A avaliação de escolas: entre a intenção e a ação
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2015 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo de conferência |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10174/17385 |
Resumo: | Integrada numa investigação mais ampla, em curso, com a finalidade de averiguar os efeitos do programa de avaliação externa das escolas (AEE) nas dinâmicas de autoavaliação e nos planos de ação para a melhoria da escola, na presente comunicação analisa-se as relações entre a avaliação e as mudanças ocorridas na escola. Questiona-se essencialmente (1) que significados atribuem os atores aos processos avaliativos; e (2) quais as mudanças ocorridas na escola na sequência dos processos avaliativos. Do ponto de vista teórico, propõe-se uma leitura critica e contextualizada das práticas avaliativas através da utilização uma lente plural baseada nas abordagens burocrático-racional, politica, anárquica e (neo)institucionail destacando os seus contributos para a compreensão dos processos de avaliação das escolas e para a interpretação dos comportamentos estratégicos adotados pelas escolas face aos processos avaliativos. Com efeito, sendo a avaliação de escolas um processo de “natureza política”, que resulta de uma construção coletiva, não pode deixar de refletir os jogos de poder e de influência dos atores educativos, bem como a influência dos diversos agentes institucionais do contexto macro onde a escola se encontra inserida. O estudo geral no qual a comunicação se baseia insere-se numa matriz de cariz essencialmente qualitativo e opta pelo estudo de casos múltiplos, aplicado a cinco escolas (2 escolas secundárias e 3 agrupamentos de escola). Como fonte de informação recorreu-se à observação, entrevistas, e inquérito por questionário. Nesta comunicação apresentam-se essencialmente os resultados das trinta e sete entrevistas realizadas a atores da comunidade educativa com diferentes funções nas escolas. Os resultados preliminares tendem a evidenciar que as organizações educativas, nas respostas às prescrições externas para a avaliação da escola e para a melhoria recorrem a estratégias e táticas plurais, de tal modo que as formas organizacionais assumidas pelos processos avaliativos mais do que contributos para a melhoria da escola, traduzem o cumprimento de um “ritual legitimador” e de um “gerencialismo” da imagem pública, relegando para um plano secundário a melhoria efetiva da qualidade do serviço educativo. Não deixa de merecer destaque os constrangimentos internos e externos apontados pelos atores à ocorrência de mudanças em consequência dos processos avaliativos. |
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