Desinfeção de ovos do copépode Acartia tonsa (Dana, 1849): viabilidade biológica e carga bacteriana
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2022 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.8/6659 |
Resumo: | A aquacultura é um setor em franco crescimento económico, mas que apresenta alguns constrangimentos como a nutrição larvar de algumas espécies nutricionalmente mais exigentes. A superioridade nutricional dos copépodes como alimento vivo pode viabilizar o cultivo destas larvas e Acartia tonsa é uma das espécies mais estudadas e com maior potencial. Os ovos de A. tonsa podem ser transportados e armazenados durante longos períodos de tempo e funcionar como produto de comercialização e exportação contudo existe a necessidade de assegurar a sua biossegurança. Neste âmbito, o presente trabalho teve como objetivo testar o potencial de desinfeção de ovos de A. tonsa através da utilização de três desinfetantes, azul de metileno, iodopovidona e hipoclorito de sódio, avaliando, no Ensaio 1, a viabilidade biológica dos ovos pósdesinfeção, e, no Ensaio 2, a eficácia microbiológica da desinfeção. No Ensaio 1, foram avaliadas as taxas de eclosão após um período de incubação de 24 e 48 horas de ovos desinfetados com 9 concentrações de cada desinfetante (azul de metileno: 1, 2, 5, 10, 20, 40 e 100 mg/L; iodopovidona: 2, 5, 10, 20, 40, 80 e 100 mg/L; hipoclorito de sódio: 5, 20, 40, 80, 100, 200, 300 mg/L) durante 6 tempos de exposição (5, 10, 15, 20, 25 e 30 minutos). O azul de metileno e a iodopovidona mostraram ser desinfetantes menos prejudiciais para a viabilidade dos ovos de A. tonsa. O hipoclorito de sódio revelou ser o desinfetante mais nocivo para a viabilidade dos ovos dos três desinfetantes experimentados. A iodopovidona foi o único desinfetante que demonstrou aumentar a viabilidade dos ovos de A. tonsa, nomeadamente através da aplicação de 100 mg/L durante 10 minutos de exposição No Ensaio 2, foram avaliadas as cargas bacterianas de ovos de A. tonsa desinfetados com os dois melhores tratamentos de cada desinfetante do Ensaio 1 (azul de metileno: 10 mg/L e 20 mg/L durante 30 minutos; iodopovidona: 20 mg/L durante 30 minutos e 100 mg/L durante 10 minutos; hipoclorito de sódio: 5 mg/L durante 30 minutos e 100 mg/L durante 10 minutos) através da incubação dos ovos pós-desinfeção em dois meios de cultura, Trypticase Soy Agar (TSA) e Thiosulfate-Citrate-Bile Salts-Sucrose Agar (TCBS). A grande maioria das bactérias presentes nos ovos de A. tonsa são espécies não pertencentes ao género Vibrio. Os tratamentos mais eficazes na diminuição da carga bacteriana genérica e da carga bacteriana de Vibrio spp. foram 100 mg/L de iodopovidona durante 10 minutos e 20 mg/L de hipoclorito de sódio durante 20 minutos respetivamente. Como tratamento de desinfeção dos ovos de A. tonsa, é recomendável a aplicação de 100 mg/L de iodopovidona durante 10 minutos ou a aplicação de 20 mg/L de hipoclorito de sódio durante 20 minutos. São necessários trabalhos complementares principalmente sobre a eclosão de ovos desinfetados de A. tonsa após diferentes períodos de armazenamento no frio. |
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Desinfeção de ovos do copépode Acartia tonsa (Dana, 1849): viabilidade biológica e carga bacterianaAcartia tonsaOvosDesinfeçãoAzul de metilenoIodopovidonaHipoclorito de sódioDomínio/Área Científica::Engenharia e Tecnologia::Outras Engenharias e TecnologiasA aquacultura é um setor em franco crescimento económico, mas que apresenta alguns constrangimentos como a nutrição larvar de algumas espécies nutricionalmente mais exigentes. A superioridade nutricional dos copépodes como alimento vivo pode viabilizar o cultivo destas larvas e Acartia tonsa é uma das espécies mais estudadas e com maior potencial. Os ovos de A. tonsa podem ser transportados e armazenados durante longos períodos de tempo e funcionar como produto de comercialização e exportação contudo existe a necessidade de assegurar a sua biossegurança. Neste âmbito, o presente trabalho teve como objetivo testar o potencial de desinfeção de ovos de A. tonsa através da utilização de três desinfetantes, azul de metileno, iodopovidona e hipoclorito de sódio, avaliando, no Ensaio 1, a viabilidade biológica dos ovos pósdesinfeção, e, no Ensaio 2, a eficácia microbiológica da desinfeção. No Ensaio 1, foram avaliadas as taxas de eclosão após um período de incubação de 24 e 48 horas de ovos desinfetados com 9 concentrações de cada desinfetante (azul de metileno: 1, 2, 5, 10, 20, 40 e 100 mg/L; iodopovidona: 2, 5, 10, 20, 40, 80 e 100 mg/L; hipoclorito de sódio: 5, 20, 40, 80, 100, 200, 300 mg/L) durante 6 tempos de exposição (5, 10, 15, 20, 25 e 30 minutos). O azul de metileno e a iodopovidona mostraram ser desinfetantes menos prejudiciais para a viabilidade dos ovos de A. tonsa. O hipoclorito de sódio revelou ser o desinfetante mais nocivo