Assinem assinem, que a alma não tem sexo!: Petição coletiva e cidadania feminina no Portugal constitucional (1820-1910)
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Data de Publicação: | 2012 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0003-25732012000400001 |
Resumo: | A assinatura numa petição coletiva foi uma importante forma de atividade política durante a monarquia constitucional portuguesa. Muitas petições foram assinadas por mulheres. Essa participação feminina provocou debates públicos acerca do seu significado, constituindo e reconstituindo os contornos delimitadores da possibilidade de uma cidadania política feminina. Durante as décadas de 1850 e 1860, a presença feminina nas petições coletivas chegou a ser significativa e polémica, mas a partir da crise política de 1867-1870 as mulheres deixaram de aparecer nas listas de assinaturas. As rúbricas femininas só viriam a reaparecer na década de 1890, associadas ao movimento de laicização, ao catolicismo político, ao republicanismo, e ao movimento operário, mas num contexto de crise do liberalismo em que, também em Portugal, o direito de petição havia perdido o estatuto privilegiado de que havia disfrutado na esfera pública burguesa. |
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