Promoção da adesão ao regime terapêutico da pessoa com experiência de doença mental

• Autor(a) principal: Franco, Ana Isabel Jorge
• Data de Publicação: 2021
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.26/43738
• topic: Enfermagem psiquiátrica; Cooperação e adesão ao tratamento; Relação terapêutica; Transtornos mentais

A adesão ao regime terapêutico definida pela WHO (2003) contempla o comportamento de uma pessoa face à ingestão de medicamentos, ao seguimento de uma dieta, a alterações no estilo de vida e ao cumprimento das recomendações de um profissional de saúde que, numa abordagem centrada na pessoa, deverá decorrer da sua intervenção voluntária e ativa na partilha da responsabilidade do tratamento com os profissionais de saúde (Bugalho & Carneiro, 2004). Este comportamento é motivo de preocupação mundial pelo seu impacto no curso da doença e na qualidade de vida da pessoa e família, nomeadamente, no âmbito das doenças crónicas (WHO, 2003), com significativa incidência na doença mental (Keith & Kane, 2003). Este trabalho, desenvolvido em dois locais de estágio – Hospital de Dia e Serviço de Internamento − teve como objetivos, promover a adesão ao regime terapêutico e adquirir competências do enfermeiro especialista em saúde mental e psiquiátrica. Para tal, utilizei como estratégias, a psicoeducação e a entrevista motivacional, que se revelaram intervenções facilitadoras do desenvolvimento da relação terapêutica com as pessoas internadas. Elaborei um programa psicoeducacional com quatro sessões, desenvolvido em ambos os contextos de estágio e utilizei a entrevista motivacional como complemento desta intervenção, tendo sido realizada após a participação no programa, com as pessoas que demonstraram mais entraves à adoção do comportamento de adesão no decorrer do mesmo. Na sequência do trabalho desenvolvido observei alguns comportamentos de maior adesão ao regime terapêutico, tendo consciência de que não obtive dados que assegurem a sua continuidade no tempo. Este percurso de aprendizagem sensibilizou-me para a realidade da saúde mental, para as implicações da doença na vida da pessoa e para o sofrimento mental.