Crescer com o Risco: Comportamentos das crianças e de supervisão do adulto em situações de brincadeiras arriscadas, em contexto de Jardim de Infância
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Data de Publicação: | 2021 |
Outros Autores: | , |
Tipo de documento: | Artigo |
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Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2182-13722021000200004 |
Resumo: | Resumo Na sociedade atual, as crianças também brincam, mas brincam de forma diferente. O aparecimento de novas tecnologias, a inexistência de espaço livre para brincar, a diminuição de autonomia e mobilidade são alguns dos fatores que têm vindo a conduzir a uma diminuição do tempo de jogo livre na vida das crianças (Neto & Lopes, 2008). Inserindo-se numa investigação mais vasta, levada a cabo no âmbito da Prática Profissional Supervisionada do Mestrado em Educação Pré-Escolar da Escola Superior de Educação de Lisboa, sobre as brincadeiras arriscadas em idade pré-escolar e, em particular, sobre as suas potencialidades para o desenvolvimento integral da criança, o presente estudo tem como objetivos (a) identificar os comportamentos das crianças em situações de brincadeiras arriscadas e (b) identificar os comportamentos de supervisão do adulto em situações de brincadeiras arriscadas. Para dar resposta aos objetivos delineados, enveredou-se pela realização de um estudo de caso, de natureza qualitativa ou interpretativa, recorrendo-se a diversas técnicas de recolha de dados - observação direta participante e observação indireta, designadamente, entrevistas e focus group apoiadas em recursos audiovisuais, que permitiram dar voz aos intervenientes diretos na ação (crianças, profissionais de educação e famílias). Os dados recolhidos revelam a existência de uma propensão natural deste grupo de crianças para brincar ao ar livre e de se envolver em brincadeiras arriscadas. Foi igualmente observado no grupo uma diferença de comportamentos entre sexos no que toca a esta tipologia de brincadeiras. De forma geral, os rapazes tinham mais comportamentos de risco e aderiam mais a brincadeiras arriscadas do que as raparigas, que tinham mais tendência para apontar, comentar e olhar. Também foi visível a presença de comentários de supervisão, tanto por parte de crianças como de adultos, que intensificavam o medo das crianças e acabavam por impedir a sua ação. |
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