Inteligência Artificial no Design de Comunicação em Portugal: Panorama e Perspetivas
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2022 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.6/13143 |
Resumo: | A tecnologia sempre foi sinónimo de inovação na área do design originando inclusivamente mudanças na sua prática projetual. Atualmente, a Inteligência Artificial (IA) está a alterar profundamente a forma como trabalhamos e comunicamos, tendo impacto em inúmeros setores de atividade. No entanto, não há uma investigação considerável sobre a integração da IA no campo do design. Assim sendo, o principal objetivo desta dissertação é compreender como é que a IA é percecionada e tem vindo a ser aplicada no design de comunicação em Portugal. De modo a atingir este objetivo analisámos a perspetiva de um grupo de designers sobre a IA, tentámos perceber como algumas empresas portuguesas de design utilizam a IA, e se os futuros designers, hoje estudantes, têm conhecimento e estão prontos para trabalhar com IA na sua prática profissional. O método qualitativo de investigação utilizado foi o estudo de caso. A recolha de dados foi feita a partir de entrevistas e questionários conduzidos a designers de 10 empresas portuguesas de design de comunicação. Os websites das empresas também foram analisados com o intuito de perceber se existiria algum envolvimento com a IA. Para tentar compreender a perceção dos estudantes foi feito inclusivamente um questionário a 26 alunos de design de comunicação e multimédia da Universidade da Beira Interior, Universidade do Algarve e Universidade de Coimbra. A investigação concluiu que os designers possuem fundamentos básicos de IA, conhecendo as principais vantagens e algumas desvantagens da mesma. No geral, expressam sentimentos positivos quanto à sua utilização no trabalho quotidiano, considerando que será importante para o futuro do design. Aqueles que a utilizam fazem-no durante as verificações de qualidade e na análise de insights dos utilizadores, nas últimas fases do processo de design. Contudo, a maioria dos profissionais opta por não a utilizar devido a diversos fatores, nomeadamente o preço alto dos softwares e hardware, o foco internacional e grande dispersão das ferramentas, ou porque acreditam não fornece a componente empática e humana própria do design. Os entrevistados relataram ainda que sabiam muito pouco sobre uma série de outros tópicos, incluindo o estado dos recursos de IA em Portugal e as competências necessárias para operar com a IA no trabalho quotidiano. Por seu lado, os estudantes de design mostraram ter consideravelmente menos noções de IA do que os profissionais. Uma percentagem considerável dos estudantes afirma nunca ter aprendido conteúdos de IA durante os seus estudos de licenciatura. Dos que aprenderam, nem todos consideram que os conhecimentos adquiridos sobre IA podem ser úteis para o seu futuro trabalho como designers. Esta investigação sugere que os designers experientes valorizam mais a IA do que os estudantes, para além de terem mais conhecimentos sobre o tema. Esta investigação representa um passo em frente no estudo da dicotomia IA e design de comunicação em Portugal. |
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De modo a atingir este objetivo analisámos a perspetiva de um grupo de designers sobre a IA, tentámos perceber como algumas empresas portuguesas de design utilizam a IA, e se os futuros designers, hoje estudantes, têm conhecimento e estão prontos para trabalhar com IA na sua prática profissional. O método qualitativo de investigação utilizado foi o estudo de caso. A recolha de dados foi feita a partir de entrevistas e questionários conduzidos a designers de 10 empresas portuguesas de design de comunicação. Os websites das empresas também foram analisados com o intuito de perceber se existiria algum envolvimento com a IA. Para tentar compreender a perceção dos estudantes foi feito inclusivamente um questionário a 26 alunos de design de comunicação e multimédia da Universidade da Beira Interior, Universidade do Algarve e Universidade de Coimbra. A investigação concluiu que os designers possuem fundamentos básicos de IA, conhecendo as principais vantagens e algumas desvantagens da mesma. No geral, expressam sentimentos positivos quanto à sua utilização no trabalho quotidiano, considerando que será importante para o futuro do design. Aqueles que a utilizam fazem-no durante as verificações de qualidade e na análise de insights dos utilizadores, nas últimas fases do processo de design. Contudo, a maioria dos profissionais opta por não a utilizar devido a diversos fatores, nomeadamente o preço alto dos softwares e hardware, o foco internacional e grande dispersão das ferramentas, ou porque acreditam não fornece a componente empática e humana própria do design. Os entrevistados relataram ainda que sabiam muito pouco sobre uma série de outros tópicos, incluindo o estado dos recursos de IA em Portugal e as competências necessárias para operar com a IA no trabalho quotidiano. Por seu lado, os estudantes de design mostraram ter consideravelmente menos noções de IA do que os profissionais. Uma percentagem considerável dos estudantes afirma nunca ter aprendido conteúdos de IA durante os seus estudos de licenciatura. Dos que aprenderam, nem todos consideram que os conhecimentos adquiridos sobre IA podem ser úteis para o seu futuro trabalho como designers. Esta investigação sugere que os designers experientes valorizam mais a IA do que os estudantes, para além de terem mais conhecimentos sobre o tema. Esta investigação representa um passo em frente no estudo da dicotomia IA e design de comunicação em Portugal.Technology has always been synonymous with innovation in the design field, including changes in its projectual practice. Today, Artificial Intelligence (AI) is profoundly changing the way we work and communicate, impacting numerous industries. However, there’s not considerable research on the integration of AI into the field of design. Therefore, the main goal of this dissertation is to understand how AI is perceived and has been applied in the communication design sector in Portugal. In order to achieve this goal, we analyzed the perspective of a group of designers about AI, we tried to understand how Portuguese design companies use AI, and if future designers, today students, are aware and ready to work with AI in their professional practice. The qualitative research method used was the case study. Data was collected from interviews and questionnaires conducted with designers from 10 Portuguese communication design companies. The companies' websites were also analyzed to understand if there was any mention of AI. To try to understand the perceptions of students, a questionnaire was even given to 26 pupils of communication and multimedia design from the University of Beira Interior, University of Algarve and University of Coimbra. The research concluded that designers have basic fundamentals of AI, knowing the main advantages and some disadvantages of it. In general, they express positive feelings about its use in their daily work, considering it to be important for the future of design. Those who use it do so during quality checks and in the analysis of user insights in the last stages of the design process. However, most professionals choose not to use it due to several facts, namely the high price of software and hardware, the international focus and wide dispersion of tools, or because they believe it does not provide the empathetic and human component proper to design. Respondents also reported that they knew very little about several other topics, including the state of AI resources in Portugal and the skills needed to operate with AI in everyday work. On the other hand, design students were shown to have considerably less notions of AI than professionals. A large percentage of the students affirm having never learned AI contents during their undergraduate studies. Those who have learned, not all consider that the knowledge gained about AI can be useful for their future work as designers. This research suggests that experienced designers value AI more than students, in addition to having more knowledge about the topic. This research represents a step forward in the study of the AI and communication design dichotomy in Portugal.Ferreira, Joana Casteleiro Alves PitrezuBibliorumFerreira, Ângela Daniela Serrano2023-02-20T16:51:16Z2023-01-032022-10-112023-01-03T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.6/13143TID:203227832porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-12-15T09:56:36Zoai:ubibliorum.ubi.pt:10400.6/13143Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T00:52:38.108201Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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