Acquisition of english fricatives by vietnamese users of the ELSA app : an acoustic study
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2023 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | eng |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10451/61523 |
Resumo: | O principal objetivo desta tese é analisar a produção de fricativas não vozeadas, por utilizadores da aplicação ELSA Speak. Esta tese teve por base o estágio realizado na empresa para obtenção do grau de mestre em Linguística. O trabalho realizado ao longo do estágio teve como finalidade ajudar e melhorar a aprendizagem dos falantes de uma segunda língua, neste caso a língua vietnamita. Ao entender as produções dos falantes, torna-se mais simples proporcionar um melhor feedback, o que consequentemente, deixa o utilizador mais satisfeito e oferece uma melhor experiência ao utilizador da aplicação. De forma a melhorar a deteção de erros da aplicação, a cobertura e precisão de exemplos e estruturas a anotar tinha de ser melhorada, assim como as anotações necessitavam de ser mais específicas e de terem rótulos que fossem para além de “OK” ou “ERRO”, inicialmente utilizadas. Assim sendo, a anotação fonética foi a principal tarefa deste estágio. Outro dos motivos para esta análise, foi a relevância académica sobre o assunto, uma vez que existem alguns estudos conhecidos sobre as características acústicas de fricativas (Stevens, 1999; Jongman et al., 2000), porém há menos estudos sobre aquisição de L2 de fricativas de inglês (Kitikanan, 2016), particularmente sobre a língua vietnamita. Deste modo, este trabalho pode ser dividido em três grandes partes. A primeira parte é uma parte teórico-prática (capítulo 2) aborda a empresa em que o estágio foi realizado, a ELSA Speak. Nesta parte analisam-se tanto as equipas que constituem a empresa, bem como a aplicação desenvolvida pela mesma. Esta parte também se destaca por uma explicação dos vários trabalhos desenvolvidos ao longo do estágio e observações quanto ao que foi realizado durante esse período. De modo a realizar esta análise foram ouvidos e anotados vários áudios. Primeiramente e numa fase de aprendizagem, foram analisados vários fones, desde oclusivas a ditongos, e posteriormente o grupo de fones para análise mais aprofundada, as fricativas não vozeadas. Estes fones foram escolhidos para uma maior análise devido à dificuldade de aquisição que os falantes vietnamitas demonstram para a sua produção. A segunda parte é teórica e aborda a revisão da literatura (capítulo 3). Primeiramente, é realizada uma análise sobre as fricativas em contraste com outras classes de sons, seguido de uma breve revisão das fricativas na língua inglesa, variante de inglês americano padrão. De seguida, é efetuada uma pesquisa sobre análise acústica e aprofunda-se o que as várias medidas acústicas podem revelar sobre as fricativas, sendo que este aprofundamento tem como base os dados encontrados na língua inglesa. Consequentemente, é efetuada uma análise relativamente à língua vietnamita: começando com uma breve explicação do que constitui a língua, ou seja, o inventário fonético correspondente a consoantes e vogais, uma breve explicação dos tons existentes em vietnamita, passando depois para uma análise fonotática da língua e terminando com uma revisão sobre as dificuldades até hoje encontradas pelos falantes nativos de vietnamita, quando produzem as fricativas inglesas. Finalmente, esta segunda parte termina com um olhar para três modelos de aquisição de segunda língua: a Hipótese da Análise Contrastiva (HAC), (Lado, 1957); o Modelo de Aprendizagem da Fala (Speech Learning Model: SLM), (Flege, 1987); e o Modelo de Assimilação Perceptual (Perceptual Assimilation Model: PAN-2), (Best & Tyler, 2007). Após a revisão da literatura, foram elaboradas as hipóteses e metodologias de trabalho (capítulo 4 e 5, respetivamente). A terceira parte deste relatório (capítulo 6 e 7) é prática e debruça-se sobre as fricativas não vozeadas e sobre a análise que é realizada, alinhado com o que foi anteriormente explorado na revisão da literatura. Os áudios analisados são de falantes autodeclarados nativos vietnamitas e foram analisadas apenas fricativas em posição inicial de palavra. Para este estudo, o contexto vocálico escolhido foi a vogal /æ/, que existe na língua inglesa, no entanto, não faz parte do inventário vietnamita. As anotações estavam divididas em três categorias diferentes (“OK”, “ERRO”, “FORA”). Na categoria “ERRO” era possível escolher uma subcategoria