As atitudes dos professores do ensino básico, face à inclusão de alunos com necessidades educativas especiais na sala de aula

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Santos, Maria de Fátima Paiva dos
Data de Publicação: 2008
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.12/898
Resumo: Dissertação de Mestrado em Psicologia Educacional
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spelling As atitudes dos professores do ensino básico, face à inclusão de alunos com necessidades educativas especiais na sala de aulaPsicologia educacionalNecessidades especiaisInclusãoProfessoresEnsinoInteracção nas salas de estudoSpetial needsInclusionTeachersTeachingClassroom interactionDissertação de Mestrado em Psicologia EducacionalO presente estudo "atitudes de professores do ensino básico (EB) face à inclusão dos alunos com necessidades educativas especiais (NEE) na sala de aula", aborda os conceitos de Atitude, Educação Especial, Inclusão Escolar e Qualidade na Educação. Foi realizada uma revisão da literatura, envolvendo o conceito de atitude e a sua relação com a inclusão dos alunos com NEE. Embora alguns estudos contradigam outros, parece possível afirmar que as atitudes dos professores quando positivas facilitam a inclusão dos alunos com NEE na escola e na sala de aula. Fizemos também um percurso pela evolução do atendimento às crianças com NEE, até chegarmos à caminhada para a escola inclusiva. Poderemos dizer que existe uma grande evolução mas muito ainda terá que ser feito, sobretudo nos aspectos referentes à qualidade na educação e à formação dos profissionais como promotores dessa qualidade e duma escola que se pretende realmente inclusiva. Definimos como primeiro objectivo do estudo, caracterizar as atitudes dos professores do EB, face à inclusão dos alunos com NEE na sala de aula, identificando as diferentes variáveis que interferem nas atitudes manifestadas. Como segundo objectivo verificar a natureza das dificuldades que os professores sentem para promover a educação inclusiva e relacioná-las com o tipo de atitudes que manifestam. Em termos de metodologia, utilizámos uma escala Atitudes Face à Inclusão (AH) já validada. Colocámos esta escala num site on line e solicitámos aos professores que a preenchessem e fossem passando a informação a outros. Constituímos assim uma amostra não probabilística. de conveniência tipo bola de neve. Responderam-nos 130 professores, mas apenas estavam completos e puderam ser utilizados 108 questionários Este questionário numa primeira parte caracterizava os respondentes, da segunda parte constava a escala já referida. No fim da segunda parte os sujeitos poderiam responder a duas questões, uma fechada e uma aberta. Como variáveis independentes definiram-se: Idade, Tempo de docência, Grau Académico, Nível de Ensino, Situação na profissão, Tipo de formação e Experiência com alunos com NEE. Os dados foram tratados de forma quantitativa através do programa SPSS e de forma qualitativa, através de análise de conteúdo. Para responder ao segundo objectivo foram feitas entrevistas, que foram tratadas de forma qualitativa. No que se refere à avaliação efectuada pela escala, como resultados mais significativos obtidos nesta investigação, tendo em conta as variáveis, poderíamos salientar o seguinte: Idade: Não parece ser muito significativa a relação existente entre a idade dos docentes e as atitudes face à inclusão. Das 27 questões da escala apenas em duas se encontraram diferenças estatisticamente relevantes. Tempo de serviço docente: também não se verifica relação significativa entre esta variável e as atitudes face à inclusão. Apenas numa questão merece relevo em termos estatísticos. Grau académico: A relação existente entre o grau académico e a atitude face à inclusão não é significativa. Nível de ensino: os professores do 1o ciclo apresentam atitudes mais favoráveis face à inclusão do que os professores dos 2o e 3o ciclos. Situação na profissão: encontramos uma relação significativa entre a situação na profissão e o direito à inclusão. Assim os professores com vínculo efectivo têm atitude mais positiva face à inclusão do que os que não têm. Formação: esta é a variável onde encontrámos resultados mais significativos. Existe uma relação evidente entre a formação em Necessidades Educativas Especiais e as atitudes face à inclusão. Assim os professores sem formação nesta área mostram atitudes mais negativas face ã inclusão dos alunos com NEE. Experiência com alunos com NEE: não foi possível verificar esta variável, já que apenas dois dos sujeitos nunca tinham trabalhado com crianças com NEE. Pensamos que esta situação se deve ao facto de em Portugal a maior parte das escolas terem crianças em integração escolar n° de alunos por turma: encontrámos uma relação significativa existente entre esta variável e as atitudes face à inclusão. Assim os professores com turmas até 20 alunos manifestam atitudes mais positivas do que os que têm turmas maiores. Era solicitado também aos professores que das condições: Atitudes dos Professores; Técnicos especializados; Formação específica; Metodologias de ensino; Avaliação/acompanhamento dos alunos; Colaboração entre Professores e Materiais e recursos, escolhessem por ordem decrescente (da mais importante para a menos importante) as que consideravam mais importantes para um verdadeiro processo de inclusão. Chegámos aos seguintes resultados: Para o total dos sujeitos que responderam, os professores atribuem mais importância à condição que depende exclusivamente deles: As atitudes. É relevante que das 4 condições que os professores consideram como mais importantes 3, referem-se a situações que são da responsabilidade dos próprios: Atitudes, Formação e Metodologias de Ensino. Também gostaríamos de salientar que a colaboração entre professores referida por toda a literatura como fundamental para o processo de inclusão dos alunos aparece apenas referida em 6o lugar. Quer os professores do 1o ciclo, quer os de educação especial mantêm esta tendência. Apenas os professores do 2o e 3o ciclos, escolhem em 1o lugar a condição técnicos especialistas, em 2o lugar a Formação específica, em 3o lugar colocam a questão das metodologias de ensino e só em 4o lugar as atitudes. Consideramos muito relevante a atribuição que os docentes fazem às condições que têm a ver consigo e não com situações externas. Poderíamos inferir que os docentes têm maior consciência de que a inclusão dos alunos com NEE, depende mais de si e da sua formação. Na questão que era colocada de forma aberta aos docentes e após tratamento dos dados recolhidos (tratamento através de análise de conteúdo) queremos salientar que: 58% dos professores reconhece os benefícios da inclusão e 47% não atribui à heterogeneidade nenhum malefício para o sucesso escolar dos alunos, considerando 45% dos docentes que a situação de inclusão proporciona novas situações de aprendizagem para os outros alunos. É interessante salientar ainda a importância que os professores atribuíram à responsabilidade e ao envolvimento da comunidade educativa no processo de inclusão dos alunos com NEE (33% ). No que se refere aos resultados obtidos nas entrevistas podemos referir que os professores continuam a valorizar o benefício da inclusão para todos os alunos e referem como maiores dificuldades para a promoção da educação inclusiva, as características dos próprios alunos, nomeadamente a etiologia da deficiência, a dimensão pessoal do professor, onde incluem as atitudes negativas, a falta de colaboração entre os profissionais e a falta de formação na área das necessidades educativas especiais Como conclusão o nosso estudo aponta como causas mais evidentes das atitudes mais positivas ou mais negativas face à inclusão, a formação dos professores e a dimensão pessoal. Poderíamos terminar dizendo que a inclusão estará mais dependente dos próprios professores (factores pessoais) do que de factores contextuais.Instituto Superior de Psicologia AplicadaRepositório do ISPASantos, Maria de Fátima Paiva dos2011-09-26T20:20:37Z2008-01-01T00:00:00Z2008-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.12/898porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2022-09-05T16:37:00Zoai:repositorio.ispa.pt:10400.12/898Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T15:19:00.322289Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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