Modelos Organizativos de Resposta no 1.º Ciclo a Crianças com Síndrome de Asperger

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Soares, Margarida Abreu
Data de Publicação: 2015
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/20.500.11796/2159
Resumo: O presente estudo insere-se na problemática da Síndrome de Asperger em contexto escolar, incidindo nos modelos organizativos de resposta que a escola dispõe para o atendimento adequado aos alunos do 1.º ciclo do ensino básico com esta síndrome. Assim, pretendemos saber, na perspetiva dos agentes educativos, como se processa a opção do modelo a adotar Apoio Educativo (AE); Educação Especial (EE), isto é, quais os critérios utilizados para a sua elegibilidade. Para o efeito, baseamo-nos numa revisão teórica suportando-nos num conjunto de autores (Kanner, 1943; Asperger, 1944; Marques, 2000; Serra, 2002; Capucha, 2003; Tilstone, 2003; Almeida & Rodrigues, 2005; Cumine et al, 2006; Oliveira, 2009; Attwood, 2010; Correia, 2010), vários documentos da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) e nacionais e respetiva legislação nacional. Uma amostra de 76 sujeitos que abarca dez agrupamentos de escolas do distrito do Porto, sendo 56 professores, 18 pais e 2 psicólogos, foram inquiridos através de um questionário construído para o efeito. Em termos de conclusões, os resultados evidenciam que os agrupamentos dispõem de recursos técnicos e humanos diferenciados mas não são os adequados por insuficientes; os inquiridos reconhecem que os agrupamentos não dispõem de medidas educativas adequadas para o atendimento de alunos com Síndrome de Asperger (SA); e que todos os agentes educativos, pais e profissionais embora admitam vantagens na inserção no Decreto-Lei n.º 3/2008, de 7 de janeiro, ela é justificada com o apoio especializado de que os alunos beneficiam no sentido de proporcionar um maior rendimento académico, no entanto, apontam desvantagens, referindo a possibilidade da existência de problemas psicológicos e sócio relacionais. Assim, nesta investigação podemos equacionar o facto de que a legislação está a ter diferentes leituras nos vários agrupamentos de escolas, o que dificulta, na nossa opinião, a promoção de uma escola verdadeiramente inclusiva.
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