The impact of a vegetarian diet in cardiovascular risk

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Lé, Ana Maria Ferreira
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: eng
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10316/90028
Resumo: Trabalho Final do Mestrado Integrado em Medicina apresentado à Faculdade de Medicina
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spelling The impact of a vegetarian diet in cardiovascular riskO impacto da dieta vegetariana no risco cardiovascularDoenças CardiovascularesFatores de RiscoDieta VegetarianaVegetarianosTerapia NutricionalCardiovascular DiseasesRisk FactorsDiet, VegetarianVegetariansNutrition TherapyTrabalho Final do Mestrado Integrado em Medicina apresentado à Faculdade de MedicinaIntrodução: A doença cardiovascular é uma causa major de morbimortalidade, pelo que otimizar a sua prevenção e gestão continua a ser uma prioridade. Vários mecanismos explicam o impacto positivo que uma dieta vegetariana pode ter no risco cardiovascular. Contudo, uma nutrição restritiva pode levantar algumas inquietações relativamente a possíveis défices de macro e micronutrientes específicos. Este artigo de revisão tem em vista providenciar uma análise crítica dos aspetos positivos e negativos acarretados por uma dieta vegetariana no risco cardiovascular. Métodos: Foi inicialmente realizada uma pesquisa bibliográfica na base de dados do PubMed utilizando as palavras-chave «vegetarian diet» e «cardiovascular disease». Perante os 557 resultados iniciais, 54 artigos foram estudados como ponto de partida, juntamente com as Guidelines da European Society of Cardiology sobre a prevenção de doenças cardiovasculares. Posteriormente, 13 artigos mencionados nas referências bibliográficas dos anteriores foram adicionalmente utilizados, chegando a um total de 68 artigos revistos para a formulação desta revisão. Resultados: Em geral, a população vegetariana apresenta melhor perfil cardiovascular, expresso por valores mais adequados de IMC, superior controlo tensional, melhor perfil lipídico e maior sensibilidade à insulina com consequente melhor controlo glicémico. Novos mecanismos aterogénicos parecem ser também positivamente influenciados, nomeadamente a remoção dos remanescentes de quilomicrons da circulação, o estado inflamatório e oxidativo, a viscosidade sanguínea e a microbiota intestinal. Adicionalmente, estudos de imagem demonstraram características estruturais e funcionais vasculares mais favoráveis em vegetarianos. No entanto, uma dieta vegetariana desequilibrada pode conduzir a insuficiências nutricionais, o que pode colocar em causa as vantagens acima descritas. Entre as possíveis lacunas mais relevantes a abordar estão a vitamina B12, a proteína e os aminoácidos essenciais, os ácidos gordos n-3, o ferro, e a vitamina D. Estas podem ser facilmente ultrapassadas através de um plano nutricional completo e variado, e eventualmente recorrendo a suplementos e alimentos fortificados. Acima de tudo, um efeito benéfico do vegetarianismo estará sempre associado a uma dieta vegetariana equilibrada, com base em alimentos saudáveis, e escassez de produtos alimentícios processados, açúcares refinados e gorduras trans. Conclusão: A dieta vegetariana resulta num impacto positivo em vários fatores de risco cardiovasculares independentes. Apesar do desafio acrescido em obter determinados macro e micronutrientes necessários que podem estar menos disponíveis em alimentos de origem vegetal, o seu défice pode ser evitado através de uma dieta planeada e variada, alicerçada em alimentos naturais e saudáveis. Havendo noção das suas limitações e tomadas as devidas providências, uma dieta vegetariana pode ser eficientemente utilizada contra a doença cardiovascular.Introduction: Cardiovascular disease is a leading cause of death and chronic disability, and optimizing its prevention and management remains a priority. A positive influence of following a vegetarian diet concerning cardiovascular health was already explained by several mechanisms. However, a restrictive diet may raise some concerns regarding specific macro and micronutrient deficiencies. This review aims to provide a critical analysis on the positive and negative aspects concerning the impact of a vegetarian diet in cardiovascular risk. Methods: A literature search was performed in PubMed database with the keywords «vegetarian diet» and «cardiovascular disease». Among the initial 557 articles, 54 were left as starting database, along with European Society of Cardiology Guidelines on cardiovascular disease prevention. Posteriorly, 13 extra articles were added from their bibliographical references, reaching a 68 articles database for this review. Results: Overall, vegetarian population presents with better cardiovascular risk profile, expressed by lower BMI, better blood pressure control, reduced pro-atherogenic lipids and better glycaemic control and insulin sensitivity. Other recently investigated atherogenic paths seem to be positively influenced, such as chylomicron remnants removal from circulation, oxidative and inflammation profile, blood fluidity and intestinal microbiota. Furthermore, imaging methods have shown better structural and functional vascular properties among vegetarians. On the other hand, a non-balanced vegetarian diet might lead to nutrients deficit, which could nullify these advantages. Among these concerns are vitamin B12, essential amino acids and protein, n-3 fatty acids, iron and vitamin D shortage. These limitations may be overcome through a carefully planned diet and, in some cases, the use of supplements or fortified foods. Ultimately, this potential beneficial effect is associated with a healthy vegetarian concept, with scarce intake of refined and processed food products, avoiding overconsumption of sugar and trans fats. Conclusion: A vegetarian diet brings a positive impact in several independent cardiovascular risk factors. Despite the additional challenge in reaching specific macro and micronutrients which are less available in plant-based foods, their shortage can be avoided by planning a well-balanced and complete diet, based on healthy and natural food components. As there is the acknowledgment of its limitations and corresponding precautions are taken, a vegetarian diet could be used as an effective weapon towards prevention and management of cardiovascular disease.2019-03-25info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesishttp://hdl.handle.net/10316/90028http://hdl.handle.net/10316/90028TID:202477207engLé, Ana Maria Ferreirainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2022-05-25T04:12:35Zoai:estudogeral.uc.pt:10316/90028Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T21:10:14.813897Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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