Práticas discursivas e tecnológicas no ensino virtual: considerações a partir de charges

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Pires, Vera Lúcia
Data de Publicação: 2020
Outros Autores: Frainer Knoll, Graziela
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: https://doi.org/10.21814/h2d.2922
Resumo: A semiótica da cultura, bem como os estudos culturais, motivaram nas ciências humanas grande número de abordagens que consideram o poder constitutivo dos discursos e das práticas semióticas nas atividades que compõem a sociedade. Como consequência, os processos de construção cultural passam por práticas de significação e ressignificação, o que abrange textos e discursos multimodais na mídia, ou seja, que integram diversas semioses. O foco deste trabalho são charges que têm como tema o ensino em tempos de pandemia. Conforme Brait, (1996, p. 34), “a charge se expressa pela ironia, cuja prática humorística se esteia na crítica política. No humor caricatural habitam o riso e a violência. O riso está na ambiguidade propositalmente contraditória entre o que é dito e o sentido que se quer passar”. Desse modo, a charge é um gênero de tom humorístico, de verbo-visualidade e de traço caricaturesco. Segundo Bakthin, (2011), uma função discursiva e um contexto sociocomunicativo (específicos de cada campo), geram determinados gêneros. Assim, a charge é um gênero que satiriza um fato da atualidade, associando humor e crítica.