O uso das preposições por estudantes portugueses de ELE do 9º ano

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Leal, Marcelino António Araújo
Data de Publicação: 2014
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10773/14390
Resumo: Apresentamos os resultados de uma investigação que se realizou numa escola do interior de Portugal. Concretizou-se com alunos portugueses do 9.º ano, investigando-se em específico a interferência da língua portuguesa no uso das preposições espanholas, classe gramatical à qual as editoras, os docentes e os alunos não costumam dar muita atenção. Além disto, mostra-se a importância de se levar a cabo uma investigação baseada na conjugação da análise contrastiva, análise de erros e interlíngua (conhecendo as estratégias de comunicação às quais os alunos recorrem para colmatar a falta de conhecimentos na língua meta). Estas investigações ajudarão o docente e as editoras na seleção da metodologia e na construção dos materiais adequados, garantindo uma atuação didática proveitosa e direcionada para as necessidades e para os problemas específicos dos estudantes. Expomos as dificuldades dos alunos portugueses no uso das preposições espanholas e as suas causas. Os discentes objeto de estudo deixam claro que as transferências negativas das normas do português são mais do que aquelas que inicialmente possamos pensar. Para esta situação contribuem três fatores: (1) é habitual verem nas semelhanças entre ambos os sistemas uma vantagem para obter sucesso na disciplina de Espanhol sem esforço e o suficiente para comunicar com êxito com os hispanofalantes nativos; (2) a principal estratégia de comunicação consiste na tradução literal do português (incluindo o uso de vocabulário sem tradução); (3) os contextos que exigem uma preposição diferente em ambas as línguas são mais do que aqueles que, muitas vezes, imaginamos. Enunciamos os resultados destes fatores: (1) com uma adequada e persistente intervenção didática, os alunos crescem ao nível da gramática e da desenvoltura comunicativa, mas o discurso só muito lentamente deixa de refletir o vocabulário e as estruturas do português, permanecendo elevada a percentagem de erros por sua influência; (2) há uma forte possibilidade de os erros interlinguísticos e por seleção errada da preposição se fossilizarem prematuramente; (3) os problemas na comunicação com os hispanofalantes são muitos, sendo um exemplo de que não basta saber português ou usar um sistema aproximativo para se conseguir estabelecer comunicação.
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spelling O uso das preposições por estudantes portugueses de ELE do 9º anoEnsino de uma segunda línguaLíngua espanholaAnálise contrastivaAnálise de erros (linguística)PreposiçõesEnsino básico 3º cicloLíngua portuguesa - Língua maternaInterferência linguísticaApresentamos os resultados de uma investigação que se realizou numa escola do interior de Portugal. Concretizou-se com alunos portugueses do 9.º ano, investigando-se em específico a interferência da língua portuguesa no uso das preposições espanholas, classe gramatical à qual as editoras, os docentes e os alunos não costumam dar muita atenção. Além disto, mostra-se a importância de se levar a cabo uma investigação baseada na conjugação da análise contrastiva, análise de erros e interlíngua (conhecendo as estratégias de comunicação às quais os alunos recorrem para colmatar a falta de conhecimentos na língua meta). Estas investigações ajudarão o docente e as editoras na seleção da metodologia e na construção dos materiais adequados, garantindo uma atuação didática proveitosa e direcionada para as necessidades e para os problemas específicos dos estudantes. Expomos as dificuldades dos alunos portugueses no uso das preposições espanholas e as suas causas. Os discentes objeto de estudo deixam claro que as transferências negativas das normas do português são mais do que aquelas que inicialmente possamos pensar. Para esta situação contribuem três fatores: (1) é habitual verem nas semelhanças entre ambos os sistemas uma vantagem para obter sucesso na disciplina de Espanhol sem esforço e o suficiente para comunicar com êxito com os hispanofalantes nativos; (2) a principal estratégia de comunicação consiste na tradução literal do português (incluindo o uso de vocabulário sem tradução); (3) os contextos que exigem uma preposição diferente em ambas as línguas são mais do que aqueles que, muitas vezes, imaginamos. Enunciamos os resultados destes fatores: (1) com uma adequada e persistente intervenção didática, os alunos crescem ao nível da gramática e da desenvoltura comunicativa, mas o discurso só muito lentamente deixa de refletir o vocabulário e as estruturas do português, permanecendo elevada a percentagem de erros por sua influência; (2) há uma forte possibilidade de os erros interlinguísticos e por seleção errada da preposição se fossilizarem prematuramente; (3) os problemas na comunicação com os hispanofalantes são muitos, sendo um exemplo de que não basta saber português ou usar um sistema aproximativo para se conseguir estabelecer comunicação.The aim of this work is to present the results of an investigation that was accomplished in a school in the interior of Portugal. It was carried out with 9th grade Portuguese students, investigating in particular the interference of the Portuguese language in the use of Spanish prepositions, grammatical class to which publishers, teachers and students do not usually give much attention. Furthermore, it is shown the importance of pursuing a research based on the combination of contrastive analysis, error analysis and interlanguage (knowing the strategies of communication to which students turn to in order to make up for their lack of knowledge in the target language). These investigations will help teachers and publishers in the selection of the methodology and in the construction of suitable materials, ensuring a fruitful didactic performance and targeted to the needs and specific problems of students. The difficulties of Portuguese students in the use of Spanish prepositions and their causes are revealed in this study. The targeted students make it clear that the negative transfers of the Portuguese rules are more than those that beforehand we could think. Three factors concur for this situation: (1) it is customary to see in the similarities between both systems an advantage to obtain success in the subject of Spanish effortlessly and the sufficient to successfully communicate with the native hispano speakers; (2) the main communication strategy consists on the literal translation of the Portuguese (including the use of vocabulary without translation); (3) the contexts that require a different preposition in both languages are more than those we imagine. The results of these factors are the following: (1) with an adequate and persistent didactic intervention, students grow to the level of grammar and communicative resourcefulness, but the speech only gradually ceases to reflect the vocabulary and structures of the Portuguese language, remaining high the percentage of errors caused by its influence; (2) there is a strong possibility that interlinguistic errors and the wrong selection of the preposition fossilize prematurely; (3) the problems in communicating with hispano speakers are many, being an example that it isn‟t enough to know Portuguese or use an approximate system to be able to establish communication.Universidade de Aveiro2015-07-13T16:53:23Z2014-01-01T00:00:00Z2014info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10773/14390porLeal, Marcelino António Araújoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-02-22T11:26:18Zoai:ria.ua.pt:10773/14390Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T02:49:58.498864Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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