Efeito da aplicação em pré-colheita de bioestimulantes à base de algas e glicina-betaína na produtividade e qualidade do mirtilo (Vaccinium corymbosum L.)
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2020 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10348/10394 |
Resumo: | A produção e comercialização de mirtilo (Vaccinium corymbosum L.) tem aumentado ao longo dos anos, estando o seu consumo associado à prevenção de várias doenças, devido à sua composição em compostos bioativos, como compostos fenólicos e vitaminas, que lhe conferem uma elevada atividade antioxidante e cujos teores dependem de vários fatores e práticas agronómicas. O objetivo deste trabalho foi estudar o efeito da aplicação foliar em pré-colheita de dois bioestimulantes, um à base de algas e a glicina-betaína, na produtividade e qualidade de mirtilos das cultivares Duke e Draper. Realizou-se um ensaio experimental em Vilarandelo, concelho de Valpaços, comparando-se sete modalidades de tratamento, um dos quais o tratamento controlo (T0). Realizaram-se três aplicações foliares, com duas concentrações do produto comercial à base da macroalga Ecklonia maxima Kelpak®, nas doses de 4 L/ha (T1) e 2 L/ha (T2), do produto comercial à base de glicina-betaína Greenstim®, nas doses de 4 kg/ha (T3) e 2 kg/ha (T4) e da junção de 4 L/ha de Kelpak® + 4 kg/ha de Greenstim® (T5) e 2 L/ha de Kelpak® + 2 kg/ha Greenstim® (T6). Para este estudo, seguiu-se a evolução da fenologia do mirtilo, estimou-se a produção e realizaram-se análises físicas (parâmetros biométricos, cromáticos e textura), químicas (sólidos solúveis totais, pH, índice de maturação, composição fenólica, vitamina C e capacidade antioxidante) e sensoriais. A aplicação dos bioestimulantes contribuiu para o aumento da dimensão dos mirtilos nas duas cultivares. Os tratamentos com algas (T1 e T2) tornaram os frutos mais pesados e aumentaram a produtividade dos mirtilos ‘Duke’. O índice de maturação dos frutos aumentou após a aplicação dos tratamentos. Ao nível dos parâmetros cromáticos, a dose alta de algas (T1) aumentou o valor da coordenada b* nos mirtilos ‘Duke’ e a aplicação da dose baixa deste composto (T2) e dos dois bioestimulantes em simultâneo (T6) aumentaram significativamente esta coordenada e diminuíram o parâmetro C* nos frutos ‘Draper’. A aplicação da dose baixa de algas (T2) e dos dois produtos em simultâneo (T6) aumentou a força de rutura da epiderme dos mirtilos ‘Duke’. Os teores em fenólicos totais e flavonoides dos frutos ´Duke’ aumentaram com a aplicação da dose baixa de algas (T2) e com a dose alta dos dois bioestimulantes (T5), que também aumentou a quantidade de fenólicos obtidos por HPLC. As doses altas destes tratamentos aumentaram, nesta cultivar, o seu teor em antocianinas. Em ‘Draper’, a aplicação das doses baixas dos dois compostos (T2 e T4) aumentaram significativamente o teor em antocianinas e a aplicação de algas (T1 e T2) e da junção dos dois produtos (T5 e T6) aumentaram o teor em vitamina C. Os tratamentos com a dose alta de algas (T1) e com a junção dos dois bioestimulantes (T5) nos mirtilos ‘Duke’ aumentaram a sua atividade antioxidante. Assim, embora com influência diferenciada e dependendo das cultivares, a aplicação destes compostos pode aumentar a produção e os atributos de qualidade do mirtilo, inclusive as suas propriedades sensoriais. |
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Efeito da aplicação em pré-colheita de bioestimulantes à base de algas e glicina-betaína na produtividade e qualidade do mirtilo (Vaccinium corymbosum L.)Vaccinium corymbosum L.algasA produção e comercialização de mirtilo (Vaccinium corymbosum L.) tem aumentado ao longo dos anos, estando o seu consumo associado à prevenção de várias doenças, devido à sua composição em compostos bioativos, como compostos fenólicos e vitaminas, que lhe conferem uma elevada atividade antioxidante e cujos teores dependem de vários fatores e práticas agronómicas. O objetivo deste trabalho foi estudar o efeito da aplicação foliar em pré-colheita de dois bioestimulantes, um à base de algas e a glicina-betaína, na produtividade e qualidade de mirtilos das cultivares Duke e Draper. Realizou-se um ensaio experimental em Vilarandelo, concelho de Valpaços, comparando-se sete modalidades de tratamento, um dos quais o tratamento controlo (T0). Realizaram-se três aplicações foliares, com duas concentrações do produto comercial à base da macroalga Ecklonia maxima Kelpak®, nas doses de 4 L/ha (T1) e 2 L/ha (T2), do produto comercial à base de glicina-betaína Greenstim®, nas doses de 4 kg/ha (T3) e 2 kg/ha (T4) e da junção de 4 L/ha de Kelpak® + 4 kg/ha de Greenstim® (T5) e 2 L/ha de Kelpak® + 2 kg/ha Greenstim® (T6). Para este estudo, seguiu-se a evolução da fenologia do mirtilo, estimou-se a produção e realizaram-se análises físicas (parâmetros biométricos, cromáticos e textura), químicas (sólidos solúveis totais, pH, índice de maturação, composição fenólica, vitamina C e capacidade antioxidante) e sensoriais. A aplicação dos bioestimulantes contribuiu para o aumento da dimensão dos mirtilos nas duas cultivares. Os tratamentos com algas (T1 e T2) tornaram os frutos mais pesados e aumentaram a produtividade dos mirtilos ‘Duke’. O índice de maturação dos frutos aumentou após a aplicação dos tratamentos. Ao nível dos parâmetros cromáticos, a dose alta de algas (T1) aumentou o valor da coordenada b* nos mirtilos ‘Duke’ e a aplicação da dose baixa deste composto (T2) e dos dois bioestimulantes em simultâneo (T6) aumentaram significativamente esta coordenada e diminuíram o parâmetro C* nos frutos ‘Draper’. A aplicação da dose baixa de algas (T2) e dos dois produtos em simultâneo (T6) aumentou a força de rutura da epiderme dos mirtilos ‘Duke’. Os teores em fenólicos totais e flavonoides dos frutos ´Duke’ aumentaram com a aplicação da dose baixa de algas (T2) e com a dose alta dos dois bioestimulantes (T5), que também aumentou a quantidade de fenólicos obtidos por HPLC. As doses altas destes tratamentos aumentaram, nesta cultivar, o seu teor em antocianinas. Em ‘Draper’, a aplicação das doses baixas dos dois compostos (T2 e T4) aumentaram significativamente o teor em antocianinas e a aplicação de algas (T1 e T2) e da junção dos dois produtos (T5 e T6) aumentaram o teor em vitamina C. Os tratamentos com a dose alta de algas (T1) e com a junção dos dois bioestimulantes (T5) nos mirtilos ‘Duke’ aumentaram a sua atividade antioxidante. Assim, embora com influência diferenciada e dependendo das cultivares, a aplicação destes compostos pode aumentar a produção e os atributos de qualidade do mirtilo, inclusive as suas propriedades sensoriais.The production and commercialization of blueberry (Vaccinium corymbosum L.) has increased over the years, and its consumption is associated with the prevention of various diseases, due to its composition in bioactive compounds, such as phenolic compounds and vitamins, which give to the fruit a high antioxidant activity, whose contents depend on various factors and agronomic practices, such as fertilization. The objective of this work was to study the effect of pre-harvest foliar application of two biostimulants, an algae-based seaweed extract and glycine-betaine, on production and quality of two blueberries cultivars: ‘Duke’ and ‘Draper’. Experiments were carried out in an orchard located at Vilarandelo, municipality of Valpaços, comparing seven treatment modalities, one of which was a control treatment (T0). Three leaf applications were carried out, with two concentrations in the form of the commercial product based on the Ecklonia maxima macroalgae Kelpak®, at doses of 4 L/ha (T1) and 2 L/ha (T2), the commercial glycine-betainebased product Greenstim®, at doses of 4 kg/ha (T3) and 2 kg/ha (T4), the junction of 4 L/ha Kelpak® + 4 kg/ha of Greenstim® (T5) and 2 L/ha of Kelpak® + 2 kg/ha Greenstim® (T6). In this study, the evolution of blueberry phenology was followed, the yield was estimated and physical (biometric, chromatic and texture), chemical (total soluble solids, pH, maturation index, phenolic composition, vitamin C and antioxidant capacity) and sensory analyses were performed. The biostimulants application contributed to the increase of the size of blueberries in both cultivars. The treatments with algae (T1 and T2) made the fruits heavier and increased the yield of 'Duke' blueberries. The fruit maturation index increased after the treatment’s application. The high dose of algae (T1) increased the coordinate b* value in 'Duke' blueberries and the application of the low dose of this compound (T2) and the two biostimulants simultaneously (T6) significantly increased this coordinate and decreased C* parameter in the 'Draper' fruits. The low dose of algae (T2) application and the two products simultaneously (T6) increased the breaking force of the epidermis of the 'Duke' blueberries. The contents in total phenolics and flavonoids of 'Duke' cultivar was higher with the application of the low dose of algae (T2) and with the high dose of the two biostimulants (T5), which also increased the amount of phenolics obtained by HPLC. The high doses of these treatments increased the anthocyanin content in this cultivar. For 'Draper', low dose applications of those two compounds (T2 and T4) significantly increased the anthocyanin content. The application of algae (T1 and T2) and the junction of the two products (T5 and T6) increased the vitamin C content of 'Draper' fruits. Treatment with the high dose of algae and with the junction of the two biostimulants (T5) in 'Duke' blueberries increased its antioxidant activity. Although with differentiated influence and depending on the cultivars, the application of these compounds can increase the production and quality attributes of blueberry fruits, including its sensory properties.2021-05-19T14:43:27Z2020-12-14T00:00:00Z2020-12-14info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfapplication/pdfapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10348/10394porLopes, Tiago Alexandre Pedroinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-02-02T12:29:48Zoai:repositorio.utad.pt:10348/10394Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T02:00:26.084687Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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A produção e comercialização de mirtilo (Vaccinium corymbosum L.) tem aumentado ao longo dos anos, estando o seu consumo associado à prevenção de várias doenças, devido à sua composição em compostos bioativos, como compostos fenólicos e vitaminas, que lhe conferem uma elevada atividade antioxidante e cujos teores dependem de vários fatores e práticas agronómicas. O objetivo deste trabalho foi estudar o efeito da aplicação foliar em pré-colheita de dois bioestimulantes, um à base de algas e a glicina-betaína, na produtividade e qualidade de mirtilos das cultivares Duke e Draper. Realizou-se um ensaio experimental em Vilarandelo, concelho de Valpaços, comparando-se sete modalidades de tratamento, um dos quais o tratamento controlo (T0). Realizaram-se três aplicações foliares, com duas concentrações do produto comercial à base da macroalga Ecklonia maxima Kelpak®, nas doses de 4 L/ha (T1) e 2 L/ha (T2), do produto comercial à base de glicina-betaína Greenstim®, nas doses de 4 kg/ha (T3) e 2 kg/ha (T4) e da junção de 4 L/ha de Kelpak® + 4 kg/ha de Greenstim® (T5) e 2 L/ha de Kelpak® + 2 kg/ha Greenstim® (T6). Para este estudo, seguiu-se a evolução da fenologia do mirtilo, estimou-se a produção e realizaram-se análises físicas (parâmetros biométricos, cromáticos e textura), químicas (sólidos solúveis totais, pH, índice de maturação, composição fenólica, vitamina C e capacidade antioxidante) e sensoriais. A aplicação dos bioestimulantes contribuiu para o aumento da dimensão dos mirtilos nas duas cultivares. Os tratamentos com algas (T1 e T2) tornaram os frutos mais pesados e aumentaram a produtividade dos mirtilos ‘Duke’. O índice de maturação dos frutos aumentou após a aplicação dos tratamentos. Ao nível dos parâmetros cromáticos, a dose alta de algas (T1) aumentou o valor da coordenada b* nos mirtilos ‘Duke’ e a aplicação da dose baixa deste composto (T2) e dos dois bioestimulantes em simultâneo (T6) aumentaram significativamente esta coordenada e diminuíram o parâmetro C* nos frutos ‘Draper’. A aplicação da dose baixa de algas (T2) e dos dois produtos em simultâneo (T6) aumentou a força de rutura da epiderme dos mirtilos ‘Duke’. Os teores em fenólicos totais e flavonoides dos frutos ´Duke’ aumentaram com a aplicação da dose baixa de algas (T2) e com a dose alta dos dois bioestimulantes (T5), que também aumentou a quantidade de fenólicos obtidos por HPLC. As doses altas destes tratamentos aumentaram, nesta cultivar, o seu teor em antocianinas. Em ‘Draper’, a aplicação das doses baixas dos dois compostos (T2 e T4) aumentaram significativamente o teor em antocianinas e a aplicação de algas (T1 e T2) e da junção dos dois produtos (T5 e T6) aumentaram o teor em vitamina C. Os tratamentos com a dose alta de algas (T1) e com a junção dos dois bioestimulantes (T5) nos mirtilos ‘Duke’ aumentaram a sua atividade antioxidante. Assim, embora com influência diferenciada e dependendo das cultivares, a aplicação destes compostos pode aumentar a produção e os atributos de qualidade do mirtilo, inclusive as suas propriedades sensoriais. |
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