Potencial dos resíduos da produção da polpa de figo da índia e do óleo das sementes para a produção do bioetanol

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Mesquita, Tânia Sofia Dias
Data de Publicação: 2015
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/20.500.12207/4621
Resumo: Opuntia ficus indica é uma planta conhecida em Portugal como figueira-da-índia, piteira, ou palma, que pertence à família das cactáceas. É uma cultura de cato domesticado desde tempos muito antigos, que é importante, a nível mundial, para as economias agrícolas nas zonas áridas e semiáridas. O figo da índia tem atraído a atenção dos consumidores devido às suas propriedades nutricionais e antioxidantes, no entanto os picos presentes na casca constitui um entrave ao seu consumo. Assim, a produção de sumos e compotas pode ser uma boa abordagem para aumentar o consumo deste fruto. Num perspectiva de valorização integrada, a produção de sumos e compotas provenientes do figo-da-índia gera em grandes quantidades dois tipos de resíduos, a casca e as sementes. As sementes do figo da índia são usadas para a extração de óleos, que pode ser usado na indústria cosmética. No presente trabalho desenvolveram-se estudos para o aproveitamento dos resíduos resultantes da produção da polpa de figo da índia e da podução do óleo das sementes. Foram elaborados vários ensaios sobre as duas biomassas, no entanto visto que a casca apresentou maior quantidade de açucar foi necessário retirar o mesmo para não existirem os falsos resultados, nem grandes quantidades de inibidores. À semente foram retiradas as pectinas para alguns ensaios, uma vez que depois de arrefecida a pectina queria uma espécie de gelatina, o que torna a filtração quase impossível. Dos ensaios que foram realizados, o micro-ondas não obteve resultados tão vantajosos quanto os restantes, para ambas as biomassas. A hidrólise ácida a 4% obteve um resultado mais vantajoso, depois deste ensaio foi realizado a sacarificação e fermentação. Os ensaios de fermentação foram feitos com e sem enzima. Na casca notou-se que não é necessária a utilização da enzima, o valor de etanol com enzima foi de 17,1g/L e de 15,3 g/L sem enzima, enquanto que para a semente a quantidade de etanol foi superior com enzima, sendo a diferença de 2,7 g/L com enzima e 1,8 g/L sem enzima.
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