Violência nos relacionamentos íntimos: relação com patologia, personalidade e práticas educativas parentais de jovens adultos portugueses
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2012 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.6/2644 |
Resumo: | O amor é, quase sempre, colorido por um conjunto de doces significados e afetos: o desejo, a sedução, a conquista, a paixão, a cumplicidade, o carinho… um saboroso enredo de vínculos mútuos e reciprocidades que envolvem o cuidar e o ser cuidado. As vivências íntimas violentas são incolores. Os primeiros afetos ficam reféns da angústia e da adversidade que teima em perdurar. E as questões colocam-se: como é que se instala a violência no palco da intimidade? Qual o seu verdadeiro diagnóstico? Como é que a sociedade (des) incentiva essas tramas violentas? Estas e outras questões têm inquietado cada vez mais os jovens, os pais, os professores, os jornalistas, os técnicos, os académicos, os investigadores… É um tema que a todos preocupa, provavelmente pela forma como tais vivências teimam em inundar o nosso quotidiano, qualquer que seja o “território” em que nos movemos. Desde a sua “construção social”, no plano internacional, nos anos setenta e, no plano nacional, sobretudo na década de noventa, o fenómeno tem vindo a assumir progressivamente um lugar de destaque no discurso científico, politico, judiciário, nos meios literários e nos mass média. Resultado de uma consciência gradual da sua ampla disseminação e dos elevados custos que habitualmente se encontram associados a esta problemática (familiares, sociais e económicos), em muitos países desenvolvem-se atualmente vários debates e investigações sobre o assunto. No contexto desses avanços, o conhecimento acerca dos maus tratos na intimidade têm-se acumulado e as práticas relacionadas com o fenómeno também se amplificam. Por exemplo, no plano conceptual e teórico, os olhares sobre este objeto têm vindo a diversificar-se de forma expressiva. As leituras disponíveis sobre o fenómeno são, nos dias de hoje, bastante plurais. Já no plano prático, consideramos que o investimento tem sido sobretudo a dois níveis: por um lado, no desenvolvimento de formas cada vez mais eficazes e validas na avaliação dos maus tratos, por outro, no “ensaio” de diferentes modalidades de intervenção, junto dos vários agentes envolvidos. No plano empírico, embora a diversidade comece a surgir, os estudos têm-se dirigido principalmente para a caracterização do fenómeno, sobretudo a nível da sua prevalência e do impacto causado às vítimas. Todavia, muitas outras abordagens e aproximações empíricas ao objeto são possíveis, quer porque o desconhecimento da comunidade científica acerca do tema continua a ser amplo, quer porque as questões que se colocam neste domínio continuam a ser muitas e de natureza distinta. A pertinência da realização desta investigação assenta ainda na insuficiência de estudos empíricos que focam as dimensões em análise – violência nos relacionamentos íntimos, psicopatologia, personalidade e práticas educativas parentais – e a relação entre elas. Não obstante a sua extrema importância, esta é uma área que apresenta ainda muitas lacunas na investigação atual. A presente investigação pretende contribuir para um melhor conhecimento da mesma. Na primeira parte do estudo os principais temas – vitimologia e violência nas relações de intimidade – são enquadrados do ponto de vista teórico. Relativamente ao primeiro tema, apresenta-se uma breve definição de vitimologia, vítima e vitimização, seguidamente é realizada uma breve definição das tipologias da violência. No que diz respeito à violência nas relações íntimas, apresenta-se também uma breve definição do constructo e de seguida é dada uma maior atenção aos fatores que podem contribuir para o aparecimento da mesma. O estudo empírico constitui a segunda parte deste trabalho. Neste ponto encontram-se os objetivos e a metodologia do estudo, bem como a caracterização da amostra, e apresentação e discussão dos resultados. O trabalho será finalizado com uma conclusão sobre os resultados obtidos. |
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