Sensibilização Precoce para a Higiene Oral: perceção, educação e motivação

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Magalhães, Raquel Alexandra Pereira
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/20.500.11816/3346
Resumo: Os hábitos de higiene oral e os hábitos de vida saudáveis devem ser implementados desde cedo nas rotinas diárias das crianças, já que estes são fatores preventivos das doenças orais. Assim sendo, a prevenção destas patologias passa pela educação e motivação das crianças, em idades precoces, para hábitos de higiene oral eficazes e hábitos de alimentação saudáveis, de forma a capacitá-las para um futuro sadio. Objetivos: Avaliar e comparar os conhecimentos e práticas quanto à saúde oral, e os comportamentos de higiene oral, de um grupo de crianças pré-escolares, do ensino público e privado. Materiais e Métodos: Foi aplicado um questionário a 129 crianças, com idades compreendidas entre os 3 e os 6 anos, que frequentam o ensino pré-escolar, em 3 instituições de ensino da cidade de Guimarães, sendo que destas instituições duas eram de ensino público e uma de ensino privado. O questionário é composto por perguntas de escolha múltipla, aplicadas por mim, a cada uma das crianças, com o consentimento dos Encarregados de Educação. Resultados/Conclusão: A maioria das crianças das duas amostras (ensino público: 96,9% e ensino privado: 78,1%), considera que a função para a qual servem os dentes é “Comer”. As crianças associam frequentemente (ensino público: 63,1% e ensino privado: 40,6%) a cárie como consequência da falta de higiene oral. Nas duas amostras, a maioria (ensino público: 98,5% e ensino privado: 100,0%) considera que a escovagem dentária é importante, e realiza esta rotina diariamente (ensino público: 64,6% e ensino privado: 79,7%), no entanto, a escovagem é realizada maioritariamente pela criança (ensino público: 73,8% e ensino privado: 51,6%). No ensino público a maioria das crianças (70,8%) lava os dentes porque alguém os manda e, na amostra do ensino privado a maioria das crianças (53,1%) gosta de realizar a higiene oral. A escovagem realizada com maior frequência (92,3%), na amostra do ensino público, é no final do almoço e, no ensino privado, realiza-se com maior frequência (92,2%) antes de ir dormir. A maioria das crianças de ambos os grupos (ensino público: 87,7% e ensino privado: 67,2%) realiza uma escovagem na instituição de ensino que frequenta. A totalidade das crianças do ensino público e privado utiliza, como materiais de higiene oral, a escova e pasta dentífrica. No entanto, no ensino público, 4,6% das crianças utiliza elixir e 1,5% utiliza fio dentário, para além da escova e da pasta dentífrica. Cerca de metade das crianças, de ambas as amostras (ensino público: 52,3% e ensino privado: 51,6%), já foi a uma consulta de Medicina Dentária. A maioria das crianças, das duas amostras (ensino público: 100,0% e ensino privado: 98,4%), reconhece os alimentos cariogénicos. Quanto ao consumo diário destes alimentos, no ensino público, a maioria das crianças consome-os diariamente (61,5%) e, no ensino privado, a maioria (53,1%) não consome estes alimentos todos os dias. É importante implementar programas de motivação e educação nos jardins-de-infância para melhorar os conhecimentos e comportamentos de saúde oral das crianças.
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