para a viabilidade dos ovos dos três desinfetantes experimentados. A iodopovidona foi o único desinfetante que demonstrou aumentar a viabilidade dos ovos de A. tonsa, nomeadamente através da aplicação de 100 mg/L durante 10 minutos de exposição No Ensaio 2, foram avaliadas as cargas bacterianas de ovos de A. tonsa desinfetados com os dois melhores tratamentos de cada desinfetante do Ensaio 1 (azul de metileno: 10 mg/L e 20 mg/L durante 30 minutos; iodopovidona: 20 mg/L durante 30 minutos e 100 mg/L durante 10 minutos; hipoclorito de sódio: 5 mg/L durante 30 minutos e 100 mg/L durante 10 minutos) através da incubação dos ovos pós-desinfeção em dois meios de cultura, Trypticase Soy Agar (TSA) e Thiosulfate-Citrate-Bile Salts-Sucrose Agar (TCBS). A grande maioria das bactérias presentes nos ovos de A. tonsa são espécies não pertencentes ao género Vibrio. Os tratamentos mais eficazes na diminuição da carga bacteriana genérica e da carga bacteriana de Vibrio spp. foram 100 mg/L de iodopovidona durante 10 minutos e 20 mg/L de hipoclorito de sódio durante 20 minutos respetivamente. Como tratamento de desinfeção dos ovos de A. tonsa, é recomendável a aplicação de 100 mg/L de iodopovidona durante 10 minutos ou a aplicação de 20 mg/L de hipoclorito de sódio durante 20 minutos. São necessários trabalhos complementares principalmente sobre a eclosão de ovos desinfetados de A. tonsa após diferentes períodos de armazenamento no frio.Marques, Sónia Cristina Ferreira CotrimLeandro, Sérgio Miguel Franco MartinsIC-OnlineMendes, André Gonçalves2022-02-11T15:00:50Z2022-02-072022-02-07T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.8/6659TID:202939774porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-01-17T15:53:37Zoai:iconline.ipleiria.pt:10400.8/6659Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T01:49:50.683121Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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A aquacultura é um setor em franco crescimento económico, mas que apresenta alguns constrangimentos como a nutrição larvar de algumas espécies nutricionalmente mais exigentes. A superioridade nutricional dos copépodes como alimento vivo pode viabilizar o cultivo destas larvas e Acartia tonsa é uma das espécies mais estudadas e com maior potencial. Os ovos de A. tonsa podem ser transportados e armazenados durante longos períodos de tempo e funcionar como produto de comercialização e exportação contudo existe a necessidade de assegurar a sua biossegurança. Neste âmbito, o presente trabalho teve como objetivo testar o potencial de desinfeção de ovos de A. tonsa através da utilização de três desinfetantes, azul de metileno, iodopovidona e hipoclorito de sódio, avaliando, no Ensaio 1, a viabilidade biológica dos ovos pósdesinfeção, e, no Ensaio 2, a eficácia microbiológica da desinfeção. No Ensaio 1, foram avaliadas as taxas de eclosão após um período de incubação de 24 e 48 horas de ovos desinfetados com 9 concentrações de cada desinfetante (azul de metileno: 1, 2, 5, 10, 20, 40 e 100 mg/L; iodopovidona: 2, 5, 10, 20, 40, 80 e 100 mg/L; hipoclorito de sódio: 5, 20, 40, 80, 100, 200, 300 mg/L) durante 6 tempos de exposição (5, 10, 15, 20, 25 e 30 minutos). O azul de metileno e a iodopovidona mostraram ser desinfetantes menos prejudiciais para a viabilidade dos ovos de A. tonsa. O hipoclorito de sódio revelou ser o desinfetante mais nocivo para a viabilidade dos ovos dos três desinfetantes experimentados. A iodopovidona foi o único desinfetante que demonstrou aumentar a viabilidade dos ovos de A. tonsa, nomeadamente através da aplicação de 100 mg/L durante 10 minutos de exposição No Ensaio 2, foram avaliadas as cargas bacterianas de ovos de A. tonsa desinfetados com os dois melhores tratamentos de cada desinfetante do Ensaio 1 (azul de metileno: 10 mg/L e 20 mg/L durante 30 minutos; iodopovidona: 20 mg/L durante 30 minutos e 100 mg/L durante 10 minutos; hipoclorito de sódio: 5 mg/L durante 30 minutos e 100 mg/L durante 10 minutos) através da incubação dos ovos pós-desinfeção em dois meios de cultura, Trypticase Soy Agar (TSA) e Thiosulfate-Citrate-Bile Salts-Sucrose Agar (TCBS). A grande maioria das bactérias presentes nos ovos de A. tonsa são espécies não pertencentes ao género Vibrio. Os tratamentos mais eficazes na diminuição da carga bacteriana genérica e da carga bacteriana de Vibrio spp. foram 100 mg/L de iodopovidona durante 10 minutos e 20 mg/L de hipoclorito de sódio durante 20 minutos respetivamente. Como tratamento de desinfeção dos ovos de A. tonsa, é recomendável a aplicação de 100 mg/L de iodopovidona durante 10 minutos ou a aplicação de 20 mg/L de hipoclorito de sódio durante 20 minutos. São necessários trabalhos complementares principalmente sobre a eclosão de ovos desinfetados de A. tonsa após diferentes períodos de armazenamento no frio. |
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