que consistia numa classificação de fones específicos a partir do Alfabeto fonético internacional. Os fones foram categorizados e posteriormente anotados por um segundo linguista. Cada fone tinha um total de 1000 áudios para anotar, de forma a criar um conjunto de dados equivalente. No total, 5000 áudios foram anotados pelos dois anotadores. Depois de anotados os áudios, estes foram analisados acusticamente com diferentes medidas: quatro pistas espectrais (centróide, variância, assimetria e curtose), localização do pico, medidas de transição da informação (frequência de F2 em onset, intercetação, inclinação) e medidas de amplitude (amplitude normalizada e relativa). De seguida, foi realizada uma análise de aquisição de L2 em que foram analisadas as produções dos falantes vietnamitas e possíveis explicações para essas produções. Esta análise foi efetuada nas fricativas que foram anotadas manualmente. Esta tese testa duas principais hipóteses sobre a deteção acústica. O centróide, a localização do pico, a frequência de F2 em onset, a intercetação e a inclinação devem distinguir fricativas em termos de modo e ponto de articulação relativamente à localização da constrição como anterior vs. posterior. Portanto, devem distinguir algumas fricativas produzidas na frente da cavidade oral (ɸ, f, θ, s̪, s̻, s, ʃ, ʂ) de algumas fricativas produzidas na parte posterior da cavidade oral (ç, x, χ, ħ, h) (hipótese 1 e 4). Variância, assimetria, curtose, amplitudes normalizadas e relativas devem distinguir fricativas quanto ao grau de constrição. Portanto, devem distinguir entre uma constrição mais estreita (s̪, s̻, s, ʃ, ʂ) e uma constrição mais ampla (ɸ, f, θ, ç, x, χ, ħ, h) (hipótese 2 e 6). Consequentemente, também são testadas quais as medidas acústicas mais eficientes para distinguir as diferentes fricativas. Este relatório testa também duas hipóteses nas fricativas analisadas quanto à aquisição de segunda língua. Primeiro, os falantes da língua vietnamita não devem ter dificuldades ao pronunciar os fonemas /f, h/ na posição de onset (início de sílaba), uma vez que estes fones existem no inventário da língua e podem ser produzidos na posição de onset (hipótese LA_1). Também se prevê que os falantes da língua vietnamita terão dificuldades com /θ, s, ʃ/ (hipótese LA_2) na posição de onset, já que estes não existem no inventário vietnamita. Logo, prevê-se que os falantes irão mapear estes fonemas para o modo articulatório e propriedades acústicas mais próximos permitidos na língua vietnamita. A fricativa interdental /θ/ deverá ser substituída pelos fonemas /t, tʰ, t̪, t̪ʰ/ ou /s̪/. No caso da fricativa alveolar /s/, prevê-se que o fone será pronunciado como /s̪/ e /ʂ/. No caso de /ʃ/, prevê-se que o fone será pronunciado como /s/ ou /ʂ/. Neste estudo, foi possível provar que existem várias medidas acústicas robustas e que fornecem informação sobre as fricativas e as diversas formas de articulação, independentemente da variação por falante. Foram ainda confirmadas várias das hipóteses sobre a deteção acústica e as hipóteses de aquisição da língua. A tese mostra que as propriedades espectrais e medidas de amplitude distinguem com sucesso uma ampla variedade de fricativas, o que é confirmado por estudos anteriores. No entanto, estes estudos anteriores concentraram-se num conjunto limitado de fricativas (e.g., Jongman et al., 2000; Nirgianaki, 2014; Wikse Barrow et al., 2022). As medidas de transição de informação (frequência de F2 em onset, intercetação e inclinação) foram as medidas em que houve menos diferenças significativas entre fricativas não vozeadas. Os falantes vietnamitas tendem a utilizar estratégias percetivas e articulatórias da sua própria língua ao produzir tanto os sons conhecidos quanto os sons desconhecidos, do inventário da primeira língua. A influência do alfabeto vietnamita é visível na produção de fricativas como /f/ e /θ/. Como era esperado, as fricativas interdental (θ) e pós-alveolar (ʃ) representam os maiores desafios para os falantes. Algumas das substituições mais comuns foram por fones do inventário fonético vietnamita, tais como /s̪, tʰ, ʂ, x/. |
