Gestão de resíduos hospitalares

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Baptista, Nair Alexandra Maximino Machado
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10451/50565
Resumo: O Regime Geral da Gestão da Resíduos classifica os resíduos em resíduos urbanos, industriais, hospitalares, agrícolas, resíduos de construção e de demolição. O conceito de resíduos hospitalares sofreu algumas alterações ao longo dos tempos, devido às modificações da legislação. Atualmente, consideram-se resíduos hospitalares os que resultam de atividades de prestação de cuidados de saúde a seres humanos ou a animais, nas áreas da prevenção, diagnóstico, tratamento, investigação e ensino, bem como outras atividades, envolvendo procedimentos invasivos. Os resíduos produzidos em unidades de prestação de cuidados de saúde públicas ou privadas, incluindo os cuidados domiciliários, podem constituir um importante e grave problema ambiental e de saúde pública. Assim, na gestão de resíduos hospitalares, deverá ser adotada uma escolha essencialmente preventiva, através da redução dos resíduos produzidos e da prevenção de danos. Caso exista um risco na adoção de certos comportamentos, estes não deverão ser aplicados. Para tal, aposta-se num crescente recurso às melhores técnicas disponíveis e a um desenvolvimento económico sustentável. O Plano Nacional de Gestão de Resíduos considera a gestão de resíduos como uma forma de continuidade do ciclo de vida dos resíduos, adotando uma lógica de Economia Circular, com otimização dos recursos, minimizando o consumo de novas matérias-primas e reduzindo a pressão sobre o ambiente. No entanto, no contexto dos resíduos hospitalares, nem sempre se poderá agir segundo esta lógica, tendo em conta o grau de perigosidade e exigência de eliminação destes resíduos. Nas últimas décadas, o aumento da esperança média de vida, a melhoria da qualidade dos serviços de saúde, a crescente procura dos cuidados de saúde e a atual pandemia, têm contribuído para o aumento da produção de resíduos hospitalares. Assim, geram-se grandes impactos ambientais, que vão desde a contaminação das águas e do solo, intoxicações em animais e plantas, até problemas no funcionamento de instalações de eliminação. Para melhorar a gestão destes resíduos, têm sido desenvolvidas várias estratégias, incluindo a adoção de novas medidas legislativas. No entanto, a falta de adoção de procedimentos técnicos adequados em ambiente hospitalar e o incumprimento pelas empresas licenciadas para a gestão destes mesmos resíduos, representam um sério problema em relação aos vários intervenientes do processo. A Organização Mundial de Saúde tem defendido que certos Grupos dos resíduos hospitalares estão entre as mais perigosas de todos os resíduos produzidos na comunidade, podendo ter consequências muito graves.
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Assim, na gestão de resíduos hospitalares, deverá ser adotada uma escolha essencialmente preventiva, através da redução dos resíduos produzidos e da prevenção de danos. Caso exista um risco na adoção de certos comportamentos, estes não deverão ser aplicados. Para tal, aposta-se num crescente recurso às melhores técnicas disponíveis e a um desenvolvimento económico sustentável. O Plano Nacional de Gestão de Resíduos considera a gestão de resíduos como uma forma de continuidade do ciclo de vida dos resíduos, adotando uma lógica de Economia Circular, com otimização dos recursos, minimizando o consumo de novas matérias-primas e reduzindo a pressão sobre o ambiente. No entanto, no contexto dos resíduos hospitalares, nem sempre se poderá agir segundo esta lógica, tendo em conta o grau de perigosidade e exigência de eliminação destes resíduos. Nas últimas décadas, o aumento da esperança média de vida, a melhoria da qualidade dos serviços de saúde, a crescente procura dos cuidados de saúde e a atual pandemia, têm contribuído para o aumento da produção de resíduos hospitalares. Assim, geram-se grandes impactos ambientais, que vão desde a contaminação das águas e do solo, intoxicações em animais e plantas, até problemas no funcionamento de instalações de eliminação. Para melhorar a gestão destes resíduos, têm sido desenvolvidas várias estratégias, incluindo a adoção de novas medidas legislativas. No entanto, a falta de adoção de procedimentos técnicos adequados em ambiente hospitalar e o incumprimento pelas empresas licenciadas para a gestão destes mesmos resíduos, representam um sério problema em relação aos vários intervenientes do processo. A Organização Mundial de Saúde tem defendido que certos Grupos dos resíduos hospitalares estão entre as mais perigosas de todos os resíduos produzidos na comunidade, podendo ter consequências muito graves.The General Regime of Waste Management classifies waste into urban, industrial, hospital, agricultural and construction and demolition waste. The concept of Hospital Waste has undergone some changes over time, due to changes in legislation. Currently, Hospital Waste is considered to be the result of activities providing health care to humans or animals, in the areas of prevention, diagnosis, treatment, research and teaching, as well as other activities, involving invasive procedures. Waste produced in public or private health care facilities, including home care, can be an important and serious environmental and public health problem. Thus, in the management of hospital waste, an essentially preventive choice should be adopted, by reducing the waste produced and preventing damage. If there is a risk of adopting certain behaviors, they should not be applied. To this end, there is an increasing use of the best available techniques and sustainable economic development. The National Waste Management Plan considers waste management as a way of continuing the waste life cycle, adopting a Circular Economy logic, with resource optimization, minimizing the consumption of new raw materials and reducing pressure on the environment. However, in the context of hospital waste, it will not always be possible to act according to this logic, taking into account the degree of danger and the requirement to dispose of this waste. In the last decades, the increase in average life expectancy, the improvement in the quality of health services, the growing demand for health care and the current pandemic, have contributed to the increase in the production of Hospital Waste. Thus, great environmental impacts are generated, ranging from contamination of water, soil, poisoning of animals and plants, to problems in the functioning of disposal facilities. To improve the management of this waste, several strategies have been developed, including the adoption of new legislative measures. However, the lack of adoption of adequate technical procedures in a hospital environment and the failure by the licensed companies to manage this same waste, represent a serious problem in relation to the various actors in the process. The World Health Organization has argued that certain Waste Groups are among the most dangerous of all waste produced in the community, and can have very serious consequences.Miranda, JoãoTavares, AntónioRepositório da Universidade de LisboaBaptista, Nair Alexandra Maximino Machado2021-12-27T11:58:46Z2021-09-162021-09-16T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10451/50565porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-11-08T16:54:50Zoai:repositorio.ul.pt:10451/50565Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T22:02:00.482945Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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