Comparison of the initial Ebola virus disease symptoms and subsequent sequelae of 10 survivors in the Koinadugu district of Sierra Leone during the 2014-2015 outbreak (a pilot study)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: RODRIGUES, Ana Sofia
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: eng
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10362/22189
Resumo: A epidemia pelo vírus Ébola que devastou a África Ocidental em 2014-2015 foi a maior que o Mundo testemunhou até hoje. Começou em Dezembro de 2013 e permaneuceu indetectável durante 3 meses, permitindo que o vírus se continuasse a espalhar de forma descontrolada e para a epidemia escalar até ao ponto em que foi declarada uma emergencia internacional em Agosto de 2014. Consequências a curto e longo prazo têm sido documentadas em sobreviventes, variando desde físicas, a psicológicas e sociais. Além disso, a permanência do vírus em determinados compartimentos biológicos de sobreviventes (ex: sémen) colocam os países em alto risco do vírus voltar a ser introduzido em comunidades onde este já foi eliminado. Este estudo procurou identificar os sintomas de 10 sobreviventes da doença pelo vírus Ébola, escolhidos de forma não aleatória, tanto no momento em que estavam com a doença na sua fase activa como nos meses de convalescença, e verificar se haveria alguma relação entre os dois. Os sintomas mais comuns durante a fase activa da doença foram perda de peso, artralgia e febre; e nos meses de convalescença foram cefaleias, fadiga, astenia e lombalgias. Sessenta por cento dos sobreviventes apresentavam na fase de convalescença, um ou mais dos sintomas que tinham durante a fase activa da doença, sendo as cefaleias o sintoma mais comum a persistir, seguido de astenia. No entanto, todos os sobreviventes apresentavam no mínimo um sintoma meses após a fase activa da doença, independentemente dos sintomas que haviam desenvolvido na fase activa. Os eventos biológicos e patogénicos que estão envolvidos no desenvolvimento do síndrome pós-Ébola ainda não são claros e mais estudos são necessários nesta área. No entanto, e tendo em consideração uma abordagem sindromática, este estudo em particular conclui que a gravidade da doença pelo vírus Ébola na sua fase aguda não parece estar associada com a gravidade das sequelas apresentadas, também conhecidas como síndrome pós-Ébola.
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