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Acquisition of english fricatives by vietnamese users of the ELSA app : an acoustic studyDomínio/Área Científica::Humanidades::Línguas e LiteraturasO principal objetivo desta tese é analisar a produção de fricativas não vozeadas, por utilizadores da aplicação ELSA Speak. Esta tese teve por base o estágio realizado na empresa para obtenção do grau de mestre em Linguística. O trabalho realizado ao longo do estágio teve como finalidade ajudar e melhorar a aprendizagem dos falantes de uma segunda língua, neste caso a língua vietnamita. Ao entender as produções dos falantes, torna-se mais simples proporcionar um melhor feedback, o que consequentemente, deixa o utilizador mais satisfeito e oferece uma melhor experiência ao utilizador da aplicação. De forma a melhorar a deteção de erros da aplicação, a cobertura e precisão de exemplos e estruturas a anotar tinha de ser melhorada, assim como as anotações necessitavam de ser mais específicas e de terem rótulos que fossem para além de “OK” ou “ERRO”, inicialmente utilizadas. Assim sendo, a anotação fonética foi a principal tarefa deste estágio. Outro dos motivos para esta análise, foi a relevância académica sobre o assunto, uma vez que existem alguns estudos conhecidos sobre as características acústicas de fricativas (Stevens, 1999; Jongman et al., 2000), porém há menos estudos sobre aquisição de L2 de fricativas de inglês (Kitikanan, 2016), particularmente sobre a língua vietnamita. Deste modo, este trabalho pode ser dividido em três grandes partes. A primeira parte é uma parte teórico-prática (capítulo 2) aborda a empresa em que o estágio foi realizado, a ELSA Speak. Nesta parte analisam-se tanto as equipas que constituem a empresa, bem como a aplicação desenvolvida pela mesma. Esta parte também se destaca por uma explicação dos vários trabalhos desenvolvidos ao longo do estágio e observações quanto ao que foi realizado durante esse período. De modo a realizar esta análise foram ouvidos e anotados vários áudios. Primeiramente e numa fase de aprendizagem, foram analisados vários fones, desde oclusivas a ditongos, e posteriormente o grupo de fones para análise mais aprofundada, as fricativas não vozeadas. Estes fones foram escolhidos para uma maior análise devido à dificuldade de aquisição que os falantes vietnamitas demonstram para a sua produção. A segunda parte é teórica e aborda a revisão da literatura (capítulo 3). Primeiramente, é realizada uma análise sobre as fricativas em contraste com outras classes de sons, seguido de uma breve revisão das fricativas na língua inglesa, variante de inglês americano padrão. De seguida, é efetuada uma pesquisa sobre análise acústica e aprofunda-se o que as várias medidas acústicas podem revelar sobre as fricativas, sendo que este aprofundamento tem como base os dados encontrados na língua inglesa. Consequentemente, é efetuada uma análise relativamente à língua vietnamita: começando com uma breve explicação do que constitui a língua, ou seja, o inventário fonético correspondente a consoantes e vogais, uma breve explicação dos tons existentes em vietnamita, passando depois para uma análise fonotática da língua e terminando com uma revisão sobre as dificuldades até hoje encontradas pelos falantes nativos de vietnamita, quando produzem as fricativas inglesas. Finalmente, esta segunda parte termina com um olhar para três modelos de aquisição de segunda língua: a Hipótese da Análise Contrastiva (HAC), (Lado, 1957); o Modelo de Aprendizagem da Fala (Speech Learning Model: SLM), (Flege, 1987); e o Modelo de Assimilação Perceptual (Perceptual Assimilation Model: PAN-2), (Best & Tyler, 2007). Após a revisão da literatura, foram elaboradas as hipóteses e metodologias de trabalho (capítulo 4 e 5, respetivamente). A terceira parte deste relatório (capítulo 6 e 7) é prática e debruça-se sobre as fricativas não vozeadas e sobre a análise que é realizada, alinhado com o que foi anteriormente explorado na revisão da literatura. Os áudios analisados são de falantes autodeclarados nativos vietnamitas e foram analisadas apenas fricativas em posição inicial de palavra. Para este estudo, o contexto vocálico escolhido foi a vogal /æ/, que existe na língua inglesa, no entanto, não faz parte do inventário vietnamita. As anotações estavam divididas em três categorias diferentes (“OK”, “ERRO”, “FORA”). Na categoria “ERRO” era possível escolher uma subcategoria que consistia numa classificação de fones específicos a partir do Alfabeto fonético internacional. Os fones foram categorizados e posteriormente anotados por um segundo linguista. Cada fone tinha um total de 1000 áudios para anotar, de forma a criar um conjunto de dados equivalente. No total, 5000 áudios foram anotados pelos dois anotadores. Depois de anotados os áudios, estes foram analisados acusticamente com diferentes medidas: quatro pistas espectrais (centróide, variância, assimetria e curtose), localização do pico, medidas de transição da informação (frequência de F2 em onset, intercetação, inclinação) e medidas de amplitude (amplitude normalizada e relativa). De seguida, foi realizada uma análise de aquisição de L2 em que foram analisadas as produções dos falantes vietnamitas e possíveis explicações para essas produções. Esta análise foi efetuada nas fricativas que foram anotadas manualmente. Esta tese testa duas principais hipóteses sobre a deteção acústica. O centróide, a localização do pico, a frequência de F2 em onset, a intercetação e a inclinação devem distinguir fricativas em termos de modo e ponto de articulação relativamente à localização da constrição como anterior vs. posterior. Portanto, devem distinguir algumas fricativas produzidas na frente da cavidade oral (ɸ, f, θ, s̪, s̻, s, ʃ, ʂ) de algumas fricativas produzidas na parte posterior da cavidade oral (ç, x, χ, ħ, h) (hipótese 1 e 4). Variância, assimetria, curtose, amplitudes normalizadas e relativas devem distinguir fricativas quanto ao grau de constrição. Portanto, devem distinguir entre uma constrição mais estreita (s̪, s̻, s, ʃ, ʂ) e uma constrição mais ampla (ɸ, f, θ, ç, x, χ, ħ, h) (hipótese 2 e 6). Consequentemente, também são testadas quais as medidas acústicas mais eficientes para distinguir as diferentes fricativas. Este relatório testa também duas hipóteses nas fricativas analisadas quanto à aquisição de segunda língua. Primeiro, os falantes da língua vietnamita não devem ter dificuldades ao pronunciar os fonemas /f, h/ na posição de onset (início de sílaba), uma vez que estes fones existem no inventário da língua e podem ser produzidos na posição de onset (hipótese LA_1). Também se prevê que os falantes da língua vietnamita terão dificuldades com /θ, s, ʃ/ (hipótese LA_2) na posição de onset, já que estes não existem no inventário vietnamita. Logo, prevê-se que os falantes irão mapear estes fonemas para o modo articulatório e propriedades acústicas mais próximos permitidos na língua vietnamita. A fricativa interdental /θ/ deverá ser substituída pelos fonemas /t, tʰ, t̪, t̪ʰ/ ou /s̪/. No caso da fricativa alveolar /s/, prevê-se que o fone será pronunciado como /s̪/ e /ʂ/. No caso de /ʃ/, prevê-se que o fone será pronunciado como /s/ ou /ʂ/. Neste estudo, foi possível provar que existem várias medidas acústicas robustas e que fornecem informação sobre as fricativas e as diversas formas de articulação, independentemente da variação por falante. Foram ainda confirmadas várias das hipóteses sobre a deteção acústica e as hipóteses de aquisição da língua. A tese mostra que as propriedades espectrais e medidas de amplitude distinguem com sucesso uma ampla variedade de fricativas, o que é confirmado por estudos anteriores. No entanto, estes estudos anteriores concentraram-se num conjunto limitado de fricativas (e.g., Jongman et al., 2000; Nirgianaki, 2014; Wikse Barrow et al., 2022). As medidas de transição de informação (frequência de F2 em onset, intercetação e inclinação) foram as medidas em que houve menos diferenças significativas entre fricativas não vozeadas. Os falantes vietnamitas tendem a utilizar estratégias percetivas e articulatórias da sua própria língua ao produzir tanto os sons conhecidos quanto os sons desconhecidos, do inventário da primeira língua. A influência do alfabeto vietnamita é visível na produção de fricativas como /f/ e /θ/. Como era esperado, as fricativas interdental (θ) e pós-alveolar (ʃ) representam os maiores desafios para os falantes. Algumas das substituições mais comuns foram por fones do inventário fonético vietnamita, tais como /s̪, tʰ, ʂ, x/.The main objective of this thesis was to analyze the production of voiceless fricatives by ELSA users. This thesis was created while doing an internship at ELSA Speak. The study focuses on the acoustic properties of fricatives, which have been extensively studied but often with a limited number of speakers (Stevens, 1999; Jongman et al., 2000). In contrast, this thesis benefits from analyzing hundreds of speakers, providing valuable insights into fricative acquisition. Furthermore, academically speaking there are some studies on L2 acquisition of fricatives (Kitikanan, 2016). However, fricatives are hard to produce and analyze, therefore they have earned attention in the literature. The analysis focused on fricatives in the onset position. To perform this analysis, 1000 audio files from self-declared native Vietnamese speakers were listened to and