a literatura é ainda parca no que se refere ao uso desta abordagem, nomeadamente em Portugal. Neste sentido, o presente estudo teve como principal objetivo compreender o conhecimento científico e o entendimento dos terapeutas familiares portugueses sobre a abordagem colaborativa e dialógica na terapia de casal, tanto na perspectiva do diálogo entre o casal, quanto no diálogo estabelecido no sistema terapêutico. Participaram no estudo 12 terapeutas familiares/de casal (8 mulheres, M = 40.7 anos, DP = 10.3 anos). Adotou-se uma metodologia qualitativa de carácter exploratório através da realização de entrevistas semiestruturadas e posterior análise de conteúdo. Os resultados sugeriram que os terapeutas participantes pensam o diálogo como encontro, sintonia, capacidade de ouvir o outro, desejo de partilha, construção de contexto seguro e confiável para a conversa e potencializador de mudança; ao passo que caracterizam o não-diálogo como ausência de diálogo propriamente, dificuldade de construir novas narrativas e novas versões em conjunto, e uma interação que parece não fluir entre os parceiros, contrariamente ao sentido dado ao termo “diálogo”. Apesar de os participantes não terem, na sua maioria, sustentado a sua operacionalização destes dois conceitos centrais num enquadramento/suporte teórico explícito, estas perceções estão em linha com o que a literatura concetualiza. Ainda, os resultados sugerem que na sua maioria os participantes consideram ter pouco conhecimento sobre estas abordagens e não as utilizam na sua prática clínica. Estes resultados contribuem para uma maior compreensão do atual conhecimento e utilização destas práticas na terapia familiar/de casal em Portugal, permitindo não só deixar pistas para investigação futura como também repensar as opções de formação dos terapeutas familiares/de casal em Portugal. |
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Práticas colaborativo-dialógicas em terapia de casal : o olhar dos terapeutas portuguesesConstrucionismo socialDiálogoNão-diálogoPráticas colaborativas dialógicasProcessos reflexivosTerapia familiar sistémicaTerapias pós-modernasCollaborative and dialogical practicesDialogueNon-dialoguePostmodern therapiesReflective processesSocial constructionismSystemic family therapyDomínio/Área Científica::Ciências Sociais::PsicologiaMudanças no contexto histórico e sociopolítico atual têm levado à adoção de novas práticas clínicas, nomeadamente a abordagem colaborativa e dialógica. Porém, a literatura é ainda parca no que se refere ao uso desta abordagem, nomeadamente em Portugal. Neste sentido, o presente estudo teve como principal objetivo compreender o conhecimento científico e o entendimento dos terapeutas familiares portugueses sobre a abordagem colaborativa e dialógica na terapia de casal, tanto na perspectiva do diálogo entre o casal, quanto no diálogo estabelecido no sistema terapêutico. Participaram no estudo 12 terapeutas familiares/de casal (8 mulheres, M = 40.7 anos, DP = 10.3 anos). Adotou-se uma metodologia qualitativa de carácter exploratório através da realização de entrevistas semiestruturadas e posterior análise de conteúdo. Os resultados sugeriram que os terapeutas participantes pensam o diálogo como encontro, sintonia, capacidade de ouvir o outro, desejo de partilha, construção de contexto seguro e confiável para a conversa e potencializador de mudança; ao passo que caracterizam o não-diálogo como ausência de diálogo propriamente, dificuldade de construir novas narrativas e novas versões em conjunto, e uma interação que parece não fluir entre os parceiros, contrariamente ao sentido dado ao termo “diálogo”. Apesar de os participantes não terem, na sua maioria, sustentado a sua operacionalização destes dois conceitos centrais num enquadramento/suporte teórico explícito, estas perceções estão em linha com o que a literatura concetualiza. Ainda, os resultados sugerem que na sua maioria os participantes consideram ter pouco conhecimento sobre estas abordagens e não as utilizam na sua prática clínica. Estes resultados contribuem para uma maior compreensão do atual conhecimento e utilização destas práticas na terapia familiar/de casal em Portugal, permitindo não só deixar pistas para investigação futura como também repensar as opções de formação dos terapeutas familiares/de casal em Portugal.Changes in the present historical and sociopolitical context led to the adoption of new clinical practices, namely the collaborative and dialogical approach. However, the literature is still scarce regarding the use of this approach, namely in Portugal. Hence, this study aimed to understand the scientific knowledge and understanding of Portuguese family therapists about the collaborative and dialogical approach in couple therapy, both from the perspective of the dialogue between the couple, as well as the dialogue established in the therapeutic system. Twelve family/couple therapists participated in the study (eight women, M = 40.7 years, SD = 10.3 years). An exploratory qualitative methodology was adopted, through the realization of semi-structured interviews and subsequent content analysis. The results suggested that the participants thought of dialogue as meeting, attunement, ability to listen to others, a desire to share, construction of a safe and trustworthy context for the conversation and enhancer of change; while non-dialogue was described as the absence of dialogue, difficulty in building new narratives and new versions together, and an interaction that does not seem to flow between partners, contrary to what was perceived to be the “dialogue”. Despite the participants have not, for the most part, sustained their operationalization of these two central concepts in an explicit theoretical framework, these perceptions are in line with what the literature conceptualizes. Moreover, the results suggested that most participants considered to have little knowledge about these approaches and do not use them in their clinical practice. These results contribute to a greater understanding of the current knowledge and use of these practices in family/couple therapy in Portugal, allowing not only to leave clues for future research but also to rethink training options for family/couple therapists in Portugal.Francisco, Rita Mafalda CostaRamalho, Susana CostaVeritati - Repositório Institucional da Universidade Católica PortuguesaMoreira, Alexandra da Rosa2022-06-01T15:22:51Z2021-11-082021-092021-11-08T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.14/37795TID:202937925porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-07-12T17:43:19Zoai:repositorio.ucp.pt:10400.14/37795Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T18:30:47.544230Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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