Autogestão do regime do exercício: Proposta de um modelo clínico de dados

• Autor(a) principal: Oliveira, André Ventura
• Data de Publicação: 2022
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.26/43669
• topic: Enfermagem; Autogestão; Regime de Exercício; Sistemas de informação; Modelo Clínico de Dados; Domínio/Área Científica::Ciências Médicas::Ciências da Saúde; Enfermagem

Introdução: A evolução da prevalência de doenças crónicas tem induzido um aumento exponencial das pessoas que vivenciam condições crónicas de saúde. Tais condições desafiam as pessoas no autocuidado, nomeadamente, através da incorporação de regimes terapêuticos complexos, incluindo-se a vertente do regime de exercício. Nessa perspetiva, importa que os enfermeiros saibam identificar e agir face às necessidades de cuidados no domínio da autogestão do regime de exercício. Objetivos: Com este estudo pretendemos identificar o conjunto de dados, enunciados de diagnóstico e de intervenções de enfermagem no domínio da autogestão do regime de exercício. Também é objetivo agregar a informação identificada através da construção de uma proposta de Modelo Clínico de Dados (MCD) neste domínio. Metodologia: Este estudo seguiu a metodologia de Scoping Review. Após a construção da frase booleana a pesquisa foi efetuada no agregador de conteúdos científicos EBSCOHost web (CINAHL with Full Text, MEDLINE with Full Text, SPORTDiscus with Full Text, Mediclatina) e nas bases de dados Scopus e Web of Science. Foram incluídos estudos publicados até abril de 2022, em que os participantes fossem pessoas adultas com condições de saúde crónicas, que descrevessem os dados, diagnósticos e intervenções dos enfermeiros no domínio da autogestão do regime de exercício. Resultados: Com base nos critérios de inclusão definidos foram incluídos no corpus de análise, após a análise do conteúdo integral, 10% (63/625) dos estudos. Os resultados obtidos permitem inferir que devem fazer parte do MCD dados sobre: a caracterização do exercício por tipo, intensidade, duração e frequência; a caracterização da autogestão do regime de exercício; os processos adaptativos da pessoa ao regime; e os fatores que influenciam o regime. Partindo das informações recolhidas são disponibilizados os enunciados diagnósticos e de intervenções de enfermagem que respondem às necessidades identificadas. Concretizamos o mapeamento com a proposta de MCD no âmbito da autogestão do regime de exercício. Conclusões: Os resultados obtidos permitiram agregar um conjunto de dados, diagnósticos e intervenções de enfermagem, no domínio da autogestão do regime de exercício, que podem incorporar a conceção de cuidados dos enfermeiros e a representação do exercício profissional. Implicações para a prática: Este estudo identifica os principais itens de informação que os enfermeiros podem usar na representação desta área de atenção. A representação deste foco no MCD proposto nos sistemas de informação pode apoiar a tomada de decisão dos enfermeiros nesta dimensão, acrescentando especificidade ao sugerido pela NursingOntos. Implicações para a investigação: Com este estudo tomamos consciência da necessidade de mais investigações no domínio da autogestão do regime de exercício, por forma a validar os resultados obtidos. Numa perspetiva de continuidade, sugerimos a descrição dos conteúdos clínicos identificados ou testados pelas futuras investigações, de forma a melhorar a efetividade da representação do exercício profissional dos enfermeiros com recurso a uma linguagem classificada.