annotated. Annotations were separated into different categories (“OK”, “ERROR”, “OUT”) and the error tokens were further classified into specific phones (IPA). After the annotation process was completed, the audios were analyzed acoustically (spectral moments, transition information, and amplitude). Alongside, there was a comparison of the results of the annotations with what is found in the literature in terms of perceptual and articulatory differences, in the acquisition of these fricatives by Vietnamese speakers. The thesis reveals that spectral properties and amplitude measurements successfully distinguish a wide range of fricatives, while previous studies were successful but focused only on a limited subset of fricatives (e.g., Jongman et al., 2000; Nirgianaki, 2014; Wikse Barrow et al., 2022). Vietnamese speakers tend to use phones of their language, or phones that are somewhat similar to them, when producing both known and unknown sounds. As anticipated, the interdental and postalveolar fricatives pose the greatest challenges for the speakers. The influence of the Vietnamese alphabet is probable in the production of fricatives such as /f/ and /θ/.Moniz, Helena Gorete SilvaGirard, RaphaelRepositório da Universidade de LisboaPinto, Filipa Isabel Filipe2023-12-22T14:59:01Z2023-11-292023-09-142023-11-29T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10451/61523TID:203435141enginfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-12-25T01:19:21Zoai:repositorio.ul.pt:10451/61523Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T00:56:09.752740Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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Outro dos motivos para esta análise, foi a relevância académica sobre o assunto, uma vez que existem alguns estudos conhecidos sobre as características acústicas de fricativas (Stevens, 1999; Jongman et al., 2000), porém há menos estudos sobre aquisição de L2 de fricativas de inglês (Kitikanan, 2016), particularmente sobre a língua vietnamita. Deste modo, este trabalho pode ser dividido em três grandes partes. A primeira parte é uma parte teórico-prática (capítulo 2) aborda a empresa em que o estágio foi realizado, a ELSA Speak. Nesta parte analisam-se tanto as equipas que constituem a empresa, bem como a aplicação desenvolvida pela mesma. Esta parte também se destaca por uma explicação dos vários trabalhos desenvolvidos ao longo do estágio e observações quanto ao que foi realizado durante esse período. De modo a realizar esta análise foram ouvidos e anotados vários áudios. Primeiramente e numa fase de aprendizagem, foram analisados vários fones, desde oclusivas a ditongos, e posteriormente o grupo de fones para análise mais aprofundada, as fricativas não vozeadas. Estes fones foram escolhidos para uma maior análise devido à dificuldade de aquisição que os falantes vietnamitas demonstram para a sua produção. A segunda parte é teórica e aborda a revisão da literatura (capítulo 3). Primeiramente, é realizada uma análise sobre as fricativas em contraste com outras classes de sons, seguido de uma breve revisão das fricativas na língua inglesa, variante de inglês americano padrão. De seguida, é efetuada uma pesquisa sobre análise acústica e aprofunda-se o que as várias medidas acústicas podem revelar sobre as fricativas, sendo que este aprofundamento tem como base os dados encontrados na língua inglesa. Consequentemente, é efetuada uma análise relativamente à língua vietnamita: começando com uma breve explicação do que constitui a língua, ou seja, o inventário fonético correspondente a consoantes e vogais, uma breve explicação dos tons existentes em vietnamita, passando depois para uma análise fonotática da língua e terminando com uma revisão sobre as dificuldades até hoje encontradas pelos falantes nativos de vietnamita, quando produzem as fricativas inglesas. Finalmente, esta segunda parte termina com um olhar para três modelos de aquisição de segunda língua: a Hipótese da Análise Contrastiva (HAC), (Lado, 1957); o Modelo de Aprendizagem da Fala (Speech Learning Model: SLM), (Flege, 1987); e o Modelo de Assimilação Perceptual (Perceptual Assimilation Model: PAN-2), (Best & Tyler, 2007). Após a revisão da literatura, foram elaboradas as hipóteses e metodologias de trabalho (capítulo 4 e 5, respetivamente). A terceira parte deste relatório (capítulo 6 e 7) é prática e debruça-se sobre as fricativas não vozeadas e sobre a análise que é realizada, alinhado com o que foi anteriormente explorado