Estamos protegidos após a vacinação contra a gripe? Resposta imunitária para o vírus da gripe numa coorte de adultos vacinados na época de 2017/2018

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Guiomar, Raquel
Data de Publicação: 2019
Outros Autores: Rodrigues, Ana Paula, Costa, Inês, Conde, Patrícia, Cristóvão, Paula, Pechirra, Pedro, Estragadinho, Paulo, Nunes, Baltazar, Graça, Silva
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.18/7138
Resumo: A vacina contra a gripe é hoje a principal forma de prevenção da doença, reduzindo o risco e as complicações associadas à infeção. A vacinação anual é recomendada pela Direção Geral da Saúde (DGS) de acordo com a norma da vacinação contra a gripe. O Instituto Nacional de Saúde, I.P. (INSA) no âmbito da sua missão como laboratório de Estado, das suas competências específicas para a vigilância epidemiológica das doenças infeciosas, nas componentes laboratorial e epidemiológica e das competências no âmbito do Programa Nacional de Vigilância da gripe, implementou um estudo para avaliar a resposta imunitária à vacina contra a gripe. Foi efetuado o seguimento de uma coor te de 74 indivíduos que voluntariamente aceitaram tomar a vacina e realizar a avaliação da presença de anticorpos contra o vírus da gripe em três momentos: antes da toma da vacina, 30 dias e 6 meses após a vacinação. Foi avaliada a presença de anticorpos para os vírus da gripe contemplados na vacina sazonal do hemisfério nor te, recomendada para a época de 2017/2018. Foi obser vado um aumento da seroprevalência e do título de anticorpos para os 3 vírus contemplados na vacina, 30 dias após a administração. Estes valores foram mais elevados para os vírus do tipo A. Para o subtipo A(H3N2), a seroprevalência e o título de anticorpos foram significativamente mais elevados nos indivíduos com idade superior a 50 anos; para o subtipo A(H1N1)pdm09 a seroprevalência foi significativamente mais elevada nos par ticipantes que não se tinham vacinado nas duas épocas anteriores. A seroconversão foi significativamente mais frequente nos indivíduos que não se tinham vacinado nas duas épocas anteriores e com título de anticorpos mais baixo antes da toma da vacina. Nos 13 casos de síndroma gripal registados, apenas foi confirmado um caso de infeção pelo vírus da gripe do subtipo A(H3N2). Seis meses após a vacinação foi obser vada uma diminuição da seroprevalência e do título dos anticorpos para os 3 vírus vacinais, estando próximo dos valores obser vados no momento antes da toma da vacina. A vacinação contra a gripe promoveu a aquisição de imunidade indicando, no entanto que a idade e a vacinação anterior podem influenciar a resposta imunitária. A dinâmica de anticorpos contra a gripe obser vada neste estudo, vem supor tar a necessidade da vacinação anual, no início de cada outono/inverno. O estudo pretende contribuir para a gestão e calendarização da campanha anual de vacinação contra a gripe recomendada pela DGS.
