A segmentação do Mercado de trabalho em Lisboa: uma perspetiva geracional através de trajetórias de integração profissional, de 1986 a 2016
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2016 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10071/12479 |
Resumo: | A flexibilidade é uma realidade que faz parte do novo paradigma do mercado de trabalho e que tem vindo a atrair a atenção de instituições nacionais e internacionais, bem como da sociedade civil. O mercado de trabalho é encarado como segmentado, quer em termos da gestão dos recursos humanos, quer em termos de legislação do trabalho, sendo os jovens os mais afetados. Este trabalho contribui para este debate oferecendo evidência empírica sobre os três primeiros anos da trajetória profissional de duas gerações de trabalhadores, os que entraram no mercado de trabalho entre 1986-1995 (Período Europa) e, a mais recente, 2006-2013 (Período Crise), apresentando, assim, uma análise geracional da segmentação, algo, ainda, pouco explorado em Portugal. O estudo é de natureza qualitativa longitudinal, baseado numa amostra de 17 entrevistas realizadas a trabalhadores da Grande Lisboa e efetuadas por conveniência e tipo bola-de-neve. Os resultados apontam para modelos de integração díspares que se caracterizam pelos protótipos de continuidade (Europa) e descontinuidade (Crise). A análise intrageracional permitiu identificar um triplo perfil de integração na geração Europa, “Um empregador”, “biografias de escolha” e Continuação, enquanto na geração Crise, identificaram-se cinco perfis de integração, Precário, Regular, Adaptação, Integração e Continuação. Os resultados indicam, ainda, uma sobreposição de características entre as duas gerações, nomeadamente, com os trabalhadores do Período Europa a serem sujeitos a alguma flexibilidade laboral no início da sua trajetória. Verifica-se, também, que a descontinuidade associada à geração Crise tende a fortalecer o fenómeno da “família-providência”. |
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A segmentação do Mercado de trabalho em Lisboa: uma perspetiva geracional através de trajetórias de integração profissional, de 1986 a 2016Mercado de trabalhoSegmentação do mercadoIntegração profissionalMercado internoMercado externoFlexibilidade do trabalhoTrajetórias de integração profissionalSegmentação geracionalMercado interno e externo de trabalhoFlexibilidade laboral“Família-providência”Trajectories of professional integrationGenerational segmentationInternal and external markets,Labour market flexibilityWelfare-familyA flexibilidade é uma realidade que faz parte do novo paradigma do mercado de trabalho e que tem vindo a atrair a atenção de instituições nacionais e internacionais, bem como da sociedade civil. O mercado de trabalho é encarado como segmentado, quer em termos da gestão dos recursos humanos, quer em termos de legislação do trabalho, sendo os jovens os mais afetados. Este trabalho contribui para este debate oferecendo evidência empírica sobre os três primeiros anos da trajetória profissional de duas gerações de trabalhadores, os que entraram no mercado de trabalho entre 1986-1995 (Período Europa) e, a mais recente, 2006-2013 (Período Crise), apresentando, assim, uma análise geracional da segmentação, algo, ainda, pouco explorado em Portugal. O estudo é de natureza qualitativa longitudinal, baseado numa amostra de 17 entrevistas realizadas a trabalhadores da Grande Lisboa e efetuadas por conveniência e tipo bola-de-neve. Os resultados apontam para modelos de integração díspares que se caracterizam pelos protótipos de continuidade (Europa) e descontinuidade (Crise). A análise intrageracional permitiu identificar um triplo perfil de integração na geração Europa, “Um empregador”, “biografias de escolha” e Continuação, enquanto na geração Crise, identificaram-se cinco perfis de integração, Precário, Regular, Adaptação, Integração e Continuação. Os resultados indicam, ainda, uma sobreposição de características entre as duas gerações, nomeadamente, com os trabalhadores do Período Europa a serem sujeitos a alguma flexibilidade laboral no início da sua trajetória. Verifica-se, também, que a descontinuidade associada à geração Crise tende a fortalecer o fenómeno da “família-providência”.The flexibility is becoming part of a new reality of the labour market and it has caught the attention of the national and international organizations, as for the civil society as well. The labour market is seen as segmented, both in terms of human resources management and work legislation, being the youth the most affected by this segmentation. This study contributes to the debate on this subject presenting empirical evidence on the first three years of the professional trajectory of two generations of workers in the Great Lisbon, the ones that entered the labour market between 1986-1995 (Europe Period) and the ones between 2006-2013 (Crisis Period) presenting a generational analysis of the segmentation, somehow less explored in Portugal. This is a longitudinal study of qualitative nature, based on a sample of 17 interviews taken by accidental sampling and snow-ball effect. The results point out two models of integration characterized by two prototypes, continuity (Europe) and discontinuity (Crisis). The intragenerational comparison allowed us to identify a triple model of integration within the Europe generation, “One employee”, “Choice biographies” and Continuous, and five models of integration within the Crisis generation, Precarious, Regular, Adaptation, Integration and Continuous. The results, also, show an overlap of characteristics between the two generations, namely, the Europe generation subjugated to some flexibility in the labour market in the early days. Also, the discontinuity related to the Crisis generation strengthens the phenomenon known as the “welfare-family”.2017-02-23T13:14:37Z2016-01-01T00:00:00Z20162016-06info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfapplication/octet-streamhttp://hdl.handle.net/10071/12479TID:201262380porOliveira, Bruno Miguel Silvainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-11-09T17:35:08Zoai:repositorio.iscte-iul.pt:10071/12479Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T22:15:53.428885Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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A flexibilidade é uma realidade que faz parte do novo paradigma do mercado de trabalho e que tem vindo a atrair a atenção de instituições nacionais e internacionais, bem como da sociedade civil. O mercado de trabalho é encarado como segmentado, quer em termos da gestão dos recursos humanos, quer em termos de legislação do trabalho, sendo os jovens os mais afetados. Este trabalho contribui para este debate oferecendo evidência empírica sobre os três primeiros anos da trajetória profissional de duas gerações de trabalhadores, os que entraram no mercado de trabalho entre 1986-1995 (Período Europa) e, a mais recente, 2006-2013 (Período Crise), apresentando, assim, uma análise geracional da segmentação, algo, ainda, pouco explorado em Portugal. O estudo é de natureza qualitativa longitudinal, baseado numa amostra de 17 entrevistas realizadas a trabalhadores da Grande Lisboa e efetuadas por conveniência e tipo bola-de-neve. Os resultados apontam para modelos de integração díspares que se caracterizam pelos protótipos de continuidade (Europa) e descontinuidade (Crise). A análise intrageracional permitiu identificar um triplo perfil de integração na geração Europa, “Um empregador”, “biografias de escolha” e Continuação, enquanto na geração Crise, identificaram-se cinco perfis de integração, Precário, Regular, Adaptação, Integração e Continuação. Os resultados indicam, ainda, uma sobreposição de características entre as duas gerações, nomeadamente, com os trabalhadores do Período Europa a serem sujeitos a alguma flexibilidade laboral no início da sua trajetória. Verifica-se, também, que a descontinuidade associada à geração Crise tende a fortalecer o fenómeno da “família-providência”. |
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