na revisão da literatura. Os áudios analisados são de falantes autodeclarados nativos vietnamitas e foram analisadas apenas fricativas em posição inicial de palavra. Para este estudo, o contexto vocálico escolhido foi a vogal /æ/, que existe na língua inglesa, no entanto, não faz parte do inventário vietnamita. As anotações estavam divididas em três categorias diferentes (“OK”, “ERRO”, “FORA”). Na categoria “ERRO” era possível escolher uma subcategoria que consistia numa classificação de fones específicos a partir do Alfabeto fonético internacional. Os fones foram categorizados e posteriormente anotados por um segundo linguista. Cada fone tinha um total de 1000 áudios para anotar, de forma a criar um conjunto de dados equivalente. No total, 5000 áudios foram anotados pelos dois anotadores. Depois de anotados os áudios, estes foram analisados acusticamente com diferentes medidas: quatro pistas espectrais (centróide, variância, assimetria e curtose), localização do pico, medidas de transição da informação (frequência de F2 em onset, intercetação, inclinação) e medidas de amplitude (amplitude normalizada e relativa). De seguida, foi realizada uma análise de aquisição de L2 em que foram analisadas as produções dos falantes vietnamitas e possíveis explicações para essas produções. Esta análise foi efetuada nas fricativas que foram anotadas manualmente. Esta tese testa duas principais hipóteses sobre a deteção acústica. O centróide, a localização do pico, a frequência de F2 em onset, a intercetação e a inclinação devem distinguir fricativas em termos de modo e ponto de articulação relativamente à localização da constrição como anterior vs. posterior. Portanto, devem distinguir algumas fricativas produzidas na frente da cavidade oral (ɸ, f, θ, s̪, s̻, s, ʃ, ʂ) de algumas fricativas produzidas na parte posterior da cavidade oral (ç, x, χ, ħ, h) (hipótese 1 e 4). Variância, assimetria, curtose, amplitudes normalizadas e relativas devem distinguir fricativas quanto ao grau de constrição. Portanto, devem distinguir entre uma constrição mais estreita (s̪, s̻, s, ʃ, ʂ) e uma constrição mais ampla (ɸ, f, θ, ç, x, χ, ħ, h) (hipótese 2 e 6). Consequentemente, também são testadas quais as medidas acústicas mais eficientes para distinguir as diferentes fricativas. Este relatório testa também duas hipóteses nas fricativas analisadas quanto à aquisição de segunda língua. Primeiro, os falantes da língua vietnamita não devem ter dificuldades ao pronunciar os fonemas /f, h/ na posição de onset (início de sílaba), uma vez que estes fones existem no inventário da língua e podem ser produzidos na posição de onset (hipótese LA_1). Também se prevê que os falantes da língua vietnamita terão dificuldades com /θ, s, ʃ/ (hipótese LA_2) na posição de onset, já que estes não existem no inventário vietnamita. Logo, prevê-se que os falantes irão mapear estes fonemas para o modo articulatório e propriedades acústicas mais próximos permitidos na língua vietnamita. A fricativa interdental /θ/ deverá ser substituída pelos fonemas /t, tʰ, t̪, t̪ʰ/ ou /s̪/. No caso da fricativa alveolar /s/, prevê-se que o fone será pronunciado como /s̪/ e /ʂ/. No caso de /ʃ/, prevê-se que o fone será pronunciado como /s/ ou /ʂ/. Neste estudo, foi possível provar que existem várias medidas acústicas robustas e que fornecem informação sobre as fricativas e as diversas formas de articulação, independentemente da variação por falante. Foram ainda confirmadas várias das hipóteses sobre a deteção acústica e as hipóteses de aquisição da língua. A tese mostra que as propriedades espectrais e medidas de amplitude distinguem com sucesso uma ampla variedade de fricativas, o que é confirmado por estudos anteriores. No entanto, estes estudos anteriores concentraram-se num conjunto limitado de fricativas (e.g., Jongman et al., 2000; Nirgianaki, 2014; Wikse Barrow et al., 2022). As medidas de transição de informação (frequência de F2 em onset, intercetação e inclinação) foram as medidas em que houve menos diferenças significativas entre fricativas não vozeadas. Os falantes vietnamitas tendem a utilizar estratégias percetivas e articulatórias da sua própria língua ao produzir tanto os sons conhecidos quanto os sons desconhecidos, do inventário da primeira língua. A influência do alfabeto vietnamita é visível na produção de fricativas como /f/ e /θ/. Como era esperado, as fricativas interdental (θ) e pós-alveolar (ʃ) representam os maiores desafios para os falantes. 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