Revisão da Artroplastia da Anca e do Joelho no Centro Hospitalar Cova da Beira
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2017 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.6/8073 |
Resumo: | Introdução: A infeção constitui uma das principais complicações de cirurgias ortopédicas, e das que mais contribui para a morbimortalidade do doente. E em relação as artroplastia de revisão (anca e joelho), a taxa de infeção destas é de entre 0,5% a 23% nas do joelho, e em relação às da anca estas têm um risco absoluto de 15,8% no primeiro ano pós-operatório. Objetivos: Calcular a taxa de infeção nas artroplastia de revisão da anca e do joelho, efetuadas no serviço de Ortopedia do CHCB. E também identificar possíveis relações com fatores de predisposição. Metodologia: Foi realizado um estudo observacional, analítico e retrospetivo, de doentes submetidos a artroplastia de revisão da prótese (anca e joelho) no serviço de Ortopedia do CHCB, entre janeiro de 2005 e junho de 2016. A recolha da informação clínica foi mediante os processos eletrónicos e escritos. Resumo: Verificou-se que a taxa de infeção nas artroplastia de revisão da anca foi de 18,6%, ligeiramente superior ao encontrado na bibliografia. E em relação às artroplastia do joelho, a taxa foi bastante superior à reconhecida nos artigos encontrados, sendo de 43,8%. Em ambas se verificou relação entre os doentes que infetaram na artroplastia primária com os que infetam após a revisão, sendo que no caso do joelho esta relação foi estatisticamente significativa (p=0.035), enquanto que na anca esta relação só mostrou um aumento em 6 vezes no risco. Outro importante ponto foi em relação à descelagem assética, como motivo de revisão na amostra da anca, que mostrou uma probabilidade aumentada, em 4 vezes, em infetar posteriormente, mas sem relação estatística (p=0.079). Conclusões: As taxas de infeção nas artroplastia de revisão foram superiores às encontradas, principalmente no que se refere à amostra do joelho. Mesmo sendo uma das complicações ortopédicas que abarca maior morbimortalidade ao doente, não é a mais frequentemente encontrada. Porém, um conhecimento mais alargado de possíveis relações, podem auxiliar na tomada de decisões para se tentar diminuir a suscetibilidade a intervenções futuras, tempo de internamento e necessidade de cuidados médicos/enfermagem mais permanentes. |
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Revisão da Artroplastia da Anca e do Joelho no Centro Hospitalar Cova da BeiraPrincipais complicaçõesAncaArtroplastiaInfeçãoJoelhoRevisãoDomínio/Área Científica::Ciências Médicas::Ciências da Saúde::MedicinaIntrodução: A infeção constitui uma das principais complicações de cirurgias ortopédicas, e das que mais contribui para a morbimortalidade do doente. E em relação as artroplastia de revisão (anca e joelho), a taxa de infeção destas é de entre 0,5% a 23% nas do joelho, e em relação às da anca estas têm um risco absoluto de 15,8% no primeiro ano pós-operatório. Objetivos: Calcular a taxa de infeção nas artroplastia de revisão da anca e do joelho, efetuadas no serviço de Ortopedia do CHCB. E também identificar possíveis relações com fatores de predisposição. Metodologia: Foi realizado um estudo observacional, analítico e retrospetivo, de doentes submetidos a artroplastia de revisão da prótese (anca e joelho) no serviço de Ortopedia do CHCB, entre janeiro de 2005 e junho de 2016. A recolha da informação clínica foi mediante os processos eletrónicos e escritos. Resumo: Verificou-se que a taxa de infeção nas artroplastia de revisão da anca foi de 18,6%, ligeiramente superior ao encontrado na bibliografia. E em relação às artroplastia do joelho, a taxa foi bastante superior à reconhecida nos artigos encontrados, sendo de 43,8%. Em ambas se verificou relação entre os doentes que infetaram na artroplastia primária com os que infetam após a revisão, sendo que no caso do joelho esta relação foi estatisticamente significativa (p=0.035), enquanto que na anca esta relação só mostrou um aumento em 6 vezes no risco. Outro importante ponto foi em relação à descelagem assética, como motivo de revisão na amostra da anca, que mostrou uma probabilidade aumentada, em 4 vezes, em infetar posteriormente, mas sem relação estatística (p=0.079). Conclusões: As taxas de infeção nas artroplastia de revisão foram superiores às encontradas, principalmente no que se refere à amostra do joelho. Mesmo sendo uma das complicações ortopédicas que abarca maior morbimortalidade ao doente, não é a mais frequentemente encontrada. Porém, um conhecimento mais alargado de possíveis relações, podem auxiliar na tomada de decisões para se tentar diminuir a suscetibilidade a intervenções futuras, tempo de internamento e necessidade de cuidados médicos/enfermagem mais permanentes.Introduction: Infection is one of the main complications of orthopedic surgeries, and one of the major contributors to the morbidity and mortality of the patient. And in relation to revision (hip and knee) arthroplasty, the rate of infection is between 0.5% and 23% in the knee, and in relation to the hip, these have an absolute risk of 15.8% in the first Postoperative year. Objectives: To calculate the rate of infection in hip and knee revision arthroplasty performed at the Orthopedics Service of CHCB. And also identify possible relationships with predisposition factors. Methods: An observational, analytical and retrospective study of patients undergoing revision of the prosthesis (hip and knee) at the CHCB Orthopedics Service between January 2005 and June 2016. Electronic and written processes. Summary: The rate of infection in hip revision arthroplasty was found to be 18.6%, slightly higher than that found in the literature. And in relation to knee arthroplasty, the rate was much higher than that found in the articles found, being 43.8%. In both cases, there was a relationship between the patients who had primary arthroplasty infection and those who had undergone infection revision. In the case of the knee, this ratio was statistically significant (p = 0.035), whereas in the hip this ratio only showed an increase in 6 Times at risk. Another important point was regarding aseptic loosening, as a reason for revision in the hip sample, which showed an increased probability, 4 times, of later infection, but with no statistical relation (p = 0.079). Conclusions: The rates of infection in revision arthroplasty were higher than those found, especially with regard to the knee sample. Although it is one of the orthopedic complications that encompasses greater morbidity and mortality in the patient, is not the most frequently found. However, a broader understanding of possible relationships can help in decision making to try to reduce susceptibility to future interventions, length of stay, and need for more permanent medical / nursing care.Alves, Sandra AntunesuBibliorumGonçalves, Marina Veloso2019-12-20T17:29:08Z2017-5-112017-07-142017-07-14T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.6/8073TID:202347451porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-12-15T09:47:48Zoai:ubibliorum.ubi.pt:10400.6/8073Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T00:48:29.579104Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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Introdução: A infeção constitui uma das principais complicações de cirurgias ortopédicas, e das que mais contribui para a morbimortalidade do doente. E em relação as artroplastia de revisão (anca e joelho), a taxa de infeção destas é de entre 0,5% a 23% nas do joelho, e em relação às da anca estas têm um risco absoluto de 15,8% no primeiro ano pós-operatório. Objetivos: Calcular a taxa de infeção nas artroplastia de revisão da anca e do joelho, efetuadas no serviço de Ortopedia do CHCB. E também identificar possíveis relações com fatores de predisposição. Metodologia: Foi realizado um estudo observacional, analítico e retrospetivo, de doentes submetidos a artroplastia de revisão da prótese (anca e joelho) no serviço de Ortopedia do CHCB, entre janeiro de 2005 e junho de 2016. A recolha da informação clínica foi mediante os processos eletrónicos e escritos. Resumo: Verificou-se que a taxa de infeção nas artroplastia de revisão da anca foi de 18,6%, ligeiramente superior ao encontrado na bibliografia. E em relação às artroplastia do joelho, a taxa foi bastante superior à reconhecida nos artigos encontrados, sendo de 43,8%. Em ambas se verificou relação entre os doentes que infetaram na artroplastia primária com os que infetam após a revisão, sendo que no caso do joelho esta relação foi estatisticamente significativa (p=0.035), enquanto que na anca esta relação só mostrou um aumento em 6 vezes no risco. Outro importante ponto foi em relação à descelagem assética, como motivo de revisão na amostra da anca, que mostrou uma probabilidade aumentada, em 4 vezes, em infetar posteriormente, mas sem relação estatística (p=0.079). Conclusões: As taxas de infeção nas artroplastia de revisão foram superiores às encontradas, principalmente no que se refere à amostra do joelho. Mesmo sendo uma das complicações ortopédicas que abarca maior morbimortalidade ao doente, não é a mais frequentemente encontrada. Porém, um conhecimento mais alargado de possíveis relações, podem auxiliar na tomada de decisões para se tentar diminuir a suscetibilidade a intervenções futuras, tempo de internamento e necessidade de cuidados médicos/enfermagem mais permanentes. |
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