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(INSA) no âmbito da sua missão como laboratório de Estado, das suas competências específicas para a vigilância epidemiológica das doenças infeciosas, nas componentes laboratorial e epidemiológica e das competências no âmbito do Programa Nacional de Vigilância da gripe, implementou um estudo para avaliar a resposta imunitária à vacina contra a gripe. Foi efetuado o seguimento de uma coor te de 74 indivíduos que voluntariamente aceitaram tomar a vacina e realizar a avaliação da presença de anticorpos contra o vírus da gripe em três momentos: antes da toma da vacina, 30 dias e 6 meses após a vacinação. Foi avaliada a presença de anticorpos para os vírus da gripe contemplados na vacina sazonal do hemisfério nor te, recomendada para a época de 2017/2018. Foi obser vado um aumento da seroprevalência e do título de anticorpos para os 3 vírus contemplados na vacina, 30 dias após a administração. Estes valores foram mais elevados para os vírus do tipo A. Para o subtipo A(H3N2), a seroprevalência e o título de anticorpos foram significativamente mais elevados nos indivíduos com idade superior a 50 anos; para o subtipo A(H1N1)pdm09 a seroprevalência foi significativamente mais elevada nos par ticipantes que não se tinham vacinado nas duas épocas anteriores. A seroconversão foi significativamente mais frequente nos indivíduos que não se tinham vacinado nas duas épocas anteriores e com título de anticorpos mais baixo antes da toma da vacina. Nos 13 casos de síndroma gripal registados, apenas foi confirmado um caso de infeção pelo vírus da gripe do subtipo A(H3N2). Seis meses após a vacinação foi obser vada uma diminuição da seroprevalência e do título dos anticorpos para os 3 vírus vacinais, estando próximo dos valores obser vados no momento antes da toma da vacina. A vacinação contra a gripe promoveu a aquisição de imunidade indicando, no entanto que a idade e a vacinação anterior podem influenciar a resposta imunitária. A dinâmica de anticorpos contra a gripe obser vada neste estudo, vem supor tar a necessidade da vacinação anual, no início de cada outono/inverno. O estudo pretende contribuir para a gestão e calendarização da campanha anual de vacinação contra a gripe recomendada pela DGS.The f lu vaccine is now one of the ways to prevent the disease, reducing the r isk and complications associated with the infection. The annual inf luenza vaccine uptake is recommended by the General Directorate of Heal th (DGS) according to the recommendations for inf luenza vaccine uptake The National Insti tute of Heal th, I.P. (INSA) in the scope of i t´s mission as a State Laborator y, i t´s speci f ic competences for the epidemiological sur veillance of infectious diseases, in the laborator y and epidemiology components and acti vi ties in the National Inf luenza Sur veillance Program, implemented a study to evaluate the production of antibodies against inf luenza and the duration of immunit y af ter inf luenza vaccine. Dur ing the study was followed a cohor t of 74 par ticipants who voluntar ily agreed to uptake the vaccine and to be evaluated for inf luenza antibodies in three moments: before vaccine uptake, 30 days and 6 months af ter vaccination. Were assessed the antibodies against inf luenza viruses included in the 2017/2018 nor thern hemisphere seasonal vaccine. It was obser ved that the vaccine increased the seroprevalence and antibody ti tre for the 3 viruses included in the vaccine, 30 days af ter administration. These values were higher for inf luenza A viruses. The seroprevalence and antibody ti tre for subt ype A (H3N2) were signi f icantly higher in par ticipants 50 year s and older; for subt ype A (H1N1)pdm09 seroprevalence was signi f icantly higher in par ticipants who hadn´ t been vaccinated in the previous two seasons. Seroconversion was signi f icantly higher for the ones that hadn´ t been vaccinated in the two previous seasons and wi th lower antibody ti tre before vaccination. In the 13 repor ted inf luenza like symptoms cases, only one inf luenza A(H3N2) infection has been conf irmed. At the end of the study (6 months af ter vaccination) a decrease in seroprevalence and on antibody titre was obser ved for the 3 vaccine viruses, being close to the values obser ved at the beginning of the study. Inf luenza vaccination elici ted the acquisi tion of immuni t y, however, age and previous vaccination may inf luence the immune response. The obser ved antibody dynamics suppor ts the need for annual vaccination at the beginning of each autumn/winter season. The data aim to contr ibute to the management and timing of the annual inf luenza vaccination campaign recommended at national level by the DGS.Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, IPRepositório Científico do Instituto Nacional de SaúdeGuiomar, RaquelRodrigues, Ana PaulaCosta, InêsConde, PatríciaCristóvão, PaulaPechirra, PedroEstragadinho, PauloNunes, BaltazarGraça, Silva2020-07-31T14:30:15Z2019-122019-12-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.18/7138porBoletim Epidemiológico Observações. 2019;8(Supl 11):59-650874-2928info:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-07-20T15:41:50Zoai:repositorio.insa.pt:10400.18/7138Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T18:41:48.974346Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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