Depressão no doente oncológico: considerações diagnósticas e terapeuticas
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Data de Publicação: | 2010 |
Outros Autores: | , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.10/383 |
Resumo: | Contexto e Objectivos: A prevalência da doença oncológica é elevada, representando uma das principais causas de morte no mundo ocidental. A ameaça que exerce sobre a existência individual faz com que se acompanhe frequentemente de perturbações emocionais, incluindo depressão clínica. Embora a sua determinação não esteja isenta de problemas metodológicos, esta pode afectar até 50% dos doentes, cursando com intenso sofrimento pessoal. Os autores efectuam uma revisão centrada no rastreio e avaliação da depressão clínica em doentes com doença oncológica (factores de risco, instrumentos e estratégias) e no seu tratamento (psicoterapia, farmacoterapia e prestação de cuidados). Métodos: Revisão não sistemática da literatura. A pesquisa foi efectuada na base de dados Pubmed utilizando as seguintes palavras chave no campo title/abstract: cancer, oncology, depression, psychiatry, morbidity, screening, treatment, psychotherapy, psychiatric status rating scales, sem restrição temporal. Incluíram-se artigos redigidos em Português, Inglês ou Castelhano. Foram ainda pesquisadas e incluídas fontes bibliográficas citadas nos artigos encontrados. Conclusão: Têm sido isolados factores de risco para o aumento da probabilidade de depressão em contexto oncológico, o que pode, aliado a uma estratégia de rastreio, porventura utilizando instrumentos validados como a Hospital Anxiety and Depression Scale (HADS), permitir aumentar a capacidade de detecção de casos. A revisão das opções terapêuticas mostra que estas devem ser personalizadas e baseadas numa intervenção multidisciplinar, psicofarmacológica e psicoterapêutica, aindaque não recolham para já a melhor evidência baseada em ensaios clínicos aleatorizados. Sublinha-se a necessidade dos técnicos de saúde disporem de tempo para o doente, o que maximiza a sua capacidade de detecção da depressão clínica e subsequente tratamento e permite estabelecer uma relação compreensiva e empática, validando a existência e o sofrimento do